ABERJE lança revista de comunicação e cultura A ABERJE – que hoje reúne as Associações Brasileiras de Comunicação Empresarial, Branding e Comunicação Organizacional – lança, em parceria com a Lazuli Editora, a revista MSG de Comunicação e Cultura, a partir das 19h do dia 15 de outubro de 2008 na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 – Vila Madalena) em São Paulo/SP. A idéia é consolidar no mercado uma nova maneira de compreender a área, diante da diversidade de formações, heterogeneidade de opiniões e riqueza do conhecimento produzido pelas empresas e suas marcas. Na ocasião, acontece o debate “A Espetacularização da Mídia”, com Roberto Romano, Eugênio Bucci, Mario Vitor Santos e Junia Nogueira de Sá.
O diretor-geral da entidade, Paulo Nassar, comenta que há tempos se percebe que as organizações tornaram-se produtoras de conteúdo, além de informação, ao levar conceitos a seus públicos, até mesmo influindo na agenda nacional. “Essa é uma característica dos tempos contemporâneos em que o conteúdo não é mais construído apenas pelas mídias tradicionais”, aponta ele, em editorial produzido com o diretor da Lazuli, Miguel de Almeida. E a dupla reitera: “esperamos que a MSG ofereça a seus leitores, a cada novo número, contribuição intelectual para a discussão de temas ligados à cultura e à comunicação, dentro da idéia de que a discussão e a produção do conhecimento nos torna sempre melhores”.
A capa do primeiro número, que inspirou e embasa o debate do lançamento, discute a espetacularização da mídia e como a notícia, sob certas coberturas, adquiriu um caráter quase serializado e fortemente emocional. Para abordar o tema, foram convidados jornalistas que, em algum momento de suas carreiras, trabalharam como ombudsman em jornais e empresas, como Mario Vitor Santos, Junia Nogueira de Sá e Bernardo Ajzenberg. Dois deles, aliás, em plena atividade, como Carlos Eduardo Lins da Silva, da Folha de S.Paulo, e Aluízio Maranhão, de O Globo. Exceção é Eugênio Bucci, que contribuiu na discussão por ter promovido uma melhoria significativa no jornalismo público brasileiro como diretor da Radiobrás.
Sob o título “Sintonizado na Rede”, o jornalista da TV Cultura e CBN Heródoto Barbeiro, a coordenadora do Núcleo de Rádio da Fundação Padre Anchieta Gioconda Bordon e o jornalista, radialista e ator Marco Antonio, do programa Alternativa da Kiss FM respondem questões sobre o impacto do progresso tecnológico na sociedade e na forma de transmitir notícias. Já em “O Papel da Leitura”, foi a vez da professora de Literatura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS, Regina Zilberman, e do conselheiro do Instituto Brasil Leitor, Ottaviano de Fiore, falarem sobre a meta educacional brasileira de universalizar o ensino para acabar com o analfabetismo.
O filósofo e político italiano Gianni Vattimo, que esteve no Brasil no final de maio para participar de reunião do Conselho Consultivo da ABERJE, aborda na publicação os diferentes aspectos da sociedade pós-moderna discutidos num de seus livros mais conhecidos – “O Fim da Modernidade”, além de “A Sociedade Transparente”. No conjunto de textos intitulado “A Fantástica Fábrica de Desejos”, o filósofo e professor da Universidade Estadual de Campinas/Unicamp, Roberto Romano, envereda para os aspectos filosóficos do fenômeno, e a pós-doutora em Ciências Sociais pela PUC/SP e professora do Programa de Mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing/ESPM, Rose de Melo Rocha, busca propor novos enigmas e soluções originais para o mundo corporativo. Já Andre Cauduro, mestre em Marketing pela UFRGS, fala das novas significações dos objetos, que de elementos funcionais agora são reflexo da celeridade das mudanças sociais e das novas esferas de manifestação e expressão coletivas e individuais.
A MSG traz ainda uma coletânea de trabalhos de Ruy Ohtake e reflexões do advogado e especialista em Comunicação Empresarial, Roberto de Castro Neves, sobre a gestão de crises, além de texto do coordenador do Centro de Pesquisa da Opinião Pública em Contextos Digitais/Cepop-Atopos e professor da ECA/USP, Massimo di Felice, sobre as tecnologias digitais e as formas atópicas do habitar. A publicação ainda conta com colaborações de Horácio Lafer Piva, economista e ex-presidente da FIESP, sobre a imprensa no Brasil, e uma matéria sobre recesso produtivo, o período sabático durante o qual um funcionário se afasta da companhia para realizar projetos intelectuais e oxigenar sua atuação.
A revista, que chega com 74 páginas, pode ser adquirida nas unidades da Livraria da Vila, Livraria Cultura, FNAC, entre outras. Mais informações podem ser obtidas com o gerente de Relações Públicas da ABERJE e produtor executivo do projeto, Mateus Furlanetto, pelo mateus@aberje.com.br ou no 11-3662-3990.
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