Archive for agosto 2011

Como cheguei até aqui, por Rodrigo Capella

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Mais uma excelente história de um grande profissional da área de comunicação. Rodrigo Capella, no texto 'A Eterna busca' nos traz uma visão poética de sua escolha pela profissão de jornalismo.

Boa leitura!


A eterna busca

Rodrigo Capella*

O constante prazer pela leitura e a busca por degustar estilos marcantes levaram-me a respirar Mário Quintana. Um dos primeiros contatos foi com Velório Sem Defunto. Uma obra bárbara – no bom sentido da palavra -. Também provei Água e admirei A cor do invisível– entre vários, vários outros. Ora, lendo trechos; ora frases, ora avançando mais.

No meio de tantas linhas, pensamentos e reflexões, uma frase – certa vez – parecia dialogar comigo: “só o desejo inquieto, que não passa, faz o encanto da coisa desejada”. Em um primeiro momento, de fato calei-me. Pensamento profundo, a buscar algo que justificasse tal experiência.

E ela veio. A resposta – do aparente enigma – estava conectada com a minha infância. Tal trecho havia me chamado a atenção porque desde cedo – lá na quase sem memórias infância – apresentei-me como um ser inquieto.

Era rotina encontrarem-me dentro do fogão ou da máquina de lavar. Parecia sempre brincar, sem parar, sem querer parar. Transferi – de algum modo, de alguma forma – esta energia, vibração e uma certa rebeldia - sugeriram que eu fizesse Direito, optei por Comunicação - para os anos seguintes.

Tal inquietude – com grande alegria – acompanha-me até hoje. Gosto – e sempre gostei – de fazer várias coisas, realizar novos projetos, ultrapassar fronteiras, idealizar e colocar em prática tarefas aparentemente impossíveis.

Sempre tem – é claro – o momento da reflexão – o tal esconderijo mental. Se antes, cabia com facilidade dentro de um fogão ou em uma máquina de lavar, hoje – para imergir – debruço-me em novelas.

É como se eu, junto com os personagens, estivesse dentro de uma televisão, respirando aquele mundo, escolhendo com cuidado cada um dos móveis, objetos, detalhes, - ah, e é claro - fogões e máquinas de lavar.

(*) Rodrigo Capella é podcaster, assessor de comunicação, blogueiro, professor, escritor e palestrante. Edita o blog PR Interview


E você, não quer nos contar sua história? Nós queremos ouvi-la!


Como cheguei aqui!! Por Muriel de Paula

Como cheguei aqui!! Por Alexandre Costa

Como cheguei até aqui! por Marcielly Moresco

Como cheguei aqui! Por Aislan Greca.

Como cheguei aqui!! Por Ramon Fernandes

Como chegamos aqui? Por Robso Turcato





Bombril lança espaço de capacitação de domésticas e resgate da história

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A Bombril inaugura no dia 30 de agosto um projeto social que tem por objetivos: ajudar a profissionalizar o serviço realizado pelas empregadas domésticas - através de cursos gratuitos-, promover debates e resgatar a história da empresa e do país.

Trata-se da Casa Bombril - localizada no número 525 da Av. Francisco Morato, no Bairro Butantã, em São Paulo, primeira iniciativa do Instituto Roberto Sampaio Ferreira (IRSF), braço para ações de sustentabilidade e responsabilidade social da Bombril.

Cerca de R$ 5 milhões foram investidos na Casa Bombril, cujos cursos dirigidos às empregadas domésticas mostram na teoria e na prática todas as tarefas do trabalho da casa, proporcionando uma formação diferenciada, com mais eficiência, profissionalismo, aumento da renda individual e familiar, e possibilidade de ingresso e permanência no mercado de trabalho.

Sobre os cursos

O espaço onde são ministrados os cursos tem uso múltiplo, graças à utilização flexível dos ambientes desenhados por renomados arquitetos que desenvolveram um projeto com visual moderno que remete a cenários de produção cinematográfica.

Os cursos, desenvolvidos em parceria com o SENAC, considerado referência nacional em educação no país, são voltados para o desenvolvimento pessoal e qualificação profissional da empregada doméstica nas áreas de lavanderia, organização de ambientes, limpeza e conservação e serão ministrados em cinco módulos, abrangendo todos os cômodos da casa.

