Web 2.0

Achei um vídeo sobre Web 2.0 no Youtube e fui procurar um pouco mais sobre esse assunto. Não há lugar mais apropriado para se procurar sobre esse tema do que no Wikipedia, ao ler o texo vocês entenderam o porquê. Abaixo a definição que encontrei no site:

"Web 2.0 é um termo cunhado em 2003 pela empresa estadunidense O`Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web como wikis, aplicações baseadas em folksonomia e redes sociais. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores.
Alguns especialistas em tecnologia, como Tim Berners-Lee, o inventor da World Wide Web , alegam que o termo carece de sentido pois a Web 2.0 utiliza muitos componentes tecnológicos criados antes mesmo do surgimento da Web. Alguns críticos do termo afirmam também que este é apenas uma jogada de marketing".

Tim O`Reilly definiu da seguinte forma a Web 2.0:

"Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva"

Ele sugere e define algumas regras para esse novo conceito de web:

O beta perpétuo - não trate o software como um artefato, mas como um processo de comprometimento com seus usuários.

Pequenas peças frouxamente unidas - abra seus dados e serviços para que sejam reutilizados por outros. Reutilize dados e serviços de outros sempre que possível.
Software acima do nível de um único dispositivo - não pense em aplicativos que estão no cliente ou servidor, mas desenvolva aplicativos que estão no espaço entre eles.

Lei da Conservação de Lucros, de Clayton Christensen - lembre-se de que em um ambiente de rede, APIs abertas e protocolos padrões vencem, mas isso não significa que a idéia de vantagem competitiva vá embora.

Dados são o novo “Intel inside” - a mais importante entre as futuras fontes de fechamento e vantagem competitiva serão os dados, seja através do aumento do retorno sobre dados gerados pelo usuário, sendo dono de um nome ou através de formatos de arquivo proprietários.

Ao fazer uma rápida pesquisa pelo Google, rápida devido a quantidade de links apontados pelo buscador a respeito da chamada Web 2.0, a conclusão é que o conceito mais importante é a participação colaborativa dos internautas. Programas podem ser desenvolvidos em coletividade, juntando conhecimentos de várias pessoas de várias partes do mundo. A opinião de quem navega passa a ser exigida e, melhor, passa a ser interpretada e analisada. A web se transforma e se molda ao gosto dos participantes.
Uma grande diferença da antiga Web é que passa-se a cobrar pelos serviços que ficam disponibilizados na rede, e não mais pelos produtos, principalmente no caso de softwares. Pode-se pagar pelo uso sem a necessidade de comprá-los. A web passa a ser a plataforma, pois os programas rodam na internet. E estes softwares sofrem atualizações e modificações de acordo com o uso do cliente.
A Web 2.0 depende da interatividade, da comunicação entre as partes. Na verdade esse termo é um conceito para definir essas novas trocas de informações, as novas formas de interatividade online.

No site Wnews, retirei esse fragmento de uma notícia:

“A possibilidade dos usuários adicionarem valor é apenas um dos oito padrões de desenvolvimento Web 2.0 que Tim listou. O fato do valor da participação do usuário e dos “efeitos de rede” serem acumulado “por default”, sem que necessariamente nos demos conta, é um segundo ponto. A cooperação entre os próprios serviços, permitindo a criação dos chamados “mashups”, é um terceiro, e a geração de grandes bancos de dados que podem alimentar tanto os seus serviços, quanto os dos outros, é o quarto.

Os serviços da nova Web devem também contemplar a “Cauda Longa” (pequenos nichos de mercado que, juntos, representam um enorme volume), ser pouco restritivos nas licenças aplicadas ao seu conteúdo, oferecer software que rode em mais de uma plataforma e atualizar constantemente os programas, que jamais deixariam a “versão beta”. É só analisar os exemplos que listamos no primeiro parágrafo para concluir que quase tudo isso está presente em cada um deles.

