Por trás dos computadores, existem pessoas

Saímos do monólogo para o que poderíamos chamar de multidiálogo.

Há dez anos atrás a comunicação fluía em um só sentido, lembra?. Os jornais publicavam e a massa de leitores recebia. Podiam até concordar ou discordar da notícia. Mas o máximo que poderia repercutir era ir até o barzinho mais próximo e comentar com seu grupo de amigos.

Hoje, quanta diferença! Quer um exemplo? Escrevo esse post domingo à noite, de Detroit, onde vim participar do Congresso de Comunicação da PR Society of América. Vejo pela Internet que Eduardo Paes derrotou por pouco Gabeira na eleição para prefeito do Rio. Fui checar o Globo Online já havia nada menos que 2001 pessoas (até o momento, meia noite de domingo) dando a sua opinião. Quer mais feedback do que isso? Um sonho para qualquer político medir assim, sem filtros e de forma espontânea, a opinião de 2 mil pessoas sem gastar um real com pesquisa.

Pois é, estamos na era da Web 2.0, da Social Media, e não dá para simplesmente ignorar essa voz. Na palestra que assisti hoje, Mark Hass, Relações Públicas da MS&L, responsável por campanhas de empresas como Philips e General Motors, enfatizou que a comunicação não tem mais um sentido, nem sequer tem mais um só dono. O que se escreve hoje num blog pode ser repercutido em segundos em milhares de blogs no país e no mundo. Ainda no campo da política, tomemos como exemplo o Blog de Ricardo Noblat, um dos mas lidos do país. Uma pesquisa através da Technorati mostra que o Blog do Noblat foi linkado por nada menos que 526 outros blogs. Basta checar (clique aqui).

Não é à toa que a Internet cresce a olhos vistos e grandes empresas já vêem esse canal como tão ou mais importante que a mídia tradicional. Os vídeos da Dove sobre a Campanha pela Real Beleza, entre eles o que mostra uma modelo sendo totalmente transformada para uma sessão de fotografias, fizeram tanto sucesso que a empresa chegou a cancelar algumas ações de publicidade porque já tinha atingido seus objetivos e se comunicado mais diretamente com o seu público alvo. Pela contagem do You Tube, já foram 8 milhões de clicks.







E agora? Ignorar esse fenômeno é impossível. Melhor fazer como Dove, como a Philips e a General Motors que têm diversos cases na Internet. O da Philips é hilário! A meta era vender um barbeador masculino específico para partes íntimas, costas, ombros e outros lugares que envergonham os homens. A campanha original e picante só caberia mesmo na Internet e, claro, já viralizou.







Mas nem tudo é só gracinha na Internet. A palestra da parte da tarde abordou os aspectos de medição de resultados. Katie Delahaye, CEO da KDPaine & Partners, uma especialista em métricas de avaliação de resultado, deixou claro que, mesmo sendo num ambiente mais solto com a explosão da Social Media, as campanhas têm que atingir certos objetivos e estarem calcadas em estratégias.

"Defina a expectativa que se pretende com a campanha. Por exemplo, aumentar em 10% o número de reservas online do seu hotel. Depois, defina para que público-alvo você vai falar", comenta KD.

Ela apresentou um case da ASPCA, uma espécie de Sociedade Protetora dos Animais dos EUA, que buscou a KDP para aumentar as doações e trazer mais tráfego para o seu website. Foi criada uma campanha com o site Anti-Cruelty e a entidade passou a freqüentar blogs e comunidades. Em pouco tempo, acesso ao site cresceu 22% e as doações seguiram essa mesma tendência.

"O cliente não queria apenas hits. Era preciso analisar a freqüência no site e o crescimento de novas visitas. Como muitas doações são feitas online era preciso ter essa análise", finaliza KD. Para mais conhecimento deste case, clique aqui.



por Germana Costa Moura - Dir. Executiva - Sócia da Approach desde 2001.


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postado por Robson

This entry was posted on terça-feira, 28 de outubro de 2008 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.