Espaço Memória

Além da dimensão educacional, a Casa Bombril conta ainda com o Espaço Memória, museu onde a história da empresa e de seus produtos será contada, e loja conceito, onde serão vendidos produtos exclusivos da grife Bom&Bril. O lucro será revertido para o Instituto Roberto Sampaio Ferreira para manutenção das atividades educacionais da própria casa, fazendo com que o projeto seja auto-sustentável.

No Espaço Memória toda esta história é organizada, resgatada e preservada para que outras pessoas possam conhecer e refletir sobre o empreendedorismo e estratégias de marketing, como a empresa começou, em que época surgiu, a história do Bom Bril; que revolucionou as donas de casa de todo o Brasil, detalhes sobre os outros produtos e também momentos históricos do nosso país. E tudo isso, contado por meio de materiais pessoais dos fundadores da Bombril e campanhas publicitárias disponibilizadas pelas agências de publicidade WMcCann e DPZ.

Os visitantes do Espaço Memória - local em que a visitação dará lugar à observação, à experimentação, ao conhecimento e ao questionamento sobre aspectos da história, empreendedorismo, criatividade e outros que permeiam a cronologia da Bombril - serão “recepcionados” por uma personagem feminina, protótipo da mulher comum, que estará em cada módulo da exposição com seus comentários. Suas roupas e sua aparência acompanham a trajetória do passar das décadas e a evolução da mulher brasileira.







Já pensou em fazer o seu vídeo currículo?

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O site DeOlhoNoEmprego (www.deolhonoemprego.com.br) - D.O.N.E. - permite que candidatos e contratantes criem vídeos currículos de até um minuto e trinta segundos. Durante a apresentação, os profissionais têm a chance de expor suas aspirações e os empregadores podem especificar detalhadamente o que esperam do candidato à vaga.

O custo para deixar o currículo 30 dias no ar é de apenas R$ 7 com alternativa de inserir também o tradicional modelo com foto. Na minha opinião, o pagamento pelo serviço pelo usuário é um ponto negativo, pois a empresa contratante que deveria pagar. Portadores de necessidades especiais e trabalhadores de algumas profissões de base têm adesão gratuita.

Já o empregador tem acesso a todas as funcionalidades do site sem nenhum custo, basta efetuar o cadastro da empresa.

Diversos formatos de vídeos e imagens (3gp, 3gpp, flv, avi, mpg, mpeg, mp4, jpg, jpeg, eps, jpe, pix, gif, png e bmp) são aceitos.

Creio que os videologgers têm vantagens, não?

Pesquisa: área de Relações Públicas responde pela liderança do processo de comunicação para situações de crise

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Gestão de crise


Pesquisa realizada pela Red de Comunicación Integral Latinoamericana – Red Cila (www.redcila.com) - com 200 profissionais de comunicação de grandes empresas que operam nos principais mercados da América Latina, constatou que apenas 20% delas reservam em seus “budgets” anuais recursos específicos para o aperfeiçoamento de seus sistemas de gerenciamento de situações de crise. Em contrapartida, 100% dos profissionais consultados declararam que o tema ‘comunicação para o gerenciamento de situações de crise’ ocupa o ‘topo’ da lista de suas prioridades e consideram como de extrema importância contar com processos profissionais para a gestão da comunicação em situações de crises. Desse percentual, 80% disseram que já contam com estes processos bem desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Contudo, somente 50% disseram que revisam e atualizam, ao menos uma vez por ano, seus planos de comunicação para situações de crises.

A área de Relações Públicas responde pela liderança do processo de comunicação para situações de crise em 60% das empresas consultadas; o tempo dedicado ao tema por seus profissionais não passa de 25% da jornada mensal de trabalho; e apenas 50% buscam apoio de consultorias externas especializadas para a realização conjunta do trabalho.

Os profissionais consultados pela Red Cila informaram que a maioria dos “issues” com potencial de gerar situações de crise está associada à questão corporativa: dificuldades financeiras, relacionamento com governos, grandes acidentes industriais, dentre outros.

Causou surpresa a baixa relevância para entrevistados das ferramentas e canais associados às redes sociais. Somente 5% dos consultados declararam que conferem importância às mídias sociais na elaboração de seus planos de comunicação para o gerenciamento de crises.

