Archive for maio 2009

Maioria dos estudantes de MBA prefere trabalhar em empresas familiares

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Pesquisa intitulada "La empresa familiar: percepciones de los estudiantes del programa MBA", realizada com estudantes do MBA (Master Business Administration) da IESE Business School, revelou que os alunos acreditam que empresas familiares são lugares melhores para se trabalhar do que as não-familiares.

Para eles, é verdade que as organizações familiares tendem a pagar salários e bônus inferiores, mas compensam com benefícios não-financeiros, relacionados ao bem-estar dos profissionais.

Pontos negativos
No entanto, a maioria dos estudantes admite que as empresas administradas por famílias têm mais dificuldades para atrair bons profissionais, bem como para mantê-los.

Eles afirmam que essas empresas deveriam aproveitar mais suas qualidades, a fim de valorizar a carreira de seus funcionários a longo prazo, já que costumam ser reconhecidas como organizações estáveis, e justamente essa estabilidade é vantajosa para muitas pessoas.

Além disso, os estudantes afirmam que o acesso à informação costuma ser mais difícil nas empresas familiares e que, nessas organizações, os funcionários têm menos liberdade para tomar decisões.

Mas, segundo a pesquisa, é importante sublinhar que, apesar do acesso à informação representar um desafio, especialmente para funcionários que não fazem parte da família proprietária, o sentido de identidade e o clima de confiança que podem existir nesse tipo de organização facilitam uma comunicação mais aberta.

Outras descobertas

Quanto à questão da sucessão, nas empresas familiares, o papel do antecessor é vital para a criação de um clima de trabalho apropriado, no qual os sucessores possam desenvolver suas habilidades para a gestão.

Nesse tipo de organização, conforme demonstrou a pesquisa, a preparação de sucessores costuma ser mais longa do que nas demais empresas, mas também é feita com maior proximidade entre antecessor e sucessor.

Por fim, os entrevistados pela pesquisa acreditam que a qualidade dos conselhos de administração das empresas familiares é tão boa quanto a das empresas não-familiares, e que os interesses dos proprietários estão melhor representados nas empresas familiares.

Sobre a pesquisa

A base da pesquisa é um questionário online que recebeu 213 respostas, de estudantes procedentes de 21 países. Para realizar o estudo, a cátedra de Empresa Familiar da IESE Business School contou com a contribuição do Family Business Club do IESE, uma associação de alunos de MBA interessados no tema empresas familiares.




Fonte.

Manual de comunicação eficiente

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Escolher as palavras certas e falar com clareza. Aprender a escutar e entender o que as outras pessoas dizem. Estar atento aos gestos, aos movimentos e às expressões que muitas vezes revelam mais sobre alguém do que as palavras. Essas atitudes formam a receita básica de uma comunicação eficiente, algo fundamental para quem pretende ter um bom desempenho no trabalho. “Quem tem mais domínio sobre todos estes aspectos consegue se comunicar melhor”, diz a fonoaudióloga Leny Kyrillos, professora doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que atende executivos, jornalistas e atores.

Como você pode acertar no discurso e dar seu recado no trabalho? Para começar, siga as regras básicas. Depois, veja o que funciona melhor para você e o seu interlocutor. “A comunicação depende do contexto e das características do orador e do público”, diz o professor Reinaldo Polito, autor do livro Como Falar Corretamente e Sem Inibições (Editora Saraiva), um dos maiores especialistas do Brasil em comunicação.

A fonoaudióloga Leny Kyrillos mostra, em nove vídeos, como melhorar todos os aspectos da sua comunicação não-verbal.

Vá direto ao assunto

Para vender uma ideia ao chefe não é preciso contar todo o processo que o levou a formular a proposta. Concentre-se em dizer qual benefício sua sugestão produzirá. “Vá direto às conclusões e seja conciso. Saber priorizar informações é fundamental para ter relevância”, diz Normann Pedro Kestenbaum, autor do livro Obrigado pela Informação que Você Não Me Deu! (Editora Campus/Elsevier) e sócio da consultoria Baumon, de São Paulo, especializada em comunicação

Seja mais claro, por favor

Para fazer com que o ouvinte entenda exatamente o que você diz, fale a língua dele. Adapte e traduza seu discurso à faixa etária, formação, interesses e expectativas do ouvinte. Assegure-se de que ele gravou o recado. “Não adianta ter um discurso brilhante se ele não será lembrado depois de uma hora”, diz o consultor Normann Kestenbaum. Desconfie de termos difíceis, gírias, expressões vulgares, tecnicismos e jargões. Eles podem sabotar a mensagem. “Os líderes devem limpar ao máximo os ruídos da comunicação”, diz Leny Kyrillos, fonoaudióloga da PUC-SP.

Como escutar melhor
Saber escutar é um item primordial para uma comunicação eficiente. Avalie se você está aberto às mensagens que recebe — principalmente se você se acha incompreendido. “Quem fala demais e não dá espaço ao outro pode prejudicar o processo de comunicação”, diz Reinaldo Polito. Para aguçar a audição, as dicas são:

EVITE PREJULGAR. Espere até que a mensagem seja completada antes de formar sua opinião. Isso ajuda o entendimento.

GUARDE A INFORMAÇÃO. Para registrar a informação, só há um jeito: preste atenção. Se a sua memória não é boa, anote. Ou peça por escrito. Recordar o que foi conversado ajuda a retomar a comunicação a partir dos principais pontos. Isso é eficiência.

TENHA INTERESSE PELOS OUTROS. Admitir que os outros também têm boas ideias é um dos primeiros passos para escutar o que eles têm a dizer.

Maria Heloísa Morel
37 anos, diretora de marketing do grupo de serviços online e consumo da Microsoft Brasil
Logo que entrou no Grupo Pão de Açúcar, em 2004, a engenheira Maria Heloísa Morel, de 37 anos, hoje diretora de marketing de uma área da Microsoft, sentiu na pele a importância de ouvir o time. Na época, ela e a equipe estavam com uma grande carga de trabalho, o que resultava em muitas horas extras. As pessoas reclamavam do excesso, mas Maria Heloísa considerava a rotina tolerável, já que se tratava de uma situação passageira. “Achei que daria para aguentar”, diz. Percebeu que estava errada quando um integrante do time pediu demissão. “Deveria ter entendido o que estavam me dizendo”, diz a executiva. “Hoje, converso muito com a equipe sobre as demandas, para avaliar os impactos delas no dia-a-dia e poder negociar processos adequados a todos.”

