Revista Organicom n.8 analisa ética e comunicação nas organizações



O oitavo número da Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas/Organicom já está em circulação, com o tema “Ética e Comunicação nas Organizações”. A publicação tem periodicidade semestral e é lançada numa parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Ciências da comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP (www.eca.usp.br/posgradu/infogera), o curso de Especialização de Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas/GESTCORP do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da ECA-USP (www.eca.usp.br/gestcorp) e a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas/Abrapcorp (www.abrapcorp.org.br).

Dirigida pela professora-doutora e RP Margarida Maria Krohling Kunsch e editada pelo jornalista e RP Luiz Alberto de Farias, surgiu no segundo semestre de 2004. Desde então, traz artigos, depoimentos, resenhas, entrevistas e pesquisas de especialistas conceituados nacional e internacionalmente - tanto do mercado como do meio científico - visando enriquecer as discussões das áreas de Relações Públicas (RP) e Comunicação Organizacional (CO). A cada número, publica um dossiê temático que se converte em uma significativa contribuição para estudantes, pesquisadores e profissionais. Os textos são, em geral, resultantes de pesquisas na universidade, apresentados em uma linguagem acessível para a sociedade. Seu projeto editorial reúne contribuições de estudiosos e especialistas brasileiros e também de outros países.



Em 188 páginas, o número oito inicia o dossiê pelo texto “Ética e sustentabilidade nas Relações Públicas”, do filósofo e professor da PUC/SP Alípio Casali, onde considera como principal condição da sustentabilidade dos empreendimentos a realização universal dos direitos de todos os públicos implicados na ação institucional. O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade/FEA-USP e doutor em Ciências Humanas Robert Srour escreveu “Por que empresas eticamente orientadas?”, discutindo os fundamentos sociológicos da adoção, pelas empresas, das estratégias de responsabilidade social corporativa e de sustentabilidade empresarial. Na seqüência, “Ética e corporações: tensões entre interesse público e privado” constitui a participação do engenheiro Gilberto Dupas, que atua como professor visitante da Universidade Paris II e Universidade Nacional de Córdoba. Para ele, a questão da ética nas grandes corporações está essencialmente ligada ao imenso poder que elas adquirem na atual lógica global e às críticas advindas de suas decisões. Logo depois, Terezinha Rios, filósofa e professora da Universidade Nove de Julho/SP, traz “A presença da filosofia e da ética no contexto profissional”, apresentando a tese de que há necessidade de trazer para o espaço das organizações e da prática dos profissionais a reflexão crítica que se dá no campo da Filosofia. É com “Ética organizacional e Relações Públicas” que o jornalista e coordenador do Pensamento Nacional das Bases Empresariais/PNBE Mário Ernesto Humberg dá seu recado, onde analisa a evolução da ética empresarial e organizacional no mundo. Na finalização da seção, o texto “O bom nem sempre é o justo: responsabilidade social para além dos domínios das empresas” agrupa as visões da professora da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás, Maria de Fátima Garbelini, e do jornalista e mestrando Walderes de Brito. Para eles, o termo responsabilidade social empresarial se consolida progressivamente como parâmetro de avaliação do modelo de gestão de uma empresa.

Na editoria de “Pesquisa”, Maria Antonieta Rebeil Corella e Clemente Uribe, pesquisadoras do Centro de Investigación para la Comunicación Aplicada/CICA da Universidad Anáhuac do México, com colaboração de Guilhermo Legaspi e Mariana Moreno, apresentam resultados de estudo sobre práticas de responsabilidade social adotadas naquele país por dez corporações multinacionais. Também os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria/RS, Lutiana Casaroli e Adair Peruzzolo contribuem com uma reflexão sobre a força da comunicação como força vital de toda a organização a partir da enunciação da organização midiática Zero Hora, no texto “A discursivização da cultura organizacional de Zero Hora: a auto-referencialidade como estratégia de produção de efeito de sentido de imagem”.