Para a realização da pesquisa Cila sobre “Comunicação no gerenciamento de situações de crise” foram ouvidos 200 executivos – diretores de comunicação de empresas latinoamericanas – dos setores econômicos mais representativos dos diferentes mercados.



Faculdade Cásper Líbero promove palestra sobre públicos, relacionamentos e RP 2.0

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Público

Na próxima sexta-feira, dia 26 de agosto, às 19h, o Centro Interdisciplinar de Pesquisa e a Coordenadoria de Relações Públicas da Faculdade Cásper Líbero promovem o evento Encontros RP 60 Minutos, com apresentação e debate sobre o tema “Públicos, relacionamentos e RP 2.0 – estudos e experiências”.

A palestra contará com as presenças da especialista em Gestão Integrada da Comunicação Digital em Empresas e integrante da equipe de comunicação digital e mídias sociais da agência CDN Digital, Patrícia Meneses, e com o diretor de Conteúdo e Mídias Digitais da In Press Porter Novelli, Rodrigo Padrón. Eles falam sobre o relacionamento de perfis dirigidos no Twitter, com uma análise de caso da marca Skol, e sobre o uso de aplicativos em telefones celulares como uma convergência de mídias para as aproximações com públicos.

O evento é aberto para alunos e ex-alunos de quaisquer cursos da Faculdade Cásper Líbero. Há ainda vagas para público externo, que devem enviar envie nome completo, RG, instituição que representa e telefone para o e-mail eventos@casperlibero.edu.br.

Mais informações podem ser obtidas no site da Faculdade: www.casperlibero.edu.br.



Curso de Storytelling

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Storytelling como narrativa da experiência: aplicações na comunicação organizacional


O conceito de comunicação está ligado a tornar comum, partilhar, comungar. Isso não significa que as percepções dos envolvidos tenham que ser as mesmas ou haver concordância com o que fora enunciado. Mais ainda não significa que as partes em contato de fato estejam intercambiando informação transformada em conhecimento, com qualquer nível de atenção ou retenção. É importante, para a comunicação nas e das organizações, encontrar uma sintonia com indivíduos e grupos de interação. A contação de histórias ou storytelling conforma-se num formato atrativo e de repercussão, dando visibilidade à mensagem oficial mesmo em tempos de diversidade de fontes emissoras e de sobrecarga informativa.

Emergem simultaneamente na sociedade atores diversificados e comunicantes, com alta potencialidade de criação, estimulados por plataformas conectadas facilitadoras de trocas e difusões de posicionamento. São pessoas que apresentam um nível superior de exigência em termos de conteúdo e atratividade contextual, bem distantes da postura passiva atestada até então – e supostamente adequada ao formato unidirecional broadcast. Hoje, com multiprotagonistas em interações mediadas ou incitadas pela tecnologia, a Comunicação Organizacional acaba reconfigurada para dar conta de expectativas mais elevadas em torno da transparência e da relevância das mensagens.

Um centramento estratégico da narrativa deve considerar a necessidade de recriação de formatos interativos como força atrativa diante da atenção pulverizada. Com o descentramento do sujeito, fica redobradamente difícil atingi-lo com mensagens, porque ele não é mais singular e estável, mas sim múltiplo e mutável de acordo com a situação que enfrenta. Conquistar sua atenção e sua palavra de recomendação se torna algo complexo.

Objetivos do curso

- Desenvolver a capacidade analítica do contexto de implantação de processos de storytelling;
- Aprender a despertar e a captar histórias circulantes no ambiente organizacional;
- Inserir o formato discursivo do storytelling nos processos usuais de comunicação organizacional;
- Aplicar o conceito de storytelling no planejamento de novos projetos de informação e relacionamento corporativos.

Programa

1. Contexto do storytelling
- sobrecarga informativa
- economia da atenção
- multiprotagonismo

2. Conceitos em storytelling
- ‘nova história’
- História versus Memória
- História oral
- Retórica e ética
- Storytelling: narrativa de experiência versus ficção
- breve histórico do storytelling
- Transmídia storytelling
- Tópicos de roteirização

3. Aplicações em storytelling
- Cinema
- Publicidade
- Comunicação Interna
- Memória
- Promoção
- Marketing de Incentivo
- Comunicação oral da liderança
Os benefícios para os participantes

A intenção é promover, junto aos participantes, uma alteração na lógica criativa convencional em comunicação organizacional para estabelecer interfaces com públicos estratégicos, com uso adequado e crescente da contação de histórias. A turma deverá despertar para uma construção de narrativa mais enriquecedora, com pluralidade de vozes e num tom inclusivo que facilita o repasse e a retenção de mensagens-chaves. Através do exemplo e da experiência evocada, os profissionais de comunicação e de outras áreas interessados poderão incentivar um trabalho mais colaborativo nos seus ambientes de trabalho, numa renovação saudável de processos concatenada com as novas exigências de uma sociedade conectada, e melhorar a performance de seus projetos.

A metodologia aplicada

Aula expositiva conceitual, mostra de cases aplicados em diversas modalidades da comunicação, intercâmbio de práticas do próprio grupo e exercícios práticos de contação de histórias.



Como cheguei aqui!! Por Muriel de Paula

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A paixão e o amor são sentimentos complementares. Isso vale para relacionamentos e até mesmo para a escolha da profissão. Para mim, a profissão de Relações Públicas teve exatamente esse poder: formada há 5 anos, mas relações públicas atuante desde o início da faculdade iniciada em 2003 na UERJ, sou aquela profissional que simplesmente AMA e é APAIXONADA pelo o que faz. Hoje, estou concursada na Petrobras e atuo na gerência de Relacionamento Externo do Abastecimento. Mas tenho experiência com Comunicação Institucional, Comunicação Interna, Gestão de Mídias Digitais, Pesquisa de Mercado e Opinião Públicas (essas duas últimas, áreas em que me especializei). Já passei por agências de comunicação e Marketing como a In Press Porter Novelli, Conceito Comunicação Integrada e Conquist, além de uma empresa na área de TI, InforMaker, e estágios na UERJ. E como cheguei até aqui? Bem, fui “contagiada” pela profissão em 1997, quando cursava a 7ª série do primeiro grau.
Parece cedo né!? Mas terminem de ler que vocês vão entender.

Um mundo novo se abria para mim naquele ano. Na época, morava em Angra dos Reis e a usina tinha iniciado um programa de visitas com alunos e logo chegou a vez da minha turma. Já na usina, um simpático rapaz nos recebeu, deu boas-vindas e explicou tudo o que a usina fazia, como o urânio chegava enriquecido, o papel de cada máquina e o processo de produção. Eu, caipira que era naquela época – se é que ainda não sou um pouco – fiquei encantada! E mais, o rapaz mostrou cada detalhe e tirou todas as dúvidas dos curiosos alunos. Eu só pensava em como alguém sabia tanto de algo. Tentava lembrar o nome do cargo dele e não conseguia. Ao fim da visita, na maior cara de pau, perguntei o nome do que ele fazia ali. Ele respondeu: Sou Relações Públicas da Usina. Em frações de segundo, minha cabeça fervilhou de perguntas e ideias sobre o que significava ser esse tal de Relações Públicas. Perguntei, claro! Ele explicou, exemplificou e respondeu cada pergunta, tudo isso com um sorriso no rosto e um incrível brilho nos olhos. Um encantamento e paixão por tudo que desenvolvia. Pronto: cismei que queria ser RP um dia.

Anos se passaram e o sonho da faculdade era algo ainda muito distante e longe da minha realidade social. No 1º ano do segundo-grau, fiz uma prova e ganhei uma bolsa no curso técnico em Administração de Empresas. Mas foi exatamente esse curso – feito em paralelo ao 2º grau geral -, na verdade a cadeira de Marketing que me ajudou a ter certeza da escolha feita na 7ª série. A professora ao apresentar as teorias do MKT e também as ferramentas utilizadas, entre elas, Relações Públicas, mostrou o quão especial era esse profissional. Conforme ela ia falando, eu só pensava: um dia vou ser Relações Públicas. (importante: hoje, não acredito que RP seja uma ferramenta do Mkt, mas isso é discussão para outro post rs).

O tempo passou, o curso acabou, voltei a morar em Resende (minha cidade Natal). Em 2001, cursando o terceiro ano, eu percebia que não ia começar a cursar a minha faculdade tão cedo. Eu estava trabalhando como vendedora, fazendo bombons e bijuterias nessa época. Já em 2002, consegui uma barraquinha de artesanato na cidade. Era um trabalho duro, mas que rendia uma boa grana. Mas eu sempre gostei de estudar e sabia que era algo temporário.

Em meados desse ano, vi uma faixa da UERJ dizendo que o vestibular estava aberto. Sem pensar, desci do ônibus e fui pegar uma ficha de inscrição. Pensava em fazer, ver como eu ia nas provas do vestibular e depois com a nota tentaria uma bolsa num cursinho. Nada disso foi necessário, pois passei de primeira para Relações Públicas na UERJ. Pirei! E pirei minha mãe também que não tinha ideia de como me ajudar com esse sonho. Ora, ela não poderia bancá-lo, muito menos conhecia alguém no Rio de Janeiro. Na minha cabeça, comecei a desenhar os planos: tranco minha matrícula e começo no segundo semestre. Assim, eu teria tempo para arrumar um emprego no Rio e poderia cursar a faculdade à noite. Na época, uma ex-professora da 7ª série, grande incentivadora dos meus estudos, e suas filhas, de quem eu sou amiga, estavam morando em Niterói. Ao dar a notícia que eu tinha passado no vestibular e a minha decisão de trancar, a professora Elisa disse que não era para eu fazer isso de jeito algum e me convidou para morar na casa dela. Não pensei duas vezes e aceitei a proposta. Eu também tinha duas amigas da época da escola – que iam fazer RP, mas que acabaram optando por Relações Internacionais - morando no Rio e elas me ajudaram com o processo de matrícula, dicas do Rio entre tantas outras coisas.

Comecei a faculdade e fiquei encantada com tudo: o campus, um prédio cinza enorme no meio da cidade e perto do Maracanã, os professores, as matérias. Tudo era novidade, afinal. Ainda no primeiro ano, comecei a estagiar na área de Eventos, depois com Pesquisa de Mercado e Opinião e com tudo mais que foi aparecendo na minha frente. A biblioteca e a Xerox eram meus melhores amigos, pois era impossível comprar todos os livros. Ainda assim, posso dizer que fui uma aluna aplicada, que me dediquei muito para realizar esse sonho. E para bancá-lo, além da ajuda da minha família, da prof. Elisa e das amigas, pude contar com os grandes amigos que fiz na faculdade. Eles me ajudavam nos momentos de desespero e compravam meus bombons e bijus. Uma amiga costumava dizer: “estamos sempre devendo a Muriel”.

Hoje, olho para trás e posso dizer que fazer a faculdade não foi algo fácil, na verdade, foi muito mais difícil do que eu estou escrevendo aqui. E o engraçado é que não encontrei dificuldade para entrar no mercado por ter escolhido Relações Públicas, ao contrário, isso já foi inclusive a chave da porta. Encontrei dificuldade por não ser uma pessoa que tem inglês fluente (eu não tinha nem o básico), por não ter uma bagagem cultural (antes de iniciar a faculdade eu conhecia apenas umas 5 cidades e tinha pouquíssimos livros) e por n outros motivos que nem valem ser citados. E apesar de tudo isso, tenho certeza que fiz a escolha certa. Fazer a faculdade foi algo incrivelmente prazeroso e foi assim que eu cheguei por aqui.

Muriel de Paula

Como cheguei aqui!! Por Alexandre Costa

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Ao ler os textos do Robson e do Ramon, comecei a pensar em minha história profissional e pessoal com as Relações Públicas. Comentando os posts no Facebook, o Ramon perguntou se eu não queria escrever sobre minha trajetória. Topei. Só pedi um tempo. E, agora, ao ler o texto do Aislan, percebi como Relações Públicas é um caso de amor.

Bem, vamos ao que interessa...

Eu sou um RP oriundo do século XX...
Lá pelos idos de 1987, tive que escolher que faculdade iria fazer... Morava em Aracaju (SE) e a única certeza que tinha era: vou fazer faculdade fora; escolhi o Rio de Janeiro (por razões familiares e econômicas), mesmo sem saber qual curso frequentar. Para a maioria dos colegas e professores do colégio (diga-se um colégio importante em Aracaju), a opção deveria recair entre Medicina, Direito, Engenharia ou outro curso dito tradicional, mas esses eu sabia que não iria fazer. Então, nas inscrições dos vestibulares (sim, no plural), decidi por fazer Comunicação Social.
Em 1988, após os vestibulares, optei por fazer duas faculdades: Turismo e Comunicação Social. E, decidi que Turismo seria minha primeira opção profissional e que Comunicação seria o complemento para um melhor desempenho profissional.