ESCREVER NÃO É FALAR

Para ter sucesso na linguagem escrita, é preciso dominar vocabulário, gramática e construção das frases. O maior problema ocorre quando se tenta escrever da mesma forma que se fala. Nesse caso, o resultado pode ser um texto incompreensível. Para se expressar bem na linguagem escrita, além de praticar bastante:• leia e releia suas mensagens antes de enviá- las, para encontrar e corrigir os erros;• espere um pouco antes de enviá-las. Quanto mais tempo passar, mais fácil será ler de forma isenta e descobrir possíveis interpretações erradas;• peça ajuda a terceiros para checar o entendimento e a clareza do texto.
Anderon Santos Pereira
35 anos, gerente comercial da Nextel no Rio Grande do SulQuando o paulistano Anderson Santos Pereira, de 35 anos, assumiu a gerência da unidade gaúcha da Nextel, em agosto de 2007, um dos seus maiores desafios foi alinhar a comunicação com o time. A equipe estava desmotivada por desconhecer as metas individuais. “As pessoas só conheciam os objetivos da unidade”, diz. Baseadonos planos da empresa, Anderson conversou individualmente com os 14 membros da equipe, ouviu o que cada um tinha a dizer, anotou sugestões, dividiu os clientesde acordo com o perfil de cada integrante do time e traçou objetivos claros para todos. “Com maior transparência, as pessoas compreenderam os rumos que a companhia queria tomar e o papel delas.”

Mais que mil palavras

As informações que você emite com o rosto, os braços e o tom de voz causam mais impacto do que o conteúdo que está sendo passado. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluiu que 93% da eficácia da comunicação deve-se ao tom e à intensidade da voz, aos gestos e às expressões corporais. “A mensagem que prevalece é aquela transmitida pela comunicação não-verbal”, diz Leny, fonoaudióloga da PUC-SP. Preste atenção:

• Ao corpo. A forma como alguém gesticula sinaliza o que ele sente. Uma posição ereta, olhando as pessoas de frente e braços voltados para quem está falando dá a ideiade acessibilidade e entusiasmo. Cruzar os braços ou manter os ombros caídos podem causar o efeito contrário. O rosto e a boca também são agentes importantes de uma comunicação eficiente. Evite uma postura desleixada e os bocejos.

• À Voz. Este é um dos elementos mais importantes para passar a interpretação desejada. Contam o tom, o volume e a entonação. Não adianta, por exemplo, manter o tom grave - que gera a sensação de seriedade e firmeza — para motivar e entusiasmar o time. Prefira um tom mais leve e alegre. “O segredo é saber variar e combinar todos estes elementos para serem usados de acordo com a informação e a sensação que queira produzir nos outros”, diz Leny Kyrillos.

Informação não é poder! Veja como a falta de clareza causa o fracasso do líder

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A reclamação número um de profissionais é a falta de clareza com relação às suas metas. Isto significa que todos sabem o que precisam fazer hoje, mas poucos sabem ao certo o porquê e aonde a empresa pretende chegar. Como consequência, os funcionários se empenham menos e, com o tempo, acabam desmotivados.

A verdade é que ninguém gosta de ser um mero "robô". Participar da tomada de decisões, bem como saber o sentido do seu trabalho, é essencial. Uma pesquisa realizada pelo PMI (Project Management Institute), com 400 empresas, corrobora com esses pressupostos. Uma pergunta foi feita aos profissionais participantes: "Quais habilidades faltam a seus gestores?". A resposta mais dada foi: "a habilidade de se comunicar".

Como a empresa perde tempo [e dinheiro]

"Se os funcionários não conhecem os objetivos maiores da empresa e as estratégias adotadas, eles não fazem mais do que olhar para o próprio umbigo, de forma que agregam pouco à organização. Esta, por sua vez, perde tempo e dinheiro, ao não disseminar informações importantes", explica o coordenador da pesquisa de Benchmarking do PMI, Américo Pinto.

Quando falta clareza ao profissional com relação a suas próprias metas, os projetos não dão certo, ou o resultado obtido não é o esperado pela direção da empresa. E não é uma questão de incompetência. Ao desconhecer seus objetivos de longo prazo, o funcionário pode muito bem andar para a direção oposta para a qual estão caminhando os gestores. Enquanto uns vão para a direita, outros escolhem ir para a esquerda. A empresa não é bem-sucedida e perde recursos. Situações como a descrita não são raras."

Os atuais gestores não atendem mais àquilo que as empresas precisam, que é clareza e capacidade de se comunicar, antes de mais nada. Muitos deles retêm informações, porque acreditam que informação é poder. No final, acabam se prejudicando, porque seus subordinados não trabalham o todo, não realizam suas atividades dentro de um contexto", explica o diretor executivo do Insadi, Dieter Kelber.

"O pior é que há líderes que gostam de ter funcionários robôs, que cumprem ordens sem pensar muito. São gestores à moda antiga, atrasados no novo cenário de competitividade acirrada entre as empresas", acrescenta.

Falha começa na alta gestão

É possível que, em uma empresa na qual a retenção de informações é parte da cultura corporativa, a culpa seja da média gerência, que não quer dar espaço para ninguém crescer. "O que esse tipo de gestor não entende é que, se seus subordinados não crescerem, ele próprio nunca sairá do mesmo lugar", diz Kelber.

Porém, para Américo Pinto, do PMI, a principal responsabilidade pela comunicação da empresa é a alta gerência. "Se o principal gestor não faz questão de disseminar informações estratégicas, a comunicação não flui para as demais partes da pirâmide. O resultado é que cada um acaba fazendo o que bem entende", diz.

