Archive for janeiro 2008
Mensuração de resultados é ordem na comunicação interna
No processo de planejamento estratégico, responsáveis pela área têm-se debatido com a definição clara do que é “público interno”. A gerente de Assuntos Corporativos, Comunicação e Relações Institucionais da Bristol-Myers Squibb, Luciana Leite, estabeleceu: são os colaboradores, os estagiários, os terceirizados, parceiros estratégicos que desenvolvam trabalhos no ambiente da empresa, familiares de colaboradores e ainda ONG’s adotadas. Todavia, a abrangência é controversa, com maior ou menor inclusão de públicos estratégicos na previsão de trabalho dependendo da organização. De toda maneira, como diz Luciana, “o maior ativo de uma empresa hoje são as pessoas”.
Na esteira de um total foco nos objetivos empresariais, ela conjuga a todo instante os verbos alinhar, sintonizar e sincronizar. Neste caminho, entende planejamento em comunicação como uma atividade cíclica que permite flexibilidade para demandas do ambiente. Como etapas, indica a definição e refinamento de premissas (missão, visão, valores, objetivos e metas de negócio), diagnóstico situacional (ambiente interno e externo), modelagem estratégica (inter-relacionamento departamental) e modelagem financeira (plano financeiro-orçamentário). E, para que todos os momentos de comunicação e relacionamento tenham uma mensagem uníssona junto aos públicos, nenhum pode estar tratando de temas diferentes, que causem ruído. “Comunicação não é um setor de despesas, mas de geração de resultados, inclusive de vendas”, aponta.
ATITUDES - A ampla revisão de posicionamento do Unibanco foi tratada pelo seu Diretor Marcos Caetano, e não fugiu do enfoque de geração de resultados. Ele inicia com a sentença: “quando se pensa em endomarketing, é preciso ter em mente que o colaborador que compra a idéia da empresa gera valor para o negócio”. Assim, pesquisas com funcionários, clientes e não-clientes detectaram a tendência de diferenciar-se da percepção da categoria bancária e inovar no setor (desde o slogan “banco que nem parece banco”). Desde a comunicação de missão-visão-valores virou “Jeito Unibanco”, numa redação informal gerida pelo Comitê da Cultura, com representantes de todos os setores. Entre os trabalhos feitos, o conhecimento das melhores práticas de outras empresas e a elaboração de proposta das atitudes que deveriam ser comuns. Uma pesquisa qualitativa interna com 300 pessoas, e outra sondagem quantitativa pela intranet com mais de 8 mil colaboradores resultou numa série de atitudes para serem buscadas: boa ambição, meritocracia inquestionável (não gerar dúvida), liderança intelectual (curiosos, criativos, descontraídos), diferente de todos, descomplicado (objetividade, anti-burocracia), o melhor com os melhores (aprimoramento constante de processos), o que vale é o placar (buscar metas, controlar custos), sem frescura (informal e respeitoso), time é tudo (qualidade da equipe e das interrelações), e cabeça nas nuvens e pés no chão.
Alcançar 12 mil funcionários distribuídos em 400 lojas por sete estados não deve ser tarefa fácil. Pois o desafio é plenamente atingido por Ivone Santana, gerente de Relações Institucionais do Magazine Luiza. Ela relata o pioneirismo da rede, seja lançando uma loja virtual (ponto físico sem produtos, só com computadores) no início dos anos 90, ou fazendo a primeira liquidação fantástica do país alguns anos depois, e neste sentido também do uso de ferramentas. A TV Luíza, por exemplo, é a primeira rede corporativa nacional ao vivo, chegando a todos os pontos nas quintas-feiras, apresentada pelos próprios diretores, assim como a Rádio Luíza que recebe a equipe todas as manhãs. Idéias como o “Cheque-mãe”, valor mensal entregue para as funcionárias para custeio da formação educacional dos filhos, e o “Livro do Bebê”, uma encadernação que mostra como era o mundo no dia em que o filho do funcionário nasceu, afora espaços para registro do crescimento da criança, incrementam o envolvimento. “A grande força competitiva da empresa está no alinhamento das pessoas”, finaliza.
VIRADA – A Campanha Ano da Virada – acredita, faça e sorria em andamento na Seara Alimentos, sediada em Itajaí/SC, foi mostrada em detalhes pela gerente de Planejamento e Desenvolvimento de RH, Marcia Baena. Num setor em que há turn-over médio de 50% a cada ano, pode-se imaginar a dificuldade do trabalho. Ela detalhou todas as peças utilizadas, como adesivação de chão e porta, cartazes, outdoor interno, toalha de bandeja do refeitório, jingle, cartão de Ano Novo em pleno mês de junho, móbiles de teto e jornais-murais – produzidas pela agência gaúcha HappyHouse, da relações públicas Analisa Medeiros Brum. Foi feito ainda um congresso de desenvolvimento, aberta linha direta com o Presidente e feita adesivação de pontos de lazer, como mesa de ping-pong, verso de baralho de cartas e tabela do basquete. Márcia acredita que, para a área crescer, “é preciso trazer as ações pro campo da tangibilidade”.