Naquela época, ao entrar na faculdade de Comunicação Social não se escolhia a habilitação (isso só seria feito depois de alguns semestres), ou seja, entrava todo mundo junto e misturado... E, tenho certeza, isso foi fundamental para minha formação acadêmica. Fui estudar Comunicação na FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso, uma histórica escola da área no Rio de Janeiro. Ao longo dos primeiros períodos do curso, percebi que o jornalismo não me agradava e que não era “criativo” suficiente para optar por publicidade. Então, no 5º semestre, ESCOLHI Relações Públicas. Era a minha cara: ali eu podia trabalhar com várias coisas que gostava e era o encaixe perfeito para minha 1ª opção profissional – a hotelaria.

Turismo foi encantamento à primeira vista. E, por hotelaria me apaixonei. Dessa forma, cursei as duas faculdades ao mesmo tempo. Sim, naqueles tempos eu podia me dar ao luxo de não trabalhar. Estudava de manhã, à tarde e à noite...
Depois de quatro anos, em 1991, me formei nas duas faculdades. Até hoje, me lembro as datas das colações... Depois de formado, comecei a procurar emprego e nada... Fui fazer alguns cursos na área de Hotelaria e, em um deles, surgiu uma oportunidade: prestar consultoria para um hotel de trânsito da Marinha em uma cidade do litoral fluminense. Foi uma experiência incrível; ali, vi e vivi muitas coisas diferentes de minha realidade e de que havia aprendido nos bancos da faculdade. Depois desse trabalho, mais nada.

Em 1993, fui fazer Pós-Graduação em Administração Hoteleira (lembram-se: minha 1ª opção). Peguei meus trapos e me mudei para Salvador (BA). Foram nove meses de curso intensivo. Encerrada a parte acadêmica do curso, voltei para o Rio a fim de fazer estágio. Local escolhido: Caesar Park Rio. Um dos melhores hotéis da época. Finalizado o estágio e entregue a monografia, eu era um Pós-Graduado.
Em 1995, depois de uma fase me sentindo um inútil por não conseguir emprego, voltei para Aracaju, pois havia uma chance para trabalhar em uma pousada. Nada feito. Ali aprendi uma nova desculpa: seu currículo é bom e não temos dinheiro para lhe pagar.

E, eu só queria trabalhar...

Certo dia (ainda em 1995), uma vizinha que fazia Jornalismo, me pediu um currículo para entregar na faculdade, pois precisavam de professor. Não me via professor. Mas, muito reticente, entreguei. Para resumir: em um mês, eu já estava contratado. Então, em agosto daquele ano, eu iniciava minha carreira acadêmica na Universidade Tiradentes – UNIT como professor no curso de RP. E, logo depois descobri que era minha vocação.

As Relações Públicas me tiraram do limbo...

Durante sete anos, fui professor dos cursos de Relações Públicas e Turismo da Unit. Em RP, dei aulas em várias disciplinas, do 3º ao 8º períodos, das diversas grades curriculares que participei. Em Turismo, sempre na disciplina de Hotelaria, Eventos e Estágio. Ainda na universidade, em 2000, recebi um convite para trabalhar na Pró-Reitoria de Extensão e implantar um programa de visitas às instalações da instituição. Durante dois anos, fui o elo entre a universidade e os colégios e cursinhos pré-vestibular. Era divertido e gratificante, mas exaustivo.

Em 2002, cansado da incerteza do semestre seguinte, resolvei fazer concurso público. Não sabia onde, mas uma definição eu tinha: só faria concurso em que fossem ofertadas vagas para Relações Públicas. Após alguns, fui aprovado para a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF. Maior empresa de geração e transmissão de energia elétrica do país, com abrangência da Bahia ao Piauí.

Mais uma vez, arrumei meus trapos e me mudei.

Desde então, moro no Recife (PE) e trabalho na área de Comunicação da CHESF, como Relações Públicas, desenvolvendo várias atividades. E, desde 2004, sou professor no curso de Turismo da Faculdade Frassinetti do Recife – Fafire. Hoje, além desses dois lugares, também sou professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Relações Públicas da Escola Superior de Relações Públicas – Esurp e sou mestrando em Gestão Empresarial na Faculdade Boa Viagem – FBV.

Como vocês podem perceber, sou um quase dinossauro... Em 2011, completo 20 anos de formado.
Posso dizer que tenho prazer, satisfação, etc. em fazer o que faço e que sou um entusiasta das Relações Públicas.

Alexandre Azevedo M. Costa
Relações Públicas

Como cheguei até aqui, por Marcielly Moresco

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Relações Públicas Marcielly Moresco

Confesso que quando li as questões que o Robson colocou no post sobre “por que escolhemos essa área e/ou profissão? Por que Relações Públicas?” eu pensei: como essas questões são complexas... Mas, quando comecei a refletir sobre a minha trajetória, fiquei entusiasmada.

No início da vida acadêmica eu realmente achava que havia nascido para as ciências exatas. Criei até um grupo amador de astronomia. Arrisquei e sobrevivi quase dois anos fazendo um curso de química... Mas, naquele tempo eu trabalhava com públicos, eventos, reuniões, clipping, contatos com imprensa... e, em algum momento de reflexão sobre a vida, achei que eu combinava mais com essas características e não com laboratórios cheirando a enxofre e cálculos matemáticos que me tiravam o sono. Foi aí que surgiu a vontade de entrar para a Comunicação. “Jornalismo? Não. Publicidade e Propaganda? Talvez. Relações Públicas? Humm, legal. E o que é isso?”, pensava.

Bom, na minha pequena cidade natal existem diversas universidades e faculdades, mas apenas uma oferecia esses cursos. Liguei lá e quis saber mais sobre RP e a coordenadora do departamento me informou que o curso não era ofertado em vestibulares por falta de interessados! Na hora imaginei dois motivos: ou essa profissão é “furada” ou as pessoas da minha cidade não a conhecem... Preferi pensar na última opção e segui em frente na minha escolha. O lugar mais próximo que oferecia o curso em universidade pública era Londrina, então voltei aos cadernos e apostilas para vestibulares e larguei as exatas (embora a paixão pela astronomia ainda exista).

Hoje, no 6º período de RP na Universidade Estadual de Londrina, sinto que estou realizada com a escolha. Sou apaixonada pela profissão e, como a maioria, só agora estou entendo o que é (risos). As dificuldades e dúvidas encaradas nos primeiros meses de curso vão ficando para trás. Acho que é nesse momento que os futuros RPs estão se identificando com disciplinas e áreas que querem seguir. Desde o primeiro ano, estive engajada em projetos de extensão, de pesquisa, monitorias e eventos. Essa é uma dica importante para outros estudantes, não só de RP: procurem essas atividades acadêmicas e extracurriculares. São maneiras de compreender a profissão e experimentar áreas para desenvolver afinidades. A graduação é a oportunidade que temos de aprender, conhecer e amadurecer. Creio que depois disso a cobrança, a responsabilidade e os desafios são muito maiores.

Ainda tenho alguns meses até me formar, mas pretendo seguir carreira acadêmica. Um mestrado, um doutorado e o que mais for possível... Mas, claro, atuar como RP é essencial. Acho muito necessário entrar em sala de aula com experiência no mercado. As aulas são bem diferentes quando o docente nos passa a realidade fora da universidade. Meus interesses atualmente são na área de tecnologias, mídias, relacionamentos com os públicos e toda a parte de administração e assessoria de RP e Comunicação Organizacional. Sou iniciação científica com bolsa e meu foco de estudo é voltado para a atuação estratégica de Comunicação e Relações Públicas, mensuração e avaliação. Mas, gosto de sempre me informar e conhecer outras áreas.

Enfim, acho que quem ama essa profissão e se identifica quer fazer de tudo para valorizá-la e crescer cada vez mais nessa área tão ampla e apaixonante. Foi nesse espírito que acabei indo para a final da 6ª edição do Prêmio Relações Públicas do Brasil, na categoria estudantil. E é sempre bom contar com as mais diversas iniciativas que nossa profissão tem no país todo. Eu pensava que RP não tinha muito campo de atuação, mas estava errada. As Relações Públicas oferece um mundo de oportunidades para todos e conhecer como cada profissional chegou nessa escolha é motivador.

Marcielly C. Moresco

Graduanda em Relações Públicas/UEL


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Como cheguei aqui! Por Aislan Greca.

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A minha trajetória foi um pouco diferente, pois na época de estudante eu decidi ser RP.

Minha decisão por ser RP veio da constatação de que quando me formei em técnico eletrônico (sou técnico, pois meu pai falou que era importante ter uma profissão o quanto antes) descobri que era um profissional medíocre. Constatação dura mais necessária.

Ao comunicar a minha família minha decisão isto foi um choque. O que você quer da vida menino ? Ser porteiro de boate ? Promoter de festa? Que o futuro te reserva menino ?

Confesso que foi muito difícil convencer uma família crescida e criada em uma pequena cidade do interior de SP que uma pessoa que ia se formar numa profissão desconhecida serviria para alguma coisa, mas mesmo assim agradeço aos meus pais pelo respeito que deram a minha escolha.

Dentre todas as universidades eu escolhi a UEL, não pelo status da universidade, professores ou qualquer outra coisa, mas pelo gramado. Adoro aquele campus enorme.

Pois bem, depois de três tentativas eu entrei na universidade que sempre sonhei.

Foram anos maravilhosos, fiz grandes amigos nos quais me relaciono até hoje e desenvolvi tudo o que um estudante deve fazer numa universidade pública: Ensino, pesquisa e extensão.

No terceiro ano resolvi fazer estágio e no mural do CECA achei um chamado de estagiário para uma rede de supermercados, fiz o processo seletivo e passei.

Ao chegar no mercado de trabalho me deparei com dois dilemas:

1- Sua profissão só impõe respeito se você pode matar alguém (médico), prender alguém (advogado) ou explodir alguém (engenheiro). Caso contrário você é somente perfumaria e sua capacidade tem que ser provada todo dia.

2- Ninguém conhece a sua profissão e você tem que se denominar profissional de Marketing para trabalhar como RP. Ai fica mais fácil.

Pois bem, fiquei quase dois anos neste supermercado e agradeço muito a todos de lá que me deram grandes oportunidade, aprendi muito com aquelas pessoas.

Trabalhando no supermercado (como vocês sabem RP ganha pouco e é mais um sacerdócio que uma profissão) resolvi abrir uma empresa com alguns amigos para complementar a renda, pois tentei o bolsa família mais não consegui.

Abrir empresa não é fácil, tem que ter cara de pau e coragem. Tenho orgulho desta fase da minha vida, pois hoje acho que não teria a mesma coragem.

Mesmo com a empresa e o supermercado a renda ainda era baixa. Desiludido com o Brasil solicitei asilo político para a embaixada da Finlândia na esperança de mudar de país e começar uma nova vida.

Como não obtive resposta e havia terminado uma pós graduação em Marketing (para continuar trabalhando como RP) comecei a trabalhar no sistema de tutoria virtual para um faculdade com um sistema de Ensino a Distância.

Conclusão..... Minha vida era o supermercado de manhã, a empresa a tarde a faculdade a noite.

Trabalhava muito, mas fazia tudo com muito amor e perseverança.

Neste meio tempo busquei oportunidades em outras empresas em outras cidades, principalmente SP.

Mas quem conhece SP sabe o que estou falando... se você fala porrrrta e porrrrque com o sotaque caipira, você sofre preconceito. Sofri um pouco, por isto defendo um sistema de cota para caipiras em SP, pois não consegui emprego. Ainda bem.

Nesta vida louca resolvi prestar o concurso para ser RP na Petrobras.

Fiz para aproveitar a oportunidade e para minha surpresa passei (chamaram muita gente daquela vez).

Hoje trabalho como RP na Petrobras em uma refinaria e sou muito feliz.

Também tive a oportunidade de fazer um mestrado e hoje dou aulas em uma faculdade na cidade onde moro e uma vez por ano dou aula de pós graduação na UEL e isto me deixa realizado.

Sou feliz com o que faço, mas a vida ainda não é fácil, pois por mais que eu tenha estudado, eu ainda não posso matar, prender ou explodir alguém, assim, minha competência profissional é testada todo santo dia.

E foi assim que cheguei até aqui.

Aislan Greca.

E você, conte-nos um pouco de sua história. Venha participar desta troca de depoimentos que ressaltam nossas dúvidas, conquistas e derrotas de nossas carreiras, mas que são tão importantes na em nossa construção como profissionais. Como chegou aqui?




Veja outros textos do Aislan Greca publicados no BlogSerRP:
RP tem que amassar barro

Ser RP... por Aislan Greca