Rede social: a bola da vez


Recentemente participei de uma discussão sobre quais são as possibilidades de uso das novas tecnologias de comunicação digital para as empresas e como as organizações poderiam aproveitar essa nova onda para trabalhar institucionalmente e comercialmente com os usuários da rede. Os questionamentos iam de quando, por que e de que forma entrar e participar ativamente nas novas mídias. Como atingir de forma correta os públicos alvos? Quais são as oportunidades e os riscos?

Para alguns, a hora de entrar no mundo das redes sociais digitais é agora e acreditam que a oportunidade é como um bonde que já está passando. Já para outros, está passando como um trem bala e criando murmúrios por todos os lados. Outros pensam que ainda há muito o que aprender antes de mergulhar de cabeça em um rio desconhecido. Não há a necessidade de correr riscos sem antes calcular os impactos das ações.

Esta última argumentação é muito válida na medida em que prever o comportamento de uma pessoa na internet é praticamente impossível. Uma mensagem mal colocada ou interpretada pode reverberar de forma consistente na rede mundial de computadores com danos profundos na imagem de uma empresa.

Mas o fato é: todos já estão, de alguma forma ou de outra, na Internet. Possivelmente o nome de sua organização já foi citado em um fórum, rede social, grupos de discussão, sites de reclamação, blogs, entre outros. É interessante lembrar que, até pouco tempo atrás, existiam poucas (ou quase nenhuma) ferramentas ao alcance dos públicos que davam o poder, ou pelo menos a sensação, de que as reclamações, os pedidos estavam sendo efetivos e que seriam correspondidos ou, no caso, respondidos. Além disso, estas solicitações passavam e ainda passam por uma moderação. Até mesmo as cartas de reclamações enviadas aos veículos jornalísticos, o terror dos assessores de imprensa por muito tempo, passam pelo crivo do editor.

E então fica a pergunta: quais são todas as possibilidades de uso das novas tecnologias?

No mundo virtual as possibilidades se tornaram infinitas. A primeira onda, que já passou, buscou explorar as nuances do institucional, estar presente na rede como forma de mostrar a marca, trazer para o virtual aquilo que pregavam na vida real. Foi o ‘boom’ dos sites que buscavam destacar, por exemplo, o ‘A Companhia’, o ‘Quem somos’. Posteriormente, as empresas se atentaram para o potencial mercadológico da rede e investiram e continuam investindo no e-commerce. Verdadeiras lojas virtuais foram estabelecidas. É como se sua empresa ficasse aberta o tempo todo, pois a qualquer hora o seu site pode ser visitado e uma compra efetivada.

Agora, as redes sociais são a bola da vez. Orkut, Facebook, Twitter, LinkedIn, Foursquare, entre outras, estão na mira das empresas. Para se criar um perfil o custo é zero, o que tem atraído as pequenas empresas que possuem orçamento reduzido. Com o uso de ferramentas de compartilhamento, fica fácil manter o perfil atualizado com notícias referentes ao negócio e de interesse do público alvo, que muitas vezes, destacam no perfil tudo aquilo que gostam, querem e esperam.

Já para as ações de relações públicas, as redes sociais representam um prato cheio, pois as redes sociais permitem uma intensa troca de informações com os usuários. Com o monitoramente constante do que acontece nesses locais virtuais é possível antever e evitar possíveis crises, que pode ser iniciada por uma reclamação no Twitter, por exemplo, de um serviço não realizado por determinada empresa. O contato direto com o usuário já com a solução do problema pode ser crucial para a imagem da empresa. Satisfeito, o cliente provavelmente manifestará de maneira positiva, importante passo para a consolidação da reputação da empresa.

E reputação vende.

Juliano Melo
Relações Públicas
@julianoamelo
@blogserrp

This entry was posted on sábado, 4 de setembro de 2010 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.