Em termos de desafios, o caso da diretora de Endomarketing do Grupo HSBC no Brasil, Juliana Marques, não é diferente. Ela trabalha com 28 mil funcionários em 15 empresas de 560 municípios. Também por isto, tudo parte de um plano de negócios, demonstrando valor pra área sob quatro dimensões de análise: financeira, mercado/clientes, processos e aprendizado/ conhecimento. “Sem método, nós viramos fazedores”, constata. Neste sentido, até mesmo um manual de redação foi elaborado para alinhar todos os instrumentos internos de comunicação, afora a prática sistemática de realizar pesquisas e efetivamente utilizar os dados levantados para tomar decisões. Um exemplo foi o Mapeamento Cultural aplicado em 5 mil pessoas de 19 cidades, onde se perguntava até qual o filme e a música que lembravam a empresa como método para detectar sensações. Juliana mostrou a experiência com o “Blog do CEO”, que já está virando até um livro, para lembrar que as novidades tecnológicas impactam o cotidiano de todos. E completou: “blog causa uma mudança cultural sim”, referindo-se ao costume com a transparência, aprendizagem de dar e receber feedback e nível de participação crítica e propositiva da equipe.
O programa ainda contou com o detalhamento da campanha de incentivo de vendas 2007 do Grupo Pão de Açúcar, chamada “Varejo na Alma”, num trabalho para 66 mil funcionários de 560 lojas brasileiras, liderado por Luiza Souza e Andréa Aumond, respectivamente gerente e analisa interna de Comunicação da empresa. A ação anual, com apurações trimestrais, teve foco nas lojas independente de bandeira, premiação atrativa que chegou a R$ 15 milhões distribuídos em dinheiro e viagens para toda a equipe das lojas destacadas.
AGENDA IBC – Três seminários sobre comunicação abriram a agenda do IBC em São Paulo neste 2008: gestão de crises, responsabilidade social e endomarketing foram os primeiros temas, organizados sequencialmente para facilitar a presença de interessados de outros estados. As próximas ações envolvem a 8. Conferência Anual de Planejamento, Monitoramento e Mensuração de Resultados de Trade Marketing nos dias 20 a 22 de fevereiro e o Seminário Planejamento Orçamentário para a Comunicação Interna no dia 26.
Responsabilidade Social evidencia DNA da empresa
A constatação pode não ser novidade para muitos, mas certamente tem impacto quando inserida no discurso e na prática das maiores empresas nacionais e multinacionais, o que acaba virando benchmarking para todo o país. Esta boa inspiração teve início com a gerente de Comunicação Corporativa da Hewlett-Packard, Valéria Café, através de uma sentença que se mostrou padrão em todas as apresentações: a cidadania precisa ser exercida de dentro para fora, onde os funcionários são os maiores multiplicadores. “O orgulho de trabalhar numa empresa cidadã é o maior motivo de retenção da equipe, mas é preciso também conhecimento, apoio e envolvimento de todos nos programas”, aponta, com a convicção de quem permite que quatro horas do expediente possam ser doadas para as atividades. No caso da HP, a desigualdade social do país é a mola propulsora dos projetos, aplicando tecnologia como estímulo de crescimento.
Márcia Vaz, Gerente de Responsabilidade Social e Sustentabilidade de O Boticário, mostrou o trabalho desenvolvido com as franquias da marca – são mais de 2000 lojas no Brasil. Para ela, uma política de investimento social privado deve ser fixa e não dependente de lucratividade. Ao lado disto, é preciso efetivar um processo de negócio sustentável eu permeie toda a organização primeiro, sem atribuir a um setor, grupo ou pessoa. E afirma: “RSE precisa ser entendida como transversal, porque está desde o recrutamento baseado na diversidade”. Na empresa, os filhos de funcionários têm programa de inclusão e sistema de bolsas de estudo.
Retomando a questão ética e após fazer um amplo apanhado histórico das políticas no setor, o gerente de RS das Lojas Renner, Jair Kievel, aposta em três grandes focos para o trabalho: garantir disponibilidade dos recursos naturais; respeitar limites da biosfera para absorver resíduos e poluição; e resolver a questão social, reduzindo a pobreza mundial. Ele sugere alguns critérios para definição das causas apoiadas, entre eles provocar uma mudança social significativa, gerar resultados mensuráveis, obter comprometimento dos dirigentes e colaboradores e ser perene. “A aprendizagem deve ser repassada a toda a cadeia produtiva interligada, exigindo o cumprimento de indicadores e procedimentos sustentáveis”, indica.
Pesquisas mostram como o tema é presente junto aos consumidores: 91% acreditam ser importante fazer ações de RS, 88% acreditam ser importante comunicar a responsabilidade social e 44% já compraram produtos relacionados a causas sociais. O case da Monsanto, defendido pela Gerente de Comunicação e RS, Cristina Rappa, trouxe a prática do enfoque, através do Cine Monsanto, da conservação do bioma Cerrado com defesa da onça pintada, Kit de envolvimento na causa para jornalistas, entre outras ações. Na mesma linha, o case das Tintas Coral com a gerente de Comunicação Corporativa, Sueli Freitas, divulgou o programa de reflorestamento na Reserva Tangará, o desenvolvimento de produtos amigáveis à base d’água, o programa de voluntariado e o Clube da Terra. Para ela, entre os vários benefícios gerados das políticas de RSE está o ganho de imagem com diversos públicos, integração entre funcionários, melhoria do clima organizacional e desenvolvimento de novas lideranças.
A moderadora do evento, socióloga Cristina Panella, encerrou a maratona de conhecimentos com explicações dos métodos avaliativos no segmento, com a experiência da CDN Estudos e Pesquisa como no caso do Relatório de Impacto Social (RIS). De uma fase inicial em que havia até aversão a falar em resultados, as empresas agora entendem como preponderante a medição de impactos. Ela detalha: “há preocupação com desempenho em eficiência (processo) e eficácia (alcance de resultados)”, por isto não deve haver constrangimentos em agregar valor à marca. Utilizando a nomenclatura pra embasar sua visão, Cristina diz que as ações são sociais porque atingem a sociedade, são empresariais porque devem ser impulsionadas pelas áreas de competência da empresa e são responsáveis porque agem como transformadoras sociais.
