ABERJE e IABC divulgam pesquisa internacional sobre crise e comunicação



A ABERJE recebeu em sua sede a presidente da IABC - International Association of Business Communicators, Julie Freeman e a vice-presidente, Lee Anne Snedeker, em um encontro, que contou com representantes de diversos setores, como o farmacêutico, o automotivo, o comércio, o hoteleiro, cimento, papel e celulose, a petroquímica, a energia e a mineração.

O encontro faz parte da parceria firmada entre ABERJE e IABC, marcando o início de uma série de projetos comuns que vão desde a acreditação dos comunicadores brasileiros a pesquisas conjuntas e permissão de acesso a todo conteúdo do site da entidade internacional.


Freeman iniciou a reunião falando que a cooperação com a ABERJE visa dar oportunidade aos comunicadores de se reunirem com mais freqüência e trocarem experiências. Além disso, apresentou dados da pesquisa inédita sobre os efeitos da crise nas organizações: Communication and Communicators in the Financial Crisis, realizada pela IABC em parceria com a Mercer. A pesquisa foi aplicada com 1442 membros da IABC, sendo 59% dos EUA e 26% do Canadá, durante o período de 29 de outubro a 12 de novembro de 2008. O estudo teve como objetivo saber se os comunicadores estão envolvidos na crise e como isso afeta suas funções.
A maioria dos respondentes foram diretores ou gerentes de corporações. Questionados sobre o impacto da crise em suas organizações alguns disseram que não há crise, canadenses e australianos, que não tiveram muito impacto, mas 40% avaliam que é significantes, drástico ou considerável e 36% consideram moderado.


Em outro item, 8% têm muito medo de perder seus empregos devido à crise disse que têm muito medo, 34% um pouco e 51% não têm medo algum. Dentre os que responderam "drástico e considerável" estão aqueles que trabalham em áreas financeiras e os norte-americanos.


Sobre se a crise afeta a motivação e confiança dos funcionários, a resposta de 37% foi que não afeta de maneira nenhuma, enquanto 34% disse que afeta moderadamente. A percepção dos funcionários em relação aos gerentes é de 46% credibilidade e 33% de alguma confiança, sendo que os gerentes que não tinham a confiança de seu staff, já não eram considerados confiáveis antes da crise.


Por fim, questionados se suas organizações tinham pedido por um plano de comunicação devido à crise, a maioria respondeu que não (70%).


Durante a reunião, foram abordaram temas como os desafios da comunicação moderna, os efeitos gerados pela crise financeira, os blogs corporativos e como as pessoas não são motivadas a ler e escrever neles, pois não sabem como serem informais, além da liderança e como a figura do líder, em seus discursos e comportamentos, pode fazer toda a diferença na motivação dos funcionários e a percepção que eles têm do líder.


Dentre os comentários dos participantes do encontro ABERJE/IABC sobre a crise, percebemos que estamos enfrentando uma crise do medo, do pessimismo, da insegurança, pois muitas empresas possuem a verba necessária para continuar seus trabalhos, mas não podem mostrar que o tem. A crise está sendo usada como desculpa para demitir funcionários que não estão satisfazendo as necessidades de suas companhias e que agora é o momento oportuno para os comunicadores se reinventarem.


This entry was posted on sexta-feira, 5 de dezembro de 2008 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.