Relações Públicas e Design Instrucional, uhn?? Saiba o que RP e DI tem em comum.



Olá pessoal,

Estou aqui hoje finalizando uma atividade do meu curso de especialização em Design Instrucional, uma redação ressaltando a importância pedagógica do DI na formação de cursos. À primeira vista ao ler o nome do curso parece que mudei totalmente de área, porém ao conhecer melhor sobre a profissão de Designer Instrucional é fácil encontrar muitos pontos em comum com a atividade de RP e também de outras vertentes de Comunicação.

Esta é uma profissão nova mas que retoma conceitos de diferentes áreas, porém sempre direcionadas à educação. Particularmente gostei da proposta da função do Design Instrucional por gerenciar e desenvolver cursos com foco no aluno, prestando atenção em suas características. Além disso, o DI utiliza habilidades de gestão de projetos, realiza cuidadoso estudo sobre as características do público-alvo; tem cuidado especial para adequar a mensagem ao público, respondendo a uma série de necessidades que faltam no processo de educação com o qual estamos acostumados.

Acredito que a semelhança com preceitos de RP já está ficando clara não? Indico a leitura do meu texto, o mesmo do trabalho da pós, para ter um contato inicial com o Design Instrucional.

Ao longo desta caminhada inicial o curso apresentou conceitos básicos sobre o papel do Designer Instrucional, suas ferramentas, habilidades e sua importância para a formação de cursos cada vez mais adequados à realidade do aluno. Quanto mais se caminha mais se percebe que este profissional não é só importante para a elaboração de cursos virtuais, mas para qualquer outro tipo de curso. Esta opinião embasa-se na defesa de que esta é a profissão que vem valorizar algo que já existia, mas que estava um tanto esquecido, o fazer do ensino focado no aluno.

Porque isto é tão importante hoje? Diariamente são apresentadas inúmeras críticas quanto aos sistemas de ensino, dizendo que estes não dão conta de seu principal resultado, ensinar verdadeiramente o aluno a aprender. Foram poucos que tiveram a oportunidade de encontrar em seu caminho mestres que tinham esta sensibilidade, de conseguir enxergar o aluno como um universo, e que este aluno deve aprender a aprender, pois a informação está aí para ser buscada. Esta mudança no paradigma do ensino é algo tão profundo que ainda deverá perdurar mais alguns anos, e neste desafio, o Design Instrucional tem papel fundamental, pois é por meio dele que o aluno será o foco do curso.

O Designer Instrucional utilizará todos os meios disponíveis para chegar ao aluno, adequando a mensagem de forma coerente e direcionada aos objetivos de aprendizagem, e nesta função as novas tecnologias ganham destaque. Se para os mais “antigos” as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) já fazem parte do cotidiano, para os alunos atuais a relação com estas tecnologias são ainda mais naturais, tornando-as ferramentas indispensáveis quando o assunto é interação e compartilhamento de conhecimento. Sobre a utilização de das TIC’s no ensino Franco, Braga e Rodrigues (2010, p.13) afirmam que:

A aplicação de novas tecnologias na educação vem modificando o panorama do sistema educacional e, por isso, podemos falar de um tipo de aula antes e depois da difusão de cursos utilizando mídias integradas e tecnologias avançadas de comunicação digital.

Ao analisar o que foi dito acima, verifica-se que a mudança ocasionada pelas TIC’s é muito grande, e ainda está em andamento. É possível dizer ainda que “A utilização de tecnologias digitais possibilita a alteração dessas estruturas verticalizadas de ensino e também a flexibilização das formas lineares pelas quais se dá o processo de aprendizagem” (FRANCO, BRAGA e RODRIGUES, 2010, p.13).

Portanto, o desafio de conseguir uma real conexão com o aluno vem responder a crescente dificuldade da perda de interação entre professor e aluno, que acontece em qualquer ambiente, seja ele real ou virtual. Nesta questão o Designer Instrucional tem papel fundamental, pois embasa-se nas teorias pedagógicas, em especial na Sócio-construtivista, que defende que devem ser criados espaços que possibilitam a construção de grupamentos sociais. São nestes espaços que surgirão as trocas necessárias para a interação e interatividade, valorizando o embate de idéias e opiniões opostas para criação do conhecimento e o desenvolvimento do aluno (VYGOTSKY, 1987).


REFERÊNCIAS

FRANCO, Lucia Regina Horta Rodrigues; BRAGA, Dilma Bustamante; RODRIGUES, Alessandra. EaD Virtual: entre a teoria e a prática. UNIFEI: Premier, 2010.
VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

This entry was posted on quinta-feira, 20 de outubro de 2011 and is filed under ,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.