Enquanto a imagem reflete uma percepção de curto prazo e é baseada no impacto da comunicação, a reputação reflete uma percepção sustentável a longo prazo, cuja densidade é gerada pelos relacionamentos. Uma frase de Philip Kotler sustentou o pronunciamento – “toda empresa funciona num meio ambiente de públicos”, o que evidencia a importância da administração de percepções, sobretudo gerando mudanças. Para tanto, ela elenca alguns indicadores possíveis, dependendo do projeto: custo “per capita” da ação, índice de permanência do público no projeto, metodologia participativa na tomada de decisões, metas realizadas, modificações na renda familiar média, na escolaridade familiar e nas atividades de lazer e ainda criação de agentes multiplicadores das ações iniciadas.
COMUNICAÇÃO – A série de eventos de Comunicação do IBC iniciou pelo seminário Gestão de Crises no dia 21 de janeiro, teve continuidade com as palestras sobre RSE e encerra com o seminário Endomarketing no dia 23. A agenda da instituição, contudo, prevê várias outras atividades neste verão. Nos dias 20 a 22 de fevereiro, acontece a 8. Conferência Anual de Planejamento, Monitoramento e Mensuração de Resultados de Trade Marketing. Já no dia 26, é a vez do Seminário Planejamento Orçamentário para a Comunicação Interna, buscando tratar de técnicas para mensurar resultados e captar mais investimentos na área. Para março, já foi confirmado um seminário sobre gerenciamento de blogs corporativos.
Gestão de Crises: comece pelo funcionário
O moderador da mesa Paulo Andreoli, presidente da Andreoli MS&L, começou sem fazer rodeios: “a imagem é o reflexo das atitudes e valores”. Neste ínterim, crises diplomáticas, crises de idoneidade, crises fabricadas influenciam diretamente na percepção do público, e para evitá-las ou saber como enfrentá-las, indica a categorização da potencialidade de ocorrência de cada situação, onde se deve diferenciar o que é “possível” do que é “provável”. Valdeci Verdelho, vice-presidente da mesma agência, deu continuidade ao enfoque, conceituando que crise de imagem é uma situação anormal de conhecimento público. Tem o poder de desorganizar o funcionamento, afetar relações, comprometer carreira dos executivos, onerar com processos judiciais e deixar heranças na memória coletiva. “Primeiro ponto é a modulação do ambiente externo com a capacidade de adequação interna. Dessa desajuste surgem as crises”, aponta. Afinal, como diz a Gerente de Comunicação da Bayer Cropscience, Claudia David, a capacidade de gerenciar uma crise depende do que foi feito e praticado num período normal prévio.
Como elementos profiláticos, sugere-se o reconhecimento de vulnerabilidades, histórico de boas relações, comprometimento e investimento em prevenção e permanente respeito à opinião pública. As escalas de repercussão de uma crise quase sempre iniciam previstas pelo board da empresa, que não toma providências, e vai para os comentários de funcionários, chegando então à comunidade e à imprensa e desencadeando versões, fatos e rumores. Verdelho reitera: “a falta de informação gera o vazio, e abre espaço para boatos e desinformação, e com isto surge o oportunismo, a má fé, ações da concorrência e a desorientação dos aliados”. Daí que sempre se diz que a corrida contra o tempo é o ponto mais crítico destas situações.
O pico da crise vai depender da extensão de alguns vetores, como contexto, número, notoriedade, falhas, repercussão na imprensa. Alguns agravantes no setor são a espetacularização da notícia, com priorização do sensacionalismo, exploração exaustiva, invasão de privacidade, fabricação de acontecimentos, mitificação de personagens (herói e vilão, vítimas e culpados), fragmentação da realidade. E concorre para este tipo de panorama, segundo Verdelho, a atuação das assessorias, cujas mensagens não têm sido baseadas na incisividade, na abrangência de interesses, defendendo princípios e buscando um clima de tranqüilidade. “Usar estatísticas nestes momentos, não adianta”, destaca, aconselhando ser sempre sensível à emoção dos familiares e envolvidos e não ceder à idéia de chamar prioritariamente os advogados, por ser incorreto pensar numa visão legalista. Normalmente, a área jurídica sugere não lamentar ou solidarizar-se com as vítimas, porque seria um reconhecimento de culpa. Para Geovane de Morais, Gerente de Comunicação Institucional da Petrobras, haveria um traço cultural no país para esconder os acontecimentos, mas uma história de transparência seria a única sustentação para a crise. “A sinceridade com os públicos é o mínimo que se pode empreender, porque viabiliza as negociações posteriores”, diz, lembrando de erros passados de sua organização neste caminho.
ÉTICA - O Gerente de Relações Institucionais da Vivo, Fernando Poyares, relatou vários casos de empresas onde trabalhou, sempre sob o ponto-de-vista do conceito: crises previsíveis (relacionadas com atividades intrínsecas da companhia, com razoável domínio das possibilidades), crises pontuais (não previsíveis mas possíveis) e crises recorrentes (quando a memória coletiva reativa o problema). De toda maneira, aposta: “valores amplamente definidos criam um lastro na crise, por conta de uma estrutura de reputação que permita a crença em um diálogo”. Ele mostrou resultados de pesquisa da Interscience 2006, em que cidadãos apontaram o que interfere na reputação corporativa, sendo 100% o respeito pelo consumidor e 88% a ética. Neste sentido, Paulo Andreoli completa: “os jornalistas e relações públicas não podem prevaricar a verdade com suas funções. O dia em que se fizer isto, se está abandonando os conceitos destas profissões”, sendo que haveria tentações diárias de subversão ética no gerenciamento de crises.
A tarefa desta comunicação cabe a um porta-voz, cuja atuação e empatia é relevante, porque fala para uma diversidade de públicos com compreensões distintas. E ele deve seguir uma agenda própria, e não guiada pelos interesses da mídia. Já para a gerente da Bayer, seria negativo ter um único porta-voz, mas sim apontar a melhor pessoa para cada tipo de demanda, ainda que sob uma gestão integrada. Cláudia organizou um workshop com 65 executivos simulando cases de crise e seus desdobramentos ao longo de determinado tempo para fazer um treinamento completo, incluindo secretárias, telefonistas e vigilantes. “Mas acima de tudo o erro mais comum é acreditar que a relevância não esteja no pleno atendimento das vítimas”, complementa Verdelho.
O planejamento é a base da ação para Adalgiso Telles, diretor de Comunicação e Marketing Corporativo da Bunge. Com ele, para cada um dos riscos já há uma atuação pré-formatada específica. Formação de um comitê é outro passo mínimo e estruturante, mas sugere separar funções de gestor da crise de comunicador da crise: o primeiro seria o agente estratégico coordenador do processo (podendo até ser o porta-voz), e o segundo trabalharia ativa ou reativamente com as demandas dos públicos afetados ou interessados, enquanto um comitê local trataria de questões técnicas. “Mas muito cuidado com a inação, em que providências técnicas precisam ser tomadas e acabam esperando o aval do comitê”, alerta.
FEVEREIRO – A IBC Brasil, na área da comunicação e marketing, já acertou agenda para fevereiroem São Paulo. Nos dias 20 a 22, acontece no Estanplaza Ibirapuera a 8. Conferência Anual de Planejamento, Monitoramento e Mensuração de Resultados de Trade Marketing, com série de palestras, estudos de caso e dois workshops – um com o mesmo título do evento, e outro sobre Shopology: uma análise do comportamento do consumidor como questão fundamental no posicionamento do produto no PDV. Já no dia 26, é a vez do Seminário Planejamento Orçamentário para a Comunicação Interna, buscando tratar de técnicas para mensurar resultados e captar mais investimentos na área, marcado para o Hotel Sonesta Ibirapuera. Para março, já foi confirmado um seminário sobre gerenciamento de blogs corporativos.
EM TEMPO – Se existe um diferencial forte nos eventos IBC, afora a qualidade dos pronunciamentos e experiências repassadas, é a composição por pequenos grupos com ampla interação com os palestrantes, além da origem quase absoluta dos participantes: as maiores empresas nacionais e multinacionais. Estas características formatam uma proposta realmente potencializadora, onde o relato e a aprendizagem podem partir de qualquer lado, com garantia de interesse e proveito.
Mercado de eventos exige profissionalização
A apostila de 141 páginas e o CD-Rom auxiliar entregues mostram o detalhamento técnico exigido para uma boa atuação. Logo na abertura, Bruin dá o tom da competição: segundo o Anuário Brasileiro das Promotoras e Organizadoras de Eventos em fase de produção por sua consultoria, existe 6 mil empresas na área, responsáveis por 319 mil eventos/ano no Brasil. Claro que o conceito da palavra é amplo: do latim “eventu”, adota o sentido de “acontecimento”, iniciativa que tenha o objetivo de reunir pessoas para finalidades diversas, como comemorações, festividades, troca de conhecimento, intercâmbio cultural – o que demonstra também a amplitude de possibilidades de trabalho e das chances de especialização. O curso enfoca com maior ênfase o mercado de feiras e congressos técnicos, ainda que se possa aplicar as ferramentas em outros nichos da área.
CONTRATO – Uma das grandes deficiências no ramo é centrar as tratativas no campo verbal, sem oficialização impressa de atribuições, prazos e valores. Os documentos, seja da agência organizadora para com o contratante, seja também para o negócio com inúmeros fornecedores intervenientes no processo, contêm uma estrutura básica – identificação das partes, objeto, pagamentos e parcelas, obrigações da contratante e da contratada, cláusulas de multa e rescisão, foro, assinaturas e testemunhas em cartório. “Não existe prestação de serviço sem contrato”, sentencia o ministrante, sem temer que a burocratização possa afastar clientes. Afinal, não é o momento da informalidade, sendo que sugere a abertura de conta bancária específica para trâmite dos recursos captados, contribuindo para a confiabilidade do relatório final.
Uma segunda etapa reside no estabelecimento de cronograma de tarefas com prazos e responsabilidades, em tabela onde conste a data final de entrega ou finalização de cada parte, com pequenas folgas para imprevistos, incluindo a marcação de reuniões entre promotor e contratante para evitar dispersão futura ou constantes chamadas que tumultuam o trabalho de campo. Aprovada a planilha, um desmembramento pode ser feito, onde minúcias são bem-vindas para não escapar nenhuma necessidade operacional.
Na orçamentação, Paulo indica a tomada de preço com três fornecedores, sendo que a apresentação ao cliente acontece com valores retirados da média dos retornos obtidos. Com as alterações econômicas em geral, ou diante da possibilidade de fechamento de convênios e permutas posteriores, este procedimento permite flexibilidade na contratação futura de cada fornecedor.
Para atividades de repasse de conhecimento, seja na forma de seminários, congressos, painéis – cuja diferença terminológica ele sugere saber e aplicar, ao contrário do que se vê hoje no mercado (o portal Mundo-RP tem seção específica com os conceitos de cada tipo de evento) – a montagem do programa temático é o ponto principal. Ele indica previsão de atividades diferenciadas e simultâneas para motivação dos participantes e mesmo aumento de inscrições e da capacidade de absorção de pessoas, sempre lembrando de constar aviso de possibilidade de alteração de palestrantes a qualquer tempo e sem aviso prévio, dadas as normativas do Código de Defesa do Consumidor. “O programa de atividades do evento é o item mais estimulador, é o input inicial fundamental e merece atenção”, destaca. E complementa: “cases não podem faltar”.
PESQUISA – A observação atenta das necessidades do público-alvo do evento é condição para seu sucesso. Então, o treinamento partiu para a abordagem da relevância das pesquisas para várias determinações cruciais na aceitação futura do empreendimento: através de levantamentos mercadológicos via pesquisas quantitativas e qualitativas, incluindo ainda fontes como jornais e revistas gerais e específicas do segmento em questão. Diretrizes como cidade, local, temário, ministrantes, atrações extras, formato de atividades e sua duração e forma provável de deslocamento são obtidas com um questionário, cujos resultados permitem consultar órgãos locais, regionais e estaduais sobre calendário de outros eventos concorrentes, fazer pré-bloqueio de hotéis e sugerir estrutura da temática básica. O nível de retorno da sondagem pode ser melhorado mediante a oferta de alguma vantagem, como desconto ou preferência na inscrição posterior para os respondentes. Em ações de maior longevidade, pesquisas pós-evento do ano anterior também devem ser consideradas.
O conjunto de dados obtido com as pesquisas gera projetos específicos de apresentação institucional da empreitada e de sua captação de recursos junto a empresas e órgãos financiadores. O projeto de venda deve ser curto: o que é o evento, quem promove e quem organiza com pequeno histórico, perfil do público a ser atingido, esboço das peças gráficas com tiragens e características, valor e forma de pagamento proporcional ao retorno promocional ofertado. Este documento deve ser entregue pessoalmente – o instrutor condena o envio indiscriminado por email ou correios – e se possível apresentado em tempo não superior a 40 minutos.
EXPOSIÇÕES - As exposições constituem uma força extra ao evento técnico, e muitas vezes salvam o financeiramente, mais ainda quando podem transformar-se em feiras – o que demora em média de 3 a 5 anos -, abertas à visitação externa e com comercialização nos stands. Todavia, este formato de evento requer um outro rol de tarefas que mereceram atenção do ministrante. Em resumo e como exemplo, seriam:
- paralelamente à marcação de piso dos stands, abertura de uma Sala de Segurança, do Centro de Atendimento ao Expositor e da enfermaria com UTI móvel;
- encaminhamento para fiscalizações diversas, com ou sem pagamento de taxas, como ART recolhida pelo CREA, certificados expedido pela ANVISA para praças de alimentação e pela Polícia Federal para empresas de vigilância, além de alvará do Corpo de Bombeiros, laudo de arquibancadas e palco e ainda liberação de idade pelo Juizado de Menores (há proibição de circulação em feiras para até 16 anos);
- aval do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para entrada temporária de maquinário estrangeiro (sem pagamento de impostos até sua venda ou devolução);
- sinalização de estacionamentos privados do entorno para não estabelecer vínculo com a feira.
Informação baseada no diálogo é a grande ferramenta do gestor de eventos, desde estabelecer contato prévio entre equipe de tradutores e palestrantes até organizar o funcionamento das centrais de congressistas ao meio-dia e no período noturno, nem que seja com redirecionamento telefônico. “Não é raro vermos estes espaços fechados na hora em que os futuros participantes mais precisam, ou estarem posicionados em rodoviárias e aeroportos para simplesmente não prestarem informação relevante alguma”, manifesta.
Com um conteúdo bem esquemático, o curso permite um panorama geral da organização da empreitada e dá dicas simples para evitar alguns pontos de conflito. Paulo Bruin deu ênfase ao planejamento das ações, à planificação das propostas para captação de recursos públicos e privados (fazendo divisões importantes) e à mostra de comprovação de resultados, com registro do plano de comunicação empregado e do processo financeiro.
FEVEREIRO – O curso “Gestão de Eventos” volta a ser ministrado em São Paulo/SP nos dias 16 e 17 de fevereiro de 2008, sendo complementado no dia 18 pelo curso de “Captação de Recursos para Eventos”. O consultor desenvolve atividades em todo o país e agendamentos podem ser feitos pelo info@paulobruin.com.br. Veja mais detalhes no site www.paulobruin.com.br e saiba do desconto especial para cadastrados do portal Mundo-RP.
Fiat 500 "voa" no céu de Londres
Lena Castellón
O Fiat 500 permanecerá "no ar" por duas semanas, dando uma volta de aproximadamente 135 quilômetros. Durante esse período de vôo, uma competição de design interativo estará disponível a quem for conferir a cápsula. O prêmio é um Fiat 500.
Comércio eletrônico obtém bons resultados através de estratégias de e-mail marketing
Siemens Brasil investe em mídia móvel
Ser.RP no Portal-RP
Adote uma tartaruga
Desde então, o Projeto TAMAR passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, que é executado pelo IBAMA, através do Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas (Centro TAMAR-IBAMA), órgão governamental; e pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisas das Tartarugas Marinhas (Fundação Pró-TAMAR), instituição não governamental, de utilidade pública federal.
Essa união do governamental com o não-governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto TAMAR. O TAMAR conta ainda com a participação de empresas e instituições nacionais e internacionais, além de organizações não-governamentais".
Postado por Juliano Melo.
ESTRATÉGIAS INOVADORAS EM MARKETING VIRAL
A JumpEducation promoverá no dia 27 de Fevereiro a Oficina Executiva sobre Estratégias Inovadoras em Marketing Viral e gostaríamos de convidá-lo(a) a participar conosco.