Se a definição original da Web 2.0 lhe parecer muito simplista e a lista de princípios de Tim O'Reilly, muito complicada, talvez dê para resumir o conceito pelas palavras do programador Paul Graham. Num artigo publicado no fim de 2005, Graham enumerou três pontos que, em sua opinião, definiam a Web 2.0: Ajax (Asynchronous Javascript and XML, sobre a qual já falamos aqui), democracia e “não maltrate os usuários”. Nós, usuários, agradecemos!”

Com esse novo conceito, novas palavras e novos termos surgem. A Folha publicou um glossário com os principais termos, que publico abaixo:

AdSense: Um plano de publicidade do Google que ajuda criadores de sites, entre os quais blogs, a ganhar dinheiro com seu trabalho. Tornou-se a mais importante fonte de receita para as empresas Web 2.0. Ao lado dos resultados de busca, o Google oferece anúncios relevantes para o conteúdo de um site, gerando receita para o site a cada vez que o anúncio for clicado

Ajax: Um pacote amplo de tecnologias usado a fim de criar aplicativos interativos para a web. A Microsoft foi uma das primeiras empresas a explorar a tecnologia, mas a adoção da técnica pelo Google, para serviços como mapas on-line, mais recente e entusiástica, é que fez do Ajax (abreviação de "JavaScript e XML assíncrono") uma das ferramentas mais quentes entre os criadores de sites e serviços na web

Blogs: De baixo custo para publicação na web disponível para milhões de usuários, os blogs estão entre as primeiras ferramentas de Web 2.0 a serem usadas amplamente

Mash-ups: Serviços criados pela combinação de dois diferentes aplicativos para a internet. Por exemplo, misturar um site de mapas on-line com um serviço de anúncios de imóveis para apresentar um recurso unificado de localização de casas que estão à venda

RSS: Abreviação de "really simple syndication" [distribuição realmente simples], é uma maneira de distribuir informação por meio da internet que se tornou uma poderosa combinação de tecnologias "pull" --com as quais o usuário da web solicita as informações que deseja-- e tecnologias "push" --com as quais informações são enviadas a um usuário automaticamente. O visitante de um site que funcione com RSS pode solicitar que as atualizações lhe sejam enviadas (processo conhecido como "assinando um feed"). O presidente do conselho da Microsoft, Bill Gates, classificou o sistema RSS como uma tecnologia essencial 18 meses atrás, e determinou que fosse incluída no software produzido por seu grupo

Tagging [rotulação]: Uma versão Web 2.0 das listas de sites preferidos, oferecendo aos usuários uma maneira de vincular palavras-chaves a palavras ou imagens que consideram interessantes na internet, ajudando a categorizá-las e a facilitar sua obtenção por outros usuários. O efeito colaborativo de muitos milhares de usuários é um dos pontos centrais de sites como o del.icio.us e o flickr.com. O uso on-line de tagging é classificado também como "folksonomy", já que cria uma distribuição classificada, ou taxonomia, de conteúdo na web, reforçando sua utilidade

Wikis: Páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por todos os usuários que têm direitos de acesso. Usadas na internet pública, essas páginas comunitárias geraram fenômenos como a Wikipedia, que é uma enciclopédia on-line escrita por leitores. Usadas em empresas, as wikis estão se tornando uma maneira fácil de trocar idéias para um grupo de trabalhadores envolvido em um projeto.

As formas de relacionamento com os clientes estão se alterando e muito rapidamente em decorrência dessa interatividade e facilidade de obtenção de informação pelos públicos estratégicos. Complementando, ainda há a possibilidade de se manifestarem contra ou a favor, e até de se organizarem contra determinada empresa ou produto.

No site web2.0br pediram para algumas que entendem de web no Brasil para definirem o termo:

“Melhor aproveitamento da inteligência coletiva e do poder de processamento da máquina cliente. Poder às pessoas.”
Marco Gomes - co-criador do boo-box

“A Web 2.0 representa a transição para um novo paradigma onde a colaboração ganha força suficiente para concorrer com os meios tradicionais de geração de conteúdo.”
Renato Shirakashi - criador do Rec6

“Mudança ocorrida na vida dos usuários que com a banda larga passam mais tempo on-line e exercem massivamente o potencial interativo da Internet.”
Carlos Nepomuceno - autor do livro Conhecimento em Rede

“Web 2.0 é um buzz word que define conteúdo gerado pelo usuário e com foco no compartilhamento de informações. Tudo regado a AJAX.”
Nando Vieira - criador do spesa

“Web 2.0 é um novo paradigma na utilização e criação de web sites mais participativos e colaborativos.”
Fabio Seixas - criador do Camiseteria

“Web 2.0 é o momento em que o mercado, por força dos usuários, voltou a dar importância para web depois do estouro da bolha.”
Paulo Rodrigo Teixeira - criador do 0BR

“Web 2.0 é o termo usado para identificar uma nova forma de navegar pela internet e, conseqüentemente, de desenvolver aplicações orientadas à esta nova geração de internautas.”
Diego Polo - criador do linkk

“Web 2.0 é como chamamos, depois de uma profunda análise histórica da web, um conjunto de práticas que ao longo dos anos provaram dar resultado.”
Gilberto Jr - criador do Outrolado

“A Web 2.0 aponta para uma mídia popular, independente de grandes corporações, recriada pelos seus próprios usuários.”
Frederick van Amstel - é mestrando em Tecnologia pela UTFPR e edita o blog Usabilidoido

“O registro dos fluxos de conversação entre usuários e o registro destes fluxos ao redor de aplicações.”
Mauro Amaral - editor do CarreiraSolo.org

“Ajax, redes sociais, CGM: as definições mais comuns pra Web 2.0, ou um jeito para se voltar a falar de internet? Para mim nada mudou, tudo evoluiu.”
Michel Lent - sócio-diretor da 10 Minutos

“Web 2.0 é buzzword, é fato que a internet está sofrendo transformações, mas precisamos rotulá-la para que essas mudanças tenham validade? Pra maioria da população mundial, que ainda está offline, essa é a Web 1.0.”
Edney Souza - editor do blog Interney

“Sinaliza uma fase na web onde se pratica a liberdade de falar e ser
ouvido. É uma consequência natural do desenvolvimento da internet.”
Vicente Tardin - editor do Webinsider

“Web 2.0 usa a web como plataforma de socialização e interação entre usuários graças ao compartilhamento e criação conjunta de conteúdo.”
Guilherme Felitti - repórter do IDG Now! e mestrando em Web 2.0

“Na web 2.0 não somos mais nômades caçadores-coletores: temos nome, plantamos conteúdo, colhemos conhecimento e criamos novos mundos.”
Rene de Paula Jr - projetos especiais, Yahoo! Brasil e editor do blog Roda e Avisa

“Alguém ouviu falar em TV 2.0 quando as transmissões passaram a ser coloridas ou via satélite?”
Marcelo Sant’Iago - presidente do Conselho Consultivo do IAB Brasil e mantém o blog Poucas e Boas.

O termo ainda traz muitas dúvidas sobre se é ou não uma jogada de marketing. Muitos afirmam que nada mais é do que a conceituação de uma tendência que já estava caminhando naturalmente. O importante, é que, principalmente, nós, Relações Públicas, responsáveis pela comunicação organizacional fiquemos atentos ao que acontece na rede, analisando os fatos e acontecimentos que possam trazer benefícios ou malefícios à empresa. Devemos aprender a utilizar as ferramentas disponíveis na internet como meios de manter os públicos estratégicos informados, deixar canais de comunicação que facilitem o contato desses grupos com a organização. E, claro, utilizar as informações para aliar os interesses da empresa com os dos públicos.
Finalizo esse post, da mesma forma que o pessoal do site Web 2.0 Br. Deixando uma pergunta para sua reflexão:

Qual a sua definição para a Web 2.0?





Aqui a versão original, em inglês:

Postado por Juliano Melo.

This entry was posted on domingo, 30 de setembro de 2007 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.