Nas minhas "andanças" pela internet acabei encontrando um blog muito interessante, o Rough Type, escrito por
Nicholas Carr. Um post escrito por ele me chamou a atenção. Primeiramente pela palavra
brazilian e posteriormente pela comparação de consumo de energia entre brasileiros e
avatares.
Abaixo o texto traduzido:
Tony Walsh tem, como outros, algumas dúvidas sobre se o Second Life é sustentável como negócio. Mas ele traz uma outra questão que eu ainda não tinha pensado sobre: "O Second Life é sustentado ecologicamente?".
Ele cita Philip Rosedale, o homem a frente do Linden Lab, a companhia atrás do mundo virutal: "Nós estamos funcionando com potência máxima todo o tempo, por isso consumimos uma enorme quantidade de energia elétrica em nossos co-locais de armazenagem (locais onde eles guardam os 4.000 computadores usados como servidores)... Nós estamos ficando sem energia por metor quadrado nos locais em que mantemos nossas máquinas. Nós não podemos, por exemplo, usar mais servidores agora porque poderiam simplesmente necessitar de mais eletricidade do que poderia disponibilizar para o espaço no andar que ocupam".
Walsh nota que em média existam entre 10.000 e 15.000 avatares no Second Life em qualquer momento, um número que cresce rapidamente. Ele imagina: "Quanta energia 15.000 seres humanos consomem diariamente comparado com 15.000 avatares?" Hmm. Esta é uma interessante pergunta.
Então vamos fazer as contas.
Se existem uma média entre 10.000 e 15.000 avatares "vivendo" no Second Life a qualquer momento, isso significa que o mundo tem uma população de aproximadamente 12.500. Para suportar estes 12.500 avatares é necessário 4.000 servidores e 12.500 PCs que os alter egos fisícos dos avatares estão usando.
So let's do the math.
Conhecidamente, um PC consome 120 watts e um servido consome 200 watts. Mais 50 wats por servidor para o ar-condicionado dos locais que alojam os servidores. Então, em uma base diária, o consumo total de energia do Second Life é igual:
(4,000 x 250 x 24) + (12,500 x 120 x 24) = 60,000,000 watt/horas ou 60,000 kilowatt/horas.
Per capita, seria:
60,000 / 12,500 = 4.8 kWh
O que, anualmente, nos da 1,752 kwh. Então um avatar consome 1,752 kWh por ano. Por comparação, a média humana, em uma média mundial, consome 2,436 kWh por ano. Então você tem o seguinte: um avatar consome um pouco menos de energia do que uma pessoa real, entretanto eles estão em uma mesma área.
Agora, se nós delimitarmos o limite de comparação aos países desenvolvidos, onde o conumo per-capita de energia é 7,702 kWh por ano, os avatares parecem consideravelmente menos famitos do que os humanos. Mas se olharmos pelos países em desenvolvimento, onde o consumo per-capita é de 1,015 kWh, nós encontraremos que avatares consomem consideravelmente mais energia do que pessoas.
Em uma comparação mais detalhada, a média de consumo dos cidadãos brasileiros é de 1,884 kWh, o que, dado o fato que meu estimado avatar era pouco gentil e conservador, significa que a média do seu avatar do Second Life consome tanta energia quanto um brasileiro.
O que signfica, em tempo, que avatares não são tão intangíveis quanto parecem. Eles não têm corpos, mas deixam pegadas.
Em um comentário neste post, Sun's Dave Douglas direciona os cálculos por outros passos, traduzindo o consumo de energia elétrica em emissões de CO2. (Dióxido de carbono, ele aponta, "é o gás que causa o efeito estufa mais frequentemente encontrado da produção de energia elétrica"). Ele escreve: "observando a produção de CO2, 1,752 kWH/ano por avatar é mais ou menos 1.17 toneladas de CO2. O que é o equivalente a dirigir um SUV por volta de 2.300 milhas (ou um Prius por volta de 4.000)".