O marketing viral é uma das estratégias que mais se sofisticam com a disseminação do uso dos meios digitais. A interatividade e convergência de mídias tornam a criação de campanhas virais ainda mais instigantes e abrem um leque de possibilidades bastante interessante para todos as necessidades.
Uma promoção especial, uma campanha para aumento de cadastro, ou simplesmente uma ação institucional: todas estas necessidades podem ser totalmente satisfeitas com o uso do marketing viral.
Esta oficina promovida pela JumpEducation trará profissionais de grande experiência no assunto compartilhando idéias e vivências, além de mostrar exemplos e elencar quais as melhores maneiras de se planejar, desenvolver e mensurar resultados de uma campanha viral.
Confira a programação:
08h30 - Welcome Coffee
09h00 - Módulo: Como planejar adequadamente uma estratégia de ações virais.
Objetivo: Uma campanha de marketing viral exige um cuidadoso planejamento, que visa combinar de forma satisfatória uma necessidade específica com a capacidade de mobilização das pessoas. Esta aula mostra quais são os pontos mais importantes deste planejamento.Conteúdo: A aula mostrará qual a melhor maneira de usar instrumentos como sites de conteúdo gerado pelo usuário, ações offline integradas e outros tipos de estratégias de alto potencial de viralização.Xavier Mantilla / Diretor da América Latina/ NEO@OGILVY
10h30 - Coffee Break & Networking
11h00 - Módulo: Explorando sites de conteúdo gerado pelo usuário para divulgar de forma eficaz campanhas virais
Objetivo: Mostrar ao aluno como combinar criatividade, inovação e ousadia em campanhas virais utilizando sites de conteúdo gerado pelo usuário, como o YouTube.Conteúdo: Uma ação de marketing viral deve se caracterizar como algo impactante, capaz de causar comoção e/ou curiosidade no usuário. Os sites de conteúdo gerado pelo usuário são veículos bastante adequados para este tipo de ação. Veja como potencializar os efeitos da campanha utilizando esta estratégia.Priscila Totorelli / Sócia e Vice-Presidente / A1 BRASIL
12h30 - Almoço
14h00 - Módulo: Métricas de análise de desempenho para ações de marketing viral.
Objetivo: Apresentar processos de gerenciamento estratégico de métricas de campanhas de marketing viral, a fim de evitar desvirtuamento e desgaste.Conteúdo: O marketing viral é, por definição, uma ação de tiro curto, mas abrangente. Deve gerar impacto positivo no público-alvo, trazer identificação, gerar comentários e repercussões em comunidades. Quando considerar que a ação já teve seu "tempo útil"?Como saber se o propósito da campanha não está sendo "desvirtuado" durante o tempo de propagação? Como descobrir as conversões originadas da ação específica. Alessandro Barbosa Lima / Diretor / E-LIFE
15h30 - Coffee Break & Networking
16h00 - Módulo: Novas alternativas de marketing viral: desenvolvendo conteúdo interativo e diferenciado para estimular melhores resultados.
Objetivo: Oferecer novidades para um público sempre ansioso por elas é um diferencial competitivo nas estratégias virais. Games, interação com ponto de venda e o uso do mobile marketing são as tendências mais fortes.Conteúdo: Uma análise das perspectivas de novas ações de marketing viral utilizando alternativas diferenciadas de veiculação.Pedro Gravena / Diretor de Criação / GARAGE INTERACTIVE
17h30 - Encerramento
Tome a decisão correta e inscreva-se!
Informações e Reservas: Acesse o hotsite
Telefone para contato: (11) 5012-5939 com Alessandro Magalhães
Data: 27 de Fevereiro de 2008Local: SSJ Laboratório de Negócios - Rua Dr. Cardoso de Melo 1491 - Vila Olímpia - São Paulo - SP Horário: 8h30 - 17h30 (Almoço, Coffees, material de apoio e certificados inclusos)
Dica de blog...
"Jornalistas costumam receber uma infinidade de materiais e amostras de produtos que estão sendo lançados, brindes de fim de ano dos principais contatos e por aí vai. Confesso que recebi um brinde inesperado na última sexta-feira. Veio da Dez Propaganda, responsável pelo departamento de below-the-line da TAM: uma Susi aeromoça da TAM, customizada pela Estrela para a companhia. Claro que o brinde circulou pela redação inteira e gerou toda sorte de piadinhas sobre uma possível "versão chamuscada" da boneca ou o fato de sua caixa ser na realidade um caixão. O fato é que as piadas negras são inevitáveis, e elas apenas indicam que não importa o quão criativo seja o departamento de marketing de uma empresa. Se o produto ou serviço que ela presta está deixando a desejar, está desacreditado, não há agência de propaganda que possa cumprir com o seu papel. Esta é uma responsabilidade do cliente, que tem que trabalhar muito para ter um excelente produto ou prestar um excelente serviço ao longo do tempo. A boneca é uma graça, é verdade".
