Confesso que quando li as questões que o Robson colocou no post sobre “por que escolhemos essa área e/ou profissão? Por que Relações Públicas?” eu pensei: como essas questões são complexas... Mas, quando comecei a refletir sobre a minha trajetória, fiquei entusiasmada.
No início da vida acadêmica eu realmente achava que havia nascido para as ciências exatas. Criei até um grupo amador de astronomia. Arrisquei e sobrevivi quase dois anos fazendo um curso de química... Mas, naquele tempo eu trabalhava com públicos, eventos, reuniões, clipping, contatos com imprensa... e, em algum momento de reflexão sobre a vida, achei que eu combinava mais com essas características e não com laboratórios cheirando a enxofre e cálculos matemáticos que me tiravam o sono. Foi aí que surgiu a vontade de entrar para a Comunicação. “Jornalismo? Não. Publicidade e Propaganda? Talvez. Relações Públicas? Humm, legal. E o que é isso?”, pensava.
Bom, na minha pequena cidade natal existem diversas universidades e faculdades, mas apenas uma oferecia esses cursos. Liguei lá e quis saber mais sobre RP e a coordenadora do departamento me informou que o curso não era ofertado em vestibulares por falta de interessados! Na hora imaginei dois motivos: ou essa profissão é “furada” ou as pessoas da minha cidade não a conhecem... Preferi pensar na última opção e segui em frente na minha escolha. O lugar mais próximo que oferecia o curso em universidade pública era Londrina, então voltei aos cadernos e apostilas para vestibulares e larguei as exatas (embora a paixão pela astronomia ainda exista).
Hoje, no 6º período de RP na Universidade Estadual de Londrina, sinto que estou realizada com a escolha. Sou apaixonada pela profissão e, como a maioria, só agora estou entendo o que é (risos). As dificuldades e dúvidas encaradas nos primeiros meses de curso vão ficando para trás. Acho que é nesse momento que os futuros RPs estão se identificando com disciplinas e áreas que querem seguir. Desde o primeiro ano, estive engajada em projetos de extensão, de pesquisa, monitorias e eventos. Essa é uma dica importante para outros estudantes, não só de RP: procurem essas atividades acadêmicas e extracurriculares. São maneiras de compreender a profissão e experimentar áreas para desenvolver afinidades. A graduação é a oportunidade que temos de aprender, conhecer e amadurecer. Creio que depois disso a cobrança, a responsabilidade e os desafios são muito maiores.
Ainda tenho alguns meses até me formar, mas pretendo seguir carreira acadêmica. Um mestrado, um doutorado e o que mais for possível... Mas, claro, atuar como RP é essencial. Acho muito necessário entrar em sala de aula com experiência no mercado. As aulas são bem diferentes quando o docente nos passa a realidade fora da universidade. Meus interesses atualmente são na área de tecnologias, mídias, relacionamentos com os públicos e toda a parte de administração e assessoria de RP e Comunicação Organizacional. Sou iniciação científica com bolsa e meu foco de estudo é voltado para a atuação estratégica de Comunicação e Relações Públicas, mensuração e avaliação. Mas, gosto de sempre me informar e conhecer outras áreas.
Enfim, acho que quem ama essa profissão e se identifica quer fazer de tudo para valorizá-la e crescer cada vez mais nessa área tão ampla e apaixonante. Foi nesse espírito que acabei indo para a final da 6ª edição do Prêmio Relações Públicas do Brasil, na categoria estudantil. E é sempre bom contar com as mais diversas iniciativas que nossa profissão tem no país todo. Eu pensava que RP não tinha muito campo de atuação, mas estava errada. As Relações Públicas oferece um mundo de oportunidades para todos e conhecer como cada profissional chegou nessa escolha é motivador.
Marcielly C. Moresco
Graduanda em Relações Públicas/UEL
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