Mas ele acrescenta que isso é mais comum em médias e pequenas empresas, porque as grandes já estão avançadas no quesito comunicação. "Boa parte das grandes utilizam ferramentas tecnológicas, como softwares criados justamente para isso e intranet, para que a comunicação flua tanto verticalmente (do gestor para os subordinados) quanto horizontalmente (entre departamentos, de forma que estes trabalhem juntos em torno de um mesmo objetivo)".

Reunião não é perda de tempo!

Algumas empresas evitam ao máximo as reuniões, por conta do clichê disseminado no mundo corporativo de que elas são perda de tempo. A verdade, entretanto, é que reuniões são necessárias e é possível torná-las produtivas. "Porque alguns profissionais se utilizam desse canal de comunicação [a reunião] de forma equivocada, muitos desmoralizaram o papel desses encontros", diz o coordenador da pesquisa do PMI. "Mas, muitas vezes, as reuniões são absolutamente necessárias".

Ele lembra ainda que as reuniões não são a única forma de a empresa se comunicar com seus funcionários. "É possível promover algumas discussões por e-mail, por exemplo".

Por que gestores retêm informações?

Alguns dos motivos para a retenção de informações são: a ilusão de poder que elas proporcionam; o medo de os subordinados crescerem; a insegurança, por parte do gestor de médio escalão, de que os subordinados utilizem aquelas informações melhor do que ele próprio; a dificuldade de se comunicar com clareza, o que é uma competência ao mesmo tempo técnica e comportamental cada vez mais essencial aos líderes; e a facilidade de manipular funcionários "robôs", que não pensam.

Porém, a transparência nas empresas é importante porque: a rádio peão é muito mais rápida (o problema é que, muitas vezes, as informações divulgadas no corredor são completamente equivocadas); ao saber aonde a empresa quer chegar, o funcionário se dedica muito mais e os projetos têm mais chances de serem bem-sucedidos; os diversos departamentos podem tornar-se aliados, no lugar de inimigos, como costuma acontecer; a satisfação do público atendido aumenta; e a liderança informal é enfraquecida.

"É bom promover conversas e debates com os funcionários sistematicamente, de forma que informações úteis sejam disseminadas no dia a dia do trabalho. Assim, os profissionais vestem a camisa da empresa e do cliente", finaliza Kelber.


Fonte.

LIDERANÇA, OBVIEDADE E SIMPLICIDADE

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JOSÉ AUGUSTO NEVES,
Consultor Sênior do Instituto MVC,
Certificado pelo PMI (USA)

Nos últimos anos muito se ouviu falar de modelos, novas formas de liderança, e exemplos de Grandes Líderes, mas o que temos visto é o pensamento e a prática de modelos só do século passado. Mesmo com todas essas informações encontramos nos dias de hoje organizações onde ainda são utilizados modelos baseados nas leis de causa e efeito e nas proposições de dividir em partes para entender o todo.

A ciência moderna trata os fatos como se fossem mais uma rede de relacionamentos do que apenas fenômenos isolados. O último acontecimento de uma infecção numa pequena cidade do México pode criar uma crise de saúde mundial.

A organização ainda é a mesma da hierarquia do exercito prussiano ou da Igreja, em forma de pirâmide, totalmente hierarquizada, com pessoas alocadas em “caixinhas”, fragmentadas por especialidades e que, muitas vezes, uma não sabe o que a outra faz (quando não competem ou sonegam informação entre elas). Se não tiver um líder para dizer o que fazer será o caos, nada acontecerá.

Pressupostos Perigosos

Com base no que mencionamos anteriormente, é importante considerar alguns pressupostos que balizam o comportamento de algumas lideranças:

Acreditam que as pessoas querem e precisam ser controladas. Precisam de um líder que decida o que elas devem fazer (e realmente muitos agem assim).
Acreditam que as coisas só acontecerão se tiver uma liderança forte para dar foco e direção, que desenham as organizações, que dizem quais as funções que as pessoas devem exercer e que precisam ser supervionadas (até mesmo controlando o ponto!). Caso contrário nada se produz.
Para obter a adesão delas aos nossos planos é preciso recompensá-las, pois só atuam se receberem prêmios. E prêmios em dinheiro que é a única coisa que as motiva.
Outra “certeza” é que se dermos liberdade aos colaboradores eles não usarão em favor da organização e sim para fazer nada.
Não entendem porque não se comprometem com a organização, não vestem a camisa nem dão o sangue por ela, e alguém pagar um pouco mais nos deixa sem consideração alguma.

Apesar de muitas organizações ainda acreditarem nestas “verdades”, muitas outras organizações estão percebendo mudanças nos comportamentos e utilizando nova forma de ação, obtendo melhores e mais duradouros resultados, maior participação de seus colaboradores e maior retenção de talentos humanos.

Percebem que se as pessoas se orgulham do que fazem e se tiverem acesso livre às informações e liberdade para criar, vão surpreender com resultados excepcionais. Ninguém gosta de fazer alguma coisa mal feita, ninguém erra por gosto.
A maior recompensa para estas pessoas elas é serem reconhecidas pelas suas lideranças e poderem participar das decisões.
Elas têm a tendência natural de se auto-organizarem em torno de uma identidade, de um significado maior que não seja apenas enriquecer rapidamente.
Elas se agregam em torno de valores que foram desenvolvidas de forma participativa e não valores retirados de programas acadêmicos de um recente de mestrado em motivação. A maioria se organiza para trazer melhorias para o mundo.
Estas organizações praticam o exercício da descentralização da autoridade sem perder autoridade.

Surpresa! Elas existem é qual é o segredo delas? Uma seqüência simples de ações que motiva seus colaboradores e leva a obtenção de resultados incomuns trabalhando com pessoas comuns.

AÇÕES

Propósito
O ponto de partida é definir para que ela existe, qual é o propósito dela. As pessoas buscam sentido para suas vidas. As organizações também, já que são formadas por pessoas e não somente por máquinas e edificações. Conectar com um propósito comum acessa uma enorme reserva de criatividade, de energia, de comprometimento, que leva a uma contribuição espontânea. Pensam: como o mundo será melhor por nós trabalharmos juntos?