Blogtraining
Os executivos das maiores empresas brasileiras já se acostumaram a reservar espaço na sua agenda para fazer media training. O exercício serve para facilitar a a vida de presidentes e diretores quando estão diante de um jornalista. Há desde aulas teóricas até simulações de entrevistas para TV ou mesmo jornais e revistas. Agora esse treinamento ficou mais sofisticado. Algumas das maiores agências de comunicação do País já começaram a estruturar o que estão chamando de Blogtraining, a versão 2.0 do mediatraining. A preocupação agora é outra. A intenção agora é ensinar os clientes a interagir ou mesmo escrever seus próprios blogs corporativos. Presidentes ou diretores de companhias de todo o mundo já descobriram o poder dessa poderosa ferramenta de comunicação interativa. Esse fenômeno é mais robusto nos Estados Unidos onde os executivos são mais inovadores nesse aspecto, mas na Europa e Ásia os exemplos se repetem. Na conservadora Áustria, por exemplo, o presidente da Telekom Austria, Rudi Fischer. "O blog é a extensão do diálogo das marcas com os seus clientes", afirma o presidente da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (ABRACOM), José Luiz Schiavoni. Também sócio e fundador da S2, que está entre as dez maiores empresas desse mercado, Schiavoni diz que o blogtraining se tornou uma questão quase imperativa nos últimos seis meses do ano passado. "Muitos dos nossos clientes me perguntam como podem se conectar a essa nova mídia e antes deles descobrirem o novo mundo é preciso mostrar as regras." A S2 não está sozinha na abertura dessa nova oportunidade de negócio. Outra grande marca desse mercado, a In Press Porter Novelli, também está colocando o assunto na ordem do dia dos seus clientes. "Ainda não criamos um produto específico para atender essa demanda porque acreditamos que ela faz parte da consultoria de mídia que trabalhamos junto aos nossos clientes", afirma Hugo Godinho, coordenador do núcleo de web da In Press. Essa tendência fica mais forte à medida que os blogs, como mídia de propagação, ganham mais força junto a outros consumidores que acessam a internet. "É um movimento sem volta para o mundo corporativo", afirma Aloisio Sotero, que há sete anos vem estudando comportamento dos clientes na web e sua relação com as marcas. Como Business Processo Outsourcing (BPO) dos grupos Brasif e Dufry, Sotero diz que a "maior lição que podemos obter em relação aos blogs é a capacidade do executivo ficar alerta para os questionamentos e ainda ser rápido na resposta." São essas técnicas que agências de comunicação, como a S2 e In Press, querem proporcionar aos seus clientes que já decidiram escrever os seus próprios blogs.
A convite de Bites, presidentes de empresas terão seus próprios diários on-line:
Blog do LebrãoAcesse o Blog do Márcio Lebrão, da McAfee
Avenida Paulista vai para o Second Life
Bárbara Sacchitiello
Para marcar a inauguração do espaço, a BRSL, empresa que realiza eventos na comunidade virtual, promoverá uma festa que terá a duração de 58 horas e contará com a presença de DJ's, tocando sobre o palco virtual criado nos moldes daqueles presentes nos tradicionais eventos da Paulista. A estimativa é que a inauguração atraia um público de 20 mil avatares.
Promoção de cinema
Há uma cena, que passa quase que despercebida, porém é de extrema importância para quem atua em marketing e vendas: o ator recebe uma caixa rosa, com a tarefa de experimentar os produtos para criar campanhas publicitárias. Como todos os produtos são femininos, ele passa por experiências engraçadíssimas neste processo de experimentação.
Assim, devemos encarar o varejo. “Marketeiros” e vendedores devem consumir mais produtos, devem literalmente ir às lojas e realizarem compras efetivamente, não digo apenas simular. É preciso que se entre na fila, comente com outros consumidores, discuta preços. Uma vivência de compra do produto que você tem que trabalhar, ou do produto concorrente, da mesma forma que no filme. Levar o produto para casa e experimentar usar, para sentir os sabores, a textura, o cheiro. Se o produto for direcionado ao público infantil, use como se fosse uma criança. Além de estimular muito sua criatividade, isso auxilia na obtenção do todos buscam e falam incansavelmente: a VISÃO DO CLIENTE.
Promoções de varejo devem ser focadas nesta visão. É de se entender perfeitamente que, por diversas vezes, a promoção tem um objetivo relacionado à diminuição o estoque atual. Mas o sucesso será ainda maior se está experiência estiver retratada na promoção. Por exemplo, um produto que está na moda pode perfeitamente, através de um contexto, encaixar com um produto que está no estoque. As novas sandálias que estão na de moda agora combinam perfeitamente com esta blusa, que você quer que gire.
Junte a vivência com o produto com um contexto e você terá a visão com o cliente com uma promoção que fará seu estoque girar.
Dominic de Souza é Country Manager da DQ&A, autor do livro "Como vender o seu Produto ou Serviço como algo Concreto", pela editora STS, metodologista, consultor especialista em vendas, palestrante, empresário no ramo de treinamento e desenvolvimento, professor de MBA e facilitador da Escola de Negócios Trevisan.
Profissão: Ombudsman do Mundo
Hoje mesmo um Cliente, que atendo há muitos anos e acabou se tornando um grande amigo, me ligou para contar o que aconteceu com ele em Portugal. Hospedado em um hotel de uma rede bastante conhecida em Lisboa, onde estava a trabalho, ele logo cedo preencheu o papel da lavanderia (deixando claro que era serviço expresso) e afixou a única camisa social que havia levado. Ao retornar para o quarto no final do dia, a camisa (suja) ainda estava lá. Ele ligou para a governanta e pasmem: levou o maior sermão em português de Portugal!!!!! Como ele não havia lido as instruções atrás do papel? Que absurdo! Que ultraje! Nas instruções estava claro que o hóspede deveria levar a roupa até o lobby e não esperar que retirassem no quarto. Resumindo: morrendo de vergonha e de raiva, ele pediu um ferro e deu um jeitinho na camisa.
Quanto vale o show?
Pense bem, tem como medir o valor para uma marca dentro de uma matéria na Gazeta Mercantil? Só de ter o nome publicado num dos jornais mais tradicionais do país, que é lido pela nata empresarial do Brasil, fica óbvio que não há preço que pague esse tipo de coisa. E sair numa Veja, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Valor Econômico, entre tantos outros. Nada pode pagar esse prestígio e força que a marca ganha.
