Comunicação Organizacional

Recebi no meu e-mail (julianoamelo@hotmail.com) a newsletter do site meio&mensagem, veiculada no dia 29/09/07, e uma matéria chamou a atenção. Em destaque estava a mudança de posicionamento instittucional do Omo (sabão em pó). Já faz algum tempo que a marca vem investindo no mote que a criança para se desenvolver deve brincar sem se importar em se sujar, “Porque se sujar faz bem”. Abaixo um trecho da matéria:


“A marca Omo de sabão em pó vem investindo pesado em uma comunicação institucional que prima pelo emocional. A roupa passou a ser coadjuvante, enquanto a criança e 'a sujeira do bem', aquela que ajuda no aprendizado e no desenvolvimento infantil, foram alçadas à posição de protagonistas. A campanha publicitária que Omo inicia semana que vem procura ir um passo além dos conceitos 'Não existe mancha sem aprendizado', desenvolvido globalmente em 2001, e 'Porque se sujar faz bem', de 2003, ambos criados pela Lowe (BorghiErh/Lowe no Brasil). O mote agora é 'Toda criança tem direito de ser criança'. A causa mundial defendida pela marca é que toda criança deve brincar, participar do mundo que a cerca e explorá-lo. "Não é uma campanha de produto, e sim de conceito", diz Adriana Yamamoto, gerente de marketing de Omo”.

A intenção aqui não é discutir a campanha da marca Omo. Mas trazer um tema de extrema importância que deve ser trabalhado pelos Relações Públicas: a comunicação institucional. Conforme Kunsch (p. 111),

"A comunicação institucional objetiva conquistar simpatia, credibilidade e confiança, realizando, como meta finalista, a influência político-social; utiliza, para tanto, estratégias de Relações Públicas, tanto no campo empresarial como no governamental, de imprensa, publicidade, até as técnicas e práticas do lobby".

Com essa campanha, a Unilever foca-se na marca e não diretamente no produto. Com os produtos cada vez mais iguais, em consequência das formas de produção serem praticamente as mesmas, o fator de competitividade passou a ser a imagem da empresa. A marca é um nome, um símbolo, um desenho, ou a combinação de todos que identifica o produto, o serviço ou a empresa no mercado (Neves, p. 41). Traz a mente do cliente uma grande quantidade de significados como tradição, experiência, qualidade, seriedade, ética, e se mal cuidada, pode trazer qualidades negativas que podem implicar em uma má imagem empresarial. Para se ter uma imagem forte é necessário investimentos na comunicação, assim como a Unilever faz:

“Segundo Adriana, a Unilever investiu R$ 9 milhões para o lançamento no País, valor que já está contabilizado no orçamento de marketing de R$ 40 milhões para o produto em 2007. Desse total, R$ 25 milhões foram aplicados em ações para comemorar os 50 anos de Omo no Brasil”.

E aí, o que sua empresa está fazendo para cuidar da imagem institucional...? Quer saber mais sobre este assunto, leia os livros:


KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.

NEVES, Roberto de Castro. Imagem Empresarial: como as organizações (e as pessoas) podem proteger e tirar partido do seu maior patrimônio – 3° ed., Rio de Janeiro: Mauad, 2003.
Postado por Juliano Melo.

This entry was posted on sábado, 29 de setembro de 2007 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

One Response to “Comunicação Organizacional”

Anônimo disse...

Por que nao:)