No espaço “Depoimento”, a gerente de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Seguros Unimed, jornalista Denise Fejgelman, aborda uma metodologia para identificar valores corporativos em “Valores compartilhados: o desafio de levar a teoria à prática”. A seção “Entrevista” está estruturada com uma conversa com o filósofo e professor de Ética e Filosofia Política da USP, Renato Janine Ribeiro, intitulada “Ética ou o fim do mundo”. Na edição, são ainda resenhadas as obras “Ética do Profissional da Comunicação”, escrita por Arantza Echaniz e Juan Pagola, editada pela Paulinas, a partir da análise da relações públicas e professora do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI/BH; “Construir confiança: ética da empresa na sociedade da informação e das comunicações”, de Adela Cortina com edição da Loyola, em texto do publicitário Eduardo Murad, que é professor em diversas instituições cariocas; e ainda “Ética e Comunicação Organizacional: momento de reflexão”, organizada por Clóvis de Barros Filho com edição da Paulus, analisada pela RP e professora da ECA/USP e Universidade Metodista de São Paulo, Maria Aparecida Ferrari. Além disto, no “Espaço Aberto” constam as contribuições do RP e professor da UEL/PR Renato Dias Martins, com o texto “Terceira linguagem: discurso mercadológico com credibilidade construindo reputação nas organizações”; da jornalista e professora da Faculdade Cásper Líbero/SP Heloíza Matos, com “Capital social, Internet e TV: controvérsias”; e da professora da Universidad Católica Andrés Bello/UCAB, de Caracas/Venezuela, Agrivalca Canelón, no artigo “La marca bancaria: un ejemplo de cómo se administra el Capital de Relación”.

NOME - A palavra grega “organicom” tem a conotação de “melodioso, harmonioso”, expressando a função primeira da publicação: de funcionar como um canal de integração entre a academia e o mercado, colaborando para eliminar desencontros tanto de linguagem quanto de conceitos. O termo também pode ser associado ao adjetivo português “orgânico”, que remete ao mesmo sentimento, o de algo que trabalha com complexidade orgânica, assimilando informações de diversas partes de um conjunto para a consecução de um objetivo único, como um organismo vivo. Além disso, “organicom” remete, foneticamente, ao conceito de Comunicação Organizacional, campo que representa o foco da publicação.

As duas primeiras edições já estão esgotadas. Seus temas foram "Comunicação e mudança cultural nas organizações" e "Avaliação e mensuração em Comunicação Organizacional", ambas disponíveis na íntegra para download no formato PDF no site exclusivo da revista. Os demais números estão sendo comercializados e tratam sobre "Comunicação digital”, "Comunicação pública e governamental", "Relações Públicas: campo acadêmico e profissional", "Comunicação de risco e crise: prevenção e gerenciamento" e "Identidade Marca e Gestão da Reputação Corporativa". Participam atualmente da equipe Paulo Celestino da Costa Filho como Editor Executivo e Leandro Orsolini Duarte como Coordenador de Produção. Na Produção Executiva está Rosângela Zomignan, tendo Perolah Caratta na Assistência de Produção e Comunicação e Else Lemos na Revisão e Normatização. A responsabilidade sobre assinaturas é de Tatiana Moura.

Os exemplares da Organicom podem ser adquiridos por meio de assinatura válida para todo o território nacional, no formato anual (dois exemplares) a R$ 50,00, ou então bianual (quatro exemplares) a R$ 100,00. Também é possível adquirir os exemplares avulsos a R$ 25,00 cada através do e-mail assinaturas@revistaorganicom.org.br, desde que haja disponibilidade da edição desejada - neste caso, há acréscimo da taxa de correio ao valor da revista. Para mais informações, fale com Perolah Caratta na Avenida Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 - bloco 22, sala 30 na Cidade Universitária da USP em São Paulo/SP, pelo fone/fax 11-3091-2949. Mais dados no site www.revistaorganicom.org.br .

This entry was posted on sexta-feira, 29 de maio de 2009 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.