Ele afirma que novas regras não destruíram a criatividade e a liberdade de escrita.Portugal quer transição de seis anos para implantar novas normas.
O ministro de Cultura português, José Antonio Pinto Ribeiro, afirmou nesta quarta-feira (19) que o acordo ortográfico de 1991, ratificado pelo Brasil e aprovado no dia 6 pelo Governo de Lisboa, é uma "necessidade para a expansão da língua portuguesa".
O tratado ortográfico, ratificado pelos Governos de Brasil, Cabo Verde e Portugal, unificará a ortografia do idioma utilizado em oito países do mundo, que totalizam mais de 200 milhões de habitantes.
Em sua participação na comissão parlamentar dedicada à cultura, Pinto Ribeiro se defendeu das críticas e afirmou que as últimas reformas ortográficas da língua portuguesa "não destruíram a criatividade e a liberdade de escrita".
"Há um conjunto de necessidades políticas e econômicas com o objetivo de expandir internacionalmente o português como identidade e marca econômica", disse o ministro.
Pinto Ribeiro destacou que, após a entrada em vigor deste acordo, para cuja aplicação o governo estabeleceu um período de transição de seis anos, não será necessário "traduzir" para o português livros de autores brasileiros e vice-versa.
A decisão do governo terá que ser submetida à ratificação do Parlamento e do presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Nesta notícia destaco a frase do ministro em que frisa que as necessidades da unificação são puramente políticas e econômicas. E as necessidades sociais? E a necessidade de aproximar países que fizeram histórias juntos?
Postado por Juliano Melo.
3 Responses to “Ministro português diz que acordo ortográfico ajudará a expandir idioma”
A comentário do Francisco José Viegas, no correio da manhã, esmaga qualquer português mais pela estupidez intrinseca do que pelo raciocínio, qu aliás é falacioso!
Esperemos que o Ministro tenhamais juízo para dar bom proveito!
A quem esteve entregue a casa FPessoa?! Dá que pensar
Não me tiram da ideia que as línguas evoluem naturalmente. Não por efeito da legislação. Por isso acho o acordo ortográfico idiota.
Eu gosto das diferenças que há entre a língua portuguesa em Portugal e no Brasil. Dão mais identidade aos dois países sem lhes tirar independência.
É engraçado como o ministro simplifica a situação. Uma lei não vai tornar os países iguais no modo de falar e escrever. Não irá aproximar as culturas. Pegue o próprio exemplo do Brasil. Temos as mesmas leis gramaticais para todos os Estados, mas culturas bem diferentes e diversificadas. Como ele bem frisou, o interesse é mesmo econômico e político.
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