Mas, infelizmente, o mercado vive de números e estes têm que ser palpáveis. Tem que haver uma referência para os departamentos de marketing medirem, para a direção apresentar e concluir que vale investir em comunicação.
Acontece que o modo mais difundido de "mensuração" é a lendária centimetragem, que pega os valores publicitários de cada veículo e aplica isso na matéria, dando um equivalente de quanto a empresa teve numa matéria espontânea e quanto teria que gastar para ter o mesmo espaço num anúncio. Só o princípio desse método já é uma distorção. Como é possível comparar uma matéria com uma propaganda. Não dá.
Fora isso, vêm outros problemas graves desse sistema. Qual tabela é usada nessa métrica? A tabela cheia ou a negociada, que pode variar em até 40% de uma para outra? Se a avaliação é feita para uma cliente grande ou pequeno, isso varia? Claro que não, o preço é um só para todos, o que gera outra distorção, pois cada empresa tem uma negociação nos departamentos de mídia de suas agências ou nos comerciais de cada publicação. Uma montadora não paga o mesmo que uma loja de decoração num mesmo veículo. Cada um tem seu custo próprio, pois aí entra a economia de escala. Quem compra mais, tem melhores preços.
Graças a Deus e à lucidez de alguns profissionais de comunicação, esse tipo de contabilidade está deixando de ser o grande parâmetro do mercado. Há algum tempo vâm crescendo as avaliações qualitativas, que pelo mercado tem nomes como "Índice de Qualidade da Imagem" e assemelhados. O processo é todo baseado em notas de avaliação para cada ponto da matéria onde o cliente é inserido.
São avaliados todos os pontos possíveis. Posicionamento da matéria na página, importância do veículo para o cliente, se a matéria tem foto ou não, uso de adjetivos na marca e por aí vai. É possível estabelecer notas para cada item que importa na avaliação do cliente - mesmo porque o sistema pode ser customizado para responder aquilo que o cliente quer saber - e com isso entregar algo real sobre a imagem institucional de uma empresa ou produto.
A teoria do sistema é maravilhosa, mas só há um porém nessa evolução: o preço. Comparado há boa e velha centimetragem, o custo chega a ser dez vezes mais, dependendo da sofisticação, inviabilizando a contratação do produto por clientes sem um fôlego financeiro bom.
Agora, independente da questão de valores, acredito que os dois métodos possam viver em harmonia e em conjunto. A possibilidade de unir os dois parâmetros reduz as distorções e dá um panorama mais claro dos resultados do trabalho de divulgação. Soltar release pelo Brasil todo e medir o retorno pelo número de recortes é um tanto quanto grosseiro em termos de avaliação de imagem.
O fato é que precisamos começar a trabalhar melhor os nossos resultados, para com isso ganharmos mais valor no mercado. Um bom relatório, estruturado e com boas bases, é o caminho para solidificar e mostrar o porquê das nossas ações e estratégias.
Se não fizermos isso o quanto antes, estaremos iguais aos calouros dos programas de auditório da TV, dependendo de jurados sem noção alguma para dar nota sobre o nosso talento ou performance, que nos avaliaram apenas por um belo rosto e pela fanfarrice que é típica nesse tipo de programa. Não podemos ficar reféns disso. Afinal, somos nós que fazemos o show valer mais.
Pós-graduado pela PUC-SP em Jornalismo Institucional, com formação em administração pela FAAP e jornalismo pela FIAM. Atuou como repórter e editor das revistas Automóvel & Requinte e Automóvel 4x4, além trabalhos free lances para a revistas Carro e Quatro Rodas. Em comunicação corporativa, atuou como assessor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, da Grupo Bandeirantes de Rádio e TV e Sun Software. Na Holofote, desde 2001, é sócio-diretor, cuidando de atendimento e operação da redação, que atende clientes como Deca, Hotel Unique, Banco Rendimento, Manpower, Gyotoku, e mais 30 clientes.
Dica de blog...
Dica de blog...
Relações Públicas e mestre em Administração, profissional e professora.
Quem fica sentado, esperando tudo "cair do céu" - ou vir do governo, das instituições, das empresas - não é um cidadão, é só um espectador. Cidadão é aquele que assume, muito antes dos direitos, os deveres que tem consigo mesmo, com os vizinhos, com o bairro, com a cidade, com o estado, o país e o mundo".
Dica de blog...
Outro blog que recomendo é o Oras Blog, com temas relacionados àRelações Públicas, Comunicação em Marketing, tecnologia, filmes, séries, livros, humor e outras novidades. Foi de lá que retirei essa charge:
Clique aqui e acesse o blog.
Postado por Juliano Melo.
Dica de blog...
Surgiu com o intuito de ser questionador, criticar o que os RP andam fazendo por aí e mostrar as novidades da área.
Em tempo de campanhas de valorização, grupos de discussões e blogs de comunicação, O Pato vem para desconstruir isso tudo.
Mostraremos que nossa profissão não precisa de valorização, mas sim de fortalecimento teórico e prático. Os relações públicas estão perdendo mercado sim, mas por que? Porque querem ser “bonitinhos” e “românticos”. Esqueçam! Sem atualização e novos conhecimentos nossa profissão esta marcada para a morte, como tantas outras.
Então vamos parar de querer ser golfinhos! Golfinhos nada!!! RP é pato!!! Tem que nadar, voar e ainda botar ovos!!!"
Dica de blog...
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Sustentabilidade: inovação ou commodity?
Retirado do site Sabe Auditores Associados.