Princípios
Uma organização transformadora define seus princípios, seus valores fundamentais, valores que presidem suas decisões e seus relacionamentos, internos e externos. O que não abrimos mão para manter nossa dignidade e respeito.

Colaboradores
Ela permite aos seus acessos a todas as áreas da organização, aos recursos necessários, e às informações que circulam livremente. Trata informação como alimento que nutre a todos e não como dinheiro que estocamos em nossa área. Não se fragmentam em “caixinhas”, mantém uma unidade de propósito sabendo cada um qual sua contribuição para o todo maior.

Aprendizado
Estimulam seus colaboradores para ousarem nas suas atividades sem medo de errar e quando acontece um erro, normalmente por nunca terem se defrontado com situação semelhante, tratam como aprendizado e divulgam a informação para que a situação não se repita.

Ações práticas
As práticas emergem das ações onde, tendo os princípios definidos e sabendo O QUE fazer, cada um sabe com sua experiência sabe COMO fazer. Um operador de campo numa refinaria sabendo do principio de considerar “a vida em primeiro lugar” não hesitará em fechar uma válvula com problemas, sem precisar pedir “autorização” ao supervisor, que pedirá ao gerente, etc.
Governança
Com este espírito a governança é feita de forma natural. As pessoas ocupam cargo na hierarquia não por importância, mas por habilidade de tratar com coisas mais complexas e saber tomar decisões, mesmo com pouca informação.

Você que quer ter RESULTADOS crescentes e duradouros, trabalhando com pessoas comuns e obter resultados incomuns? Você está se preparando para este novo mundo? Lembre-se sempre de que o conhecimento pouco vale se não for “digerido” e, realmente, transformado em ações concretas.

RP em Ação

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Revista Organicom n.8 analisa ética e comunicação nas organizações

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O oitavo número da Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas/Organicom já está em circulação, com o tema “Ética e Comunicação nas Organizações”. A publicação tem periodicidade semestral e é lançada numa parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Ciências da comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP (www.eca.usp.br/posgradu/infogera), o curso de Especialização de Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas/GESTCORP do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da ECA-USP (www.eca.usp.br/gestcorp) e a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas/Abrapcorp (www.abrapcorp.org.br).

Dirigida pela professora-doutora e RP Margarida Maria Krohling Kunsch e editada pelo jornalista e RP Luiz Alberto de Farias, surgiu no segundo semestre de 2004. Desde então, traz artigos, depoimentos, resenhas, entrevistas e pesquisas de especialistas conceituados nacional e internacionalmente - tanto do mercado como do meio científico - visando enriquecer as discussões das áreas de Relações Públicas (RP) e Comunicação Organizacional (CO). A cada número, publica um dossiê temático que se converte em uma significativa contribuição para estudantes, pesquisadores e profissionais. Os textos são, em geral, resultantes de pesquisas na universidade, apresentados em uma linguagem acessível para a sociedade. Seu projeto editorial reúne contribuições de estudiosos e especialistas brasileiros e também de outros países.



Em 188 páginas, o número oito inicia o dossiê pelo texto “Ética e sustentabilidade nas Relações Públicas”, do filósofo e professor da PUC/SP Alípio Casali, onde considera como principal condição da sustentabilidade dos empreendimentos a realização universal dos direitos de todos os públicos implicados na ação institucional. O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade/FEA-USP e doutor em Ciências Humanas Robert Srour escreveu “Por que empresas eticamente orientadas?”, discutindo os fundamentos sociológicos da adoção, pelas empresas, das estratégias de responsabilidade social corporativa e de sustentabilidade empresarial. Na seqüência, “Ética e corporações: tensões entre interesse público e privado” constitui a participação do engenheiro Gilberto Dupas, que atua como professor visitante da Universidade Paris II e Universidade Nacional de Córdoba. Para ele, a questão da ética nas grandes corporações está essencialmente ligada ao imenso poder que elas adquirem na atual lógica global e às críticas advindas de suas decisões. Logo depois, Terezinha Rios, filósofa e professora da Universidade Nove de Julho/SP, traz “A presença da filosofia e da ética no contexto profissional”, apresentando a tese de que há necessidade de trazer para o espaço das organizações e da prática dos profissionais a reflexão crítica que se dá no campo da Filosofia. É com “Ética organizacional e Relações Públicas” que o jornalista e coordenador do Pensamento Nacional das Bases Empresariais/PNBE Mário Ernesto Humberg dá seu recado, onde analisa a evolução da ética empresarial e organizacional no mundo. Na finalização da seção, o texto “O bom nem sempre é o justo: responsabilidade social para além dos domínios das empresas” agrupa as visões da professora da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás, Maria de Fátima Garbelini, e do jornalista e mestrando Walderes de Brito. Para eles, o termo responsabilidade social empresarial se consolida progressivamente como parâmetro de avaliação do modelo de gestão de uma empresa.

Na editoria de “Pesquisa”, Maria Antonieta Rebeil Corella e Clemente Uribe, pesquisadoras do Centro de Investigación para la Comunicación Aplicada/CICA da Universidad Anáhuac do México, com colaboração de Guilhermo Legaspi e Mariana Moreno, apresentam resultados de estudo sobre práticas de responsabilidade social adotadas naquele país por dez corporações multinacionais. Também os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria/RS, Lutiana Casaroli e Adair Peruzzolo contribuem com uma reflexão sobre a força da comunicação como força vital de toda a organização a partir da enunciação da organização midiática Zero Hora, no texto “A discursivização da cultura organizacional de Zero Hora: a auto-referencialidade como estratégia de produção de efeito de sentido de imagem”.

