Demanda por celulares continuará forte apesar da crise, diz ONU



Relatório descreve portátil como 'necessidade básica'. Previsão foi anunciada no evento Mobile World Congress, em Barcelona



Os celulares são vistos como "necessidade básica" em todo o mundo e devem ter demanda forte e persistente apesar da desaceleração da economia, afirmou uma agência das Nações Unidas em relatório publicado nesta segunda-feira (16).

“Com ou sem uma recessão, milhões de pessoas na Índia, China, Nigéria e outros mercados emergentes devem adquirir celulares”, afirmou a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Os domicílios europeus e norte-americanos, cada vez mais preocupados com custos, também devem manter elevado seu número de celulares, e muitos deixarão de lado suas linhas fixas de telefonia, em um esforço por economizar dinheiro, afirmou a UIT em relatório divulgado durante o Mobile World Congress, em Barcelona.

"Assim que um usuário compra um celular, fica difícil abrir mão dele e, em muitos países, os celulares se tornaram necessidade", continuou a organização no relatório, intitulado Confrontando a Crise. “Muitas tecnologias de comunicação, entre as quais a telefonia móvel e a banda larga, continuam a oferecer imenso potencial de crescimento, com ou sem recessão. Com seu forte potencial de crescimento, a telefonia móvel pode ajudar a facilitar a recuperação econômica."

No final de 2008 eram 4 bilhões de assinantes anuais de telefonia móvel, o que representa taxa anual de avanço de 24% desde 2000. Em mercados como Cingapura e Hong Kong, as taxas de saturação superam os 100%, comparadas a 30% na Nigéria e pouco mais de 25% na Índia, dois dos mercados de telefonia móvel de mais rápida expansão.
A UIT afirmou que as pessoas nos países desenvolvidos dependem cada vez mais dos celulares para comunicação de voz e serviços de informação, a exemplo de agricultores e pescadores que recebem informações em forma de mensagens de texto sobre os mercados de commodities e o clima.

A popularidade dos celulares em mercados em desenvolvimento como a China, Paquistão, Malásia, Tailândia e Bangladesh criaria uma oportunidade de queimar uma etapa tecnológica, com serviços de Internet fornecidos aos consumidores sem que estes precisem de computadores.

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