No espaço “Depoimento”, a gerente de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Seguros Unimed, jornalista Denise Fejgelman, aborda uma metodologia para identificar valores corporativos em “Valores compartilhados: o desafio de levar a teoria à prática”. A seção “Entrevista” está estruturada com uma conversa com o filósofo e professor de Ética e Filosofia Política da USP, Renato Janine Ribeiro, intitulada “Ética ou o fim do mundo”. Na edição, são ainda resenhadas as obras “Ética do Profissional da Comunicação”, escrita por Arantza Echaniz e Juan Pagola, editada pela Paulinas, a partir da análise da relações públicas e professora do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI/BH; “Construir confiança: ética da empresa na sociedade da informação e das comunicações”, de Adela Cortina com edição da Loyola, em texto do publicitário Eduardo Murad, que é professor em diversas instituições cariocas; e ainda “Ética e Comunicação Organizacional: momento de reflexão”, organizada por Clóvis de Barros Filho com edição da Paulus, analisada pela RP e professora da ECA/USP e Universidade Metodista de São Paulo, Maria Aparecida Ferrari. Além disto, no “Espaço Aberto” constam as contribuições do RP e professor da UEL/PR Renato Dias Martins, com o texto “Terceira linguagem: discurso mercadológico com credibilidade construindo reputação nas organizações”; da jornalista e professora da Faculdade Cásper Líbero/SP Heloíza Matos, com “Capital social, Internet e TV: controvérsias”; e da professora da Universidad Católica Andrés Bello/UCAB, de Caracas/Venezuela, Agrivalca Canelón, no artigo “La marca bancaria: un ejemplo de cómo se administra el Capital de Relación”.

NOME - A palavra grega “organicom” tem a conotação de “melodioso, harmonioso”, expressando a função primeira da publicação: de funcionar como um canal de integração entre a academia e o mercado, colaborando para eliminar desencontros tanto de linguagem quanto de conceitos. O termo também pode ser associado ao adjetivo português “orgânico”, que remete ao mesmo sentimento, o de algo que trabalha com complexidade orgânica, assimilando informações de diversas partes de um conjunto para a consecução de um objetivo único, como um organismo vivo. Além disso, “organicom” remete, foneticamente, ao conceito de Comunicação Organizacional, campo que representa o foco da publicação.

As duas primeiras edições já estão esgotadas. Seus temas foram "Comunicação e mudança cultural nas organizações" e "Avaliação e mensuração em Comunicação Organizacional", ambas disponíveis na íntegra para download no formato PDF no site exclusivo da revista. Os demais números estão sendo comercializados e tratam sobre "Comunicação digital”, "Comunicação pública e governamental", "Relações Públicas: campo acadêmico e profissional", "Comunicação de risco e crise: prevenção e gerenciamento" e "Identidade Marca e Gestão da Reputação Corporativa". Participam atualmente da equipe Paulo Celestino da Costa Filho como Editor Executivo e Leandro Orsolini Duarte como Coordenador de Produção. Na Produção Executiva está Rosângela Zomignan, tendo Perolah Caratta na Assistência de Produção e Comunicação e Else Lemos na Revisão e Normatização. A responsabilidade sobre assinaturas é de Tatiana Moura.

Os exemplares da Organicom podem ser adquiridos por meio de assinatura válida para todo o território nacional, no formato anual (dois exemplares) a R$ 50,00, ou então bianual (quatro exemplares) a R$ 100,00. Também é possível adquirir os exemplares avulsos a R$ 25,00 cada através do e-mail assinaturas@revistaorganicom.org.br, desde que haja disponibilidade da edição desejada - neste caso, há acréscimo da taxa de correio ao valor da revista. Para mais informações, fale com Perolah Caratta na Avenida Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 - bloco 22, sala 30 na Cidade Universitária da USP em São Paulo/SP, pelo fone/fax 11-3091-2949. Mais dados no site www.revistaorganicom.org.br .

Celebrity Twitter Overkill: SuperNews!

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Recentemente postamos um vídeo muito engraçado sobre o Twitter (confira aqui).
Agora, postamos a sequência que fala sobre a participação de celebridades no microblogging.
Infelizmente está em inglês. Não achei a versão com legendas em português.
Quem souber, por favor, envie para o Ser.RP (jr2.tcc@gmail.com).



Mais sobre o Twitter>

Profissionais discutem o impacto da crise nos eventos e sua influência no formato do segmento no futuro

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O capítulo brasileiro da Meeting Professionals Internacional/MPI (http://www.mpibr.org/) acredita que a crise financeira afetou também o segmento de eventos corporativos e deve mudar a forma de produzir esses encontros daqui para frente. Um foco maior em mensuração de resultados vai ser a premissa das grandes companhias antes de investir nessas ações de relacionamento. Para analisar e consolidar esta percepção, foi organizado, no dia 15 de maio de 2009 no Sheraton WTC Convention Center em São Paulo/SP, o Seminário sobre Estratégias e Planejamento de Eventos Corporativos – O Futuro dos Eventos. A ação reuniu cerca de 200 profissionais de sete estados brasileiros.


Eventos são uma plataforma, uma disciplina de marketing em crescimento, inclusive porque também são uma forma de gestão e de recursos humanos. Esta é a opinião do vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Anunciantes/ABA, Rafael Sampaio, e entre as razões atribuídas para esta importância estão a possibilidade de fazer o que não pode ser feito por outras plataformas, por impedimentos legais ou “ausência de corpo” (presencialidade por vezes impedida diante das intermediações tecnológicas de várias formas de expressão organizacional na atualidade), e ainda a construção e o fortalecimento de marcas, prestando suporte a outras disciplinas, como relações públicas, propaganda e promoção. Além disto, ele aponta que eventos são uma boa ferramenta para criação de comunidades, com alto grau de fidelidade, afora permitirem mensuração de ROI – Retorno sobre Investimento em todo seu processo (satisfação e percepção, aprendizagem, impacto nos negócios, aplicações derivadas). Sampaio acredita que eventos têm missões estratégicas e táticas que precisam ser bem desenhadas, reunindo diversos “públicos” para múltiplos objetivos. “Dão vida e transcendência ao posicionamento da marca com a geração de experiência”, complementa.

Como tendências, o executivo prevê que o conceito de “contas” de eventos, como processo integrado de gerenciamento das ações com resultados em distintos prazos – tal como acontece com a administração das verbas publicitárias, deverá ser implantado no setor, não só focando em divulgação e execução, áreas priorizadas atualmente na contratação de fornecedores esparsos. E visualiza uma maior sofisticação estratégica, criativa e operacional, com alongamento significativo do envolvimento do prestador de serviços numa gestão logística mais complexa com aplicação racional de recursos. De outro lado, entende que o caminho é da organização de eventos de maior porte e impacto, realmente grandiosos dentro de investimentos mais direcionados. Além disto, vê a perpetuação de eventos, que nunca efetivamente terminam, com o encadeamento das edições e com a extensão virtual dos relacionamentos, preenchendo o tempo entre os momentos físicos predeterminados. Daí que Sampaio aponta o incremento da interatividade em todas as etapas, numa visão colaborativa para tomada de decisões. A sustentabilidade é outro tema de impacto.

CONEXÕES – A importância do evento para construção de marca foi o tema de Stephan Younes, gerente de Marca da Unimed Rio. Para ele, a relação da pessoa impactada com a comunicação acontece com cores, signos, imagens, sons, cheiros. O envolvimento é melhor quanto mais multisensorial for, até porque há uma ativação cerebral intensa na ebulição das emoções e uma maior fixação na memória. “O que as empresas desejam são relações duradouras”, diz ele, “então é inadiável o investimento em eventos”. E acrescenta: “os eventos é que ajudam a estabelecer as conexões emocionais e os vínculos que a gente precisa”.

Para posicionar-se de maneira antagônica à característica típica de sinistralidade ou da ênfase na tecnologia oferecida dos planos de saúde, a cooperativa optou pela ênfase na qualidade de vida, para despertar sensações positivas. A opção não se expressou somente na propaganda, porque era necessário tangibilizar a proposta através dos eventos e patrocínios (como de 23 times de futebol em todo o país, peças de teatro e shows, festivais como Planeta Atlântida). Na era dos intangíveis, com consumidores híbridos e muito exigentes, concorrência indireta, novas mídias, queda das barreiras geográficas, o evento é o grande catalizador. “A idéia é entrar na vida das pessoas, buscando entrar na cabeça e no coração”, resume.

Paulo Zottolo, CEO da Maior – empresa do Grupo ABC, e já tendo passado pela presidência da Nívea e da Philips, acusa que o evento é visto como algo secundário, pontual e sem conexão estratégica com as demais expressões. Defende então os eventos “on demand” (feitos de maneira personalizada a partir de um briefing pronto do cliente) e mais ainda o modelo proprietário (criado especificamente para uma empresa, com geração de produtos associados e maior longevidade). O executivo não vê sucesso em eventos sem um atrelamento à forte estrutura de mídia, que garanta visibilidade e gere conteúdos que extendam a repercussão nos meios de comunicação e agreguem valor a longo prazo.

O grande escrutínio da imprensa norte-americana sobre a indústria de eventos, sobremaneira pelo uso da área com foco motivacional para funcionários de empresas recentemente auxiliadas pelo Governo Obama, além de foco mercadológico em convenções de vendas, foi o exemplo de mudança trazida pela crise citado por Didier Scaillet, VP Global Development da MPI. Segundo a opinião da mídia, a austeridade na aplicação de verbas deve passar pelo cancelamento de eventos. Esta visão da organização de eventos como “luxo” em tempos de crise é muito polêmica, tanto porque se baseia na alocação de orçamentos e não no resultado quantitativo e qualitativo que pode ser gerado antes, durante e depois da ação. De todo modo, isto está exigindo um apuro conceitual e estratégico maior dos profissionais da área, que devem apresentar de maneira mais consistente seu ramo e sua potencialidade. Para ele, a consolidação está passando pela desintermediação, com estruturas full-service e integrações do tipo alimentação – sediamento – hospedagem – organização no mesmo espaço e sob o mesmo responsável. A cadeia de fornecimento pulverizada em vários negócios perde unidade e valor, no entendimento do executivo.

Outra tendência apontada seria a “co-opetition”, que é a colaboração entre concorrentes para conquistar algum negócio, ou consolidar um local (cidade, bairro, região). Também destaca que é preciso diferenciar a oferta de preço e de valor, que são grandezas muito distintas tanto de percepção quanto de entrega de promessa do produto ou serviço. As novas gerações (chamadas “Y” ou “X”) estão crescendo e seus comportamentos precisam ser compreendidos, como a negação da opulência e do luxo e a busca por experiências autênticas e mais simples. O mercado de eventos ainda é fortemente impactado por regulamentações governamentais, como o caso da indústria farmacêutica que é impedida de realizar congressos em hotéis considerados “cinco estrelas” ou “resorts”. Por fim, Scaillet reforça a postura de pensamento global e ação local, ou seja, a visão globalizada dos processos mas com expertise local de implementação e adequação cultural.

Padraic Gilligan, diretor geral da Ovation, uma das maiores empresas de eventos do mundo com sede em Dublin/Irlanda, fez o encerramento do Seminário. Para ele, os eventos são cada vez mais conhecidos como ferramentas estratégicas. Todavia, por conta da crise, há uma retração nos investimentos em comunicação e marketing (cerca de 19% das verbas são agora alocadas em eventos) e isto afeta a área, exigindo agora profissionais e agências com maior compreensão de marca e conhecimento sobre finanças. Uma pesquisa da MPI em 2008 apontou que 44% das pessoas atribuem uma importância exponencial aos eventos, com 32% qualificando-os como ponto vital dos negócios. Uma parte da justificativa para este apreço reside na crença de que os eventos são uma comunicação personalizada e uma alternativa de aprendizagem à educação formal, e ainda alongam a experiência com as marcas, constituindo um apelo informativo e de entretenimento de maior valor.

Um panorama positivo é, na opinião de Gilligan, é o crescimento da indústria da hospitalidade no mundo, até pela consciência das pessoas em dosar o tempo do trabalho com os proveitos pessoais. Além de apresentar tendências e como as empresas estão administrando os investimentos em eventos, os debatedores mostraram qual é a postura atual dos profissionais responsáveis pelo planejamento estratégico das companhias. “Hoje, cada vez mais, é essencial mostrar a importância da mensuração de resultados e valores pré e pós eventos (ROI)”, analisa Elizabeth Wada, diretora da MPI.

ASSOCIAÇÃO - A Meeting Professionals Internacional/MPI (http://www.mpiweb.org/) funciona desde o final da década de 1970. Atualmente, a entidade sem fins lucrativos está em operação em 65 países e tem mais de 25 mil associados. Procura agregar representantes de toda a cadeia produtiva envolvida na preparação de um evento e, principalmente, ser um pólo disseminador de conhecimento e boas práticas no mercado . Nos últimos anos, recebeu membros brasileiros de forma esporádica. Em dezembro de 2007, o Capítulo Brasileiro da MPI foi oficialmente implantado e hoje conta com cerca de 60 profissionais associados. Alinhado à missão e à visão de MPI, a representação brasileira objetiva tornar bem sucedidos os profissionais brasileiros, por intermédio de relacionamento e troca de experiências no país e no exterior.


RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674
Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas (http://www.mundorp.com.br/)

Explorar o universo virtual é a nova missão da Nasa

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O astronauta Mike Massimino terá seu nome gravado na história das viagens espaciais por ter participado da última missão de reparo do telescópio Hubble em plena órbita da Terra, mas também por ter sido o primeiro homem a mandar mensagens pelo site de relacionamento Twitter do espaço.

"Da órbita: o lançamento foi ótimo! Estou me sentindo muito bem, trabalhando duro e aproveitando vistas magníficas, a aventura de uma vida começou", escreveu Massimino em 12 de maio. Nos 13 dias que esteve fora da Terra, o astronauta escreveu 34 mensagens e atraiu 349 mil seguidores, pessoas interessadas em saber o que ele fazia ou deixava de fazer no espaço. Desde domingo, quando retornou à Terra, ele já colocou pelo menos cinco novas mensagens na web.

Curiosa - afinal, de onde um astronauta tira tempo para entrar na internet -, a iniciativa não é exatamente nova para a agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa. Há um ano, a sonda espacial Phoenix tornou-se a primeira máquina a usar o Twitter para enviar mensagens sobre seus dias em Marte. A presença no site, que é a sensação do momento na internet, também não é uma iniciativa pontual, mas parte de um projeto ambicioso de fincar a bandeira da Nasa nas redes sociais. "Onde as pessoas estiverem, nós estaremos", diz Jeanne Holm, arquiteta-chefe da gestão do conhecimento da Nasa, que veio ao Brasil pela primeira vez para participar do Global Make Conference 2009, em São Paulo.
Em entrevista exclusiva ao Valor, ela falou sobre a exploração desta fronteira. De acordo com Jeanne, o movimento começou há quatro anos. "Percebemos que o site era muito acessado, mas com as pessoas vindo até nós, em vez de nós irmos até elas", diz. Pelas contas de Jeanne, o acesso ao site da agência pode chegar a 350 milhões de pessoas por ano.

Atualmente a Nasa está presente no mundo virtual com 32 perfis oficiais no Twitter, 23 comunidades no Facebook, 5 perfis no MySpace, 12 canais no YouTube e 4 ilhas no mundo virtual Second Life. É possível tirar dúvidas, conversar com engenheiros sobre projetos, colaborar diretamente com algumas iniciativas e ficar "amigo" da nave espacial Aura, que levará o homem à Marte e à Lua a partir de 2015.

Com essa presença maciça, a agência espacial quer se tornar mais transparente e divulgar trabalhos e pesquisas em áreas como saúde e ambiente, ganhando, em troca, mais relevância junto à população. "Todos conhecem o déficit e os problemas de orçamento do governo americano. Se as pessoas não gostarem do nosso trabalho não vai ter ninguém para reclamar caso ele decida cortar nossos recursos", diz.
Desde o fim da corrida espacial com a União Soviética, o destino da Nasa tem sido motivo de discussão nos Estados Unidos. Agora, com o plano de aposentadoria dos ônibus espaciais há um ano de ser colocado em prática, essas questões estão mais vivas. No início do mês, o presidente Barack Obama nomeou uma comissão para auditar os rumos do programa espacial americano. Na sexta-feira, ele indicou o ex-astronauta Charles Bolden para a sucessão no comando da agência.

Cortes de orçamento, entretanto, não são um horizonte visível. Partidário da maior abertura do governo na divulgação de informações e incentivador da inovação como mecanismo de desenvolvimento econômico, Obama colocou um crédito extra de US$ 2 bilhões para os gastos da agência entre 2009 e 2010, além de incrementar em 5% seus recursos para o ano que vem, chegando a US$ 18 bilhões. Entre as prioridades de trabalho estão estudar e monitorar as mudanças climáticas do planeta e levar o homem de volta à Lua, entre outros destinos.

Para desbravar o universo virtual, Jeanne conta com voluntários. "São 15 pessoas que dedicam boa parte de seu tempo livre ao projeto e centenas de colaboradores", diz. Tudo é feito seguindo regras de comunicação previamente elaboradas. Entre as recomendações estão não deixar os perfis 'morrerem' por falta de atualização e incluir algumas informações particulares nas mensagens. "Se não há um tom pessoal não tem sentido, é melhor fazer um comunicado oficial, nos moldes antigos", diz.Sobre o tempo para acessar a internet, Massimino não acessou seu perfil no Twitter durante a missão espacial. As mensagens eram enviadas à Nasa e colocadas na internet por alguém na Terra. Quanto à Phoenix, uma funcionária personificou o equipamento. Mas a tecnologia está evoluindo e, em breve, não haverá mais a interferência humana, diz Jeanne.



Branding experience é o foco do 13.Encontro de Marketing Promocional e Eventos

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O marketing promocional e a produção de eventos têm função estratégica para as empresas que querem e têm urgência de ampliar os pontos de contato com sua cadeia de stakeholders, sejam eles consumidores finais, acionistas, público interno, fornecedores, prestadores de serviços e formadores de opinião, por exemplo. Tudo se junta em um único liquidificador e essa batida reverbera de forma taylor made em todos esses públicos formando o que se convencionou chamar de branding experience. O marketing promocional já não é mais o mesmo e os eventos também não. Esta é a perspectiva de discussão do 13. Encontro de Marketing Promocional e Eventos nos dias 2, 3 e 4 de junho de 2009 no auditório da Escola Panamericana de Artes (R. Groenlândia, 77 - lado Hotel Unique) em São Paulo/SP, sempre entre às 19h e 22h30min. O evento tem como slogan “Descubra como criar experiências únicas entre o consumidor e a marca” e vai reunir nove profissionais de alto escalão das empresas mais conceituadas no mercado de marketing promocional para tratar sobre as estratégias de comunicação, os principais cases de promoções e eventos realizados no último ano no Brasil e as tendências e novidades em eventos internacionais no segmento.


A modernidade trouxe eventos como o recentíssimo “Skol Sensations” que reuniu em São Paulo consumidores e admiradores da marca para uma experiência interativa e única: todos os presentes compareceram vestidos de branco, uma sugestão da Playcorp, responsável pela organização do evento, para celebrar a paz. O legendário Rock in Rio, do portifólio da Artplan, foi pioneiro nesse tipo de abordagem. Não dá para dizer o que é melhor ou mais eficiente, o certo que há uma separação nítida do joio do trigo. Leia-se joio como aquilo que não é interessante do ponto-de-vista mercadológico para uma marca. Como as análises de orçamentos estão sendo feitas com requintes nunca vistos antes, os clientes estão exigindo idéias consistentes e projetos certeiros. A sofisticação das idéias de grandes profissionais escalados para o encontro garantem que ações promocionais, sejam elas de ativação, geração de conteúdo, pontos-de-venda, trade market, samplings, internet, eventos corporativos como feiras, seminários e convenções, ou shows de grandes astros da música, sejam feitas com precisão.


O programa inicia dia 2 de junho, com Gustavo Aguiar, da Super Produções, falando sobre “Crise une construção de marca e conversão de vendas”. Criatividade em marketing é expressão recorrente em tempos de crise. Nessas ocasiões, os orçamentos são esmiuçados à exaustão. Ele, que é responsável pelas áreas de atendimento e planejamento, sabe muito bem disso. Formado em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica/RJ, tem experiência nos dois lados do balcão, recursos e conteúdos que utiliza nos jobs que executa com sua equipe na agência para clientes como Dove, Frutare, Nokia, Omo, Renner e Sundown, por exemplo. Foi trainee de marketing na Souza Cruz e gerente de produto na Unilever onde cuidou da Marca Rexona e foi responsável pelo projeto esportivo Centro Rexona de Voleibol, que contava com Bernardinho como técnico e a ex-jogadora Ana Moser como coordenadora de projetos sociais. Ações de PDV e eventos são exemplos de atividades diretamente ligadas ao consumidor. Tempos de crise catalisam a parceria entre construção de marca e conversão de vendas. Na atual conjuntura, as boas atividades de comunicação serão as que costurarem disciplinas on e off da maneira mais adequada para suas marcas. Como receber um case internacional, materializar seu conceito e agregar valores locais sem descaracterizar a mensagem central é o expertise da Super Produções que vai ser repassado na palestra com o case “In an Absolut World – a marketing case full of surprises”, a ser detalhado do briefing e relação com o cliente até a implementação, enfocando sua adaptação para realidade brasileira.


Na seqüência da mesma noite, vem José Cardoso, do Banco de Eventos, com o tema “Convergência é palavra-chave na hora de ativar”. O discurso é recorrente, mas há muitas formas para a sua condução. O certo mesmo é o perfil do marketing promocional vem sofrendo transformações pontuais nos últimos anos. A tecnologia tem exercido influência nesse comportamento. Se antes a especificidade dá o tom do jogo, agora ela passa a ser peça de um tabuleiro de xadrez cada vez mais intricado. Nesta palestra, ele vai destacar como as ferramentas promocionais estão cada vez mais convergentes e quem ganha com a mistura de mobile, internet, eventos, promoção e relacionamento. Cardoso não vai ser didático e nem um pouco teórico na sua abordagem: a evolução do marketing promocional vai ser a base, porém com cases vitoriosos usados como ilustração, como da Grendene para lançar uma versão da sandália Rider, em que o aparato promocional foi montado em um porta-aviões no Rio de Janeiro, ação que hoje poderia ter o rótulo da segmentação. O Skol Rio, megaevento desenvolvido para promover a marca de cerveja do Rio de Janeiro, envolveu o trade e a maioria dos bares do tradicional bairro boêmio da Lapa. “Vou buscar trabalhos do passado e do presente para ter uma discussão bem leve com a platéia. O marketing promocional ficou muito amplo e sua graça está na convergência e integração de todas as possibilidades”, afirmou. Formado em Desenho Industrial, trabalha no Banco de Eventos desde 2002 onde comanda uma equipe de 25 profissionais.


Simone Veiga vai abordar a “Nova identidade visual da CC&M e case do Pão de Açúcar”. Com 18 anos de atividades, a agência CC&M é especializada em ações de marketing promocional e organização de eventos e está alterando a programação do seu site (www.ccm.com.br) e introduzindo uma série de features. A estrutura é dirigida por do empresário Luiz Leite e tem em Simone sua diretora das divisões de planejamento e comunicação. O “Pão de Açúcar Kids” vai ser detalhado, constituído por uma corrida para crianças cuja 10ª edição aconteceu há cerca de um mês e a próxima já está agendada para outubro de 2009. Participaram da ação quatro mil jovens atletas sempre na companhia dos pais. “O projeto gera um boca a boca enorme nas escolas, condomínios, clubes e festas”, diz Simone, que é jornalista com especialização em marketing e está a 16 anos no mercado. A agenda do primeiro dia é completada pela presença do VJ Alexis, da Visual Farm.


No dia 3, Augusto Cruz, da Agência Mood, trata de “A diferença da boa idéia na comunicação: casos de promoção, PDV e patrocínio”. O cenário econômico só reforça o que está acontecendo há algum tempo na relação das empresas com as agências e com o tema comunicação. O que se vê é cada vez mais o imediatismo por parte dos anunciantes nos resultados e a necessidade de redução de custos a qualquer circunstância. Com isso, as ferramentas que mais se destacam para que esse objetivo seja alcançado são as ferramentas que chamamos de Bellow the Line. Sorteios no Brasil fazem a diferença no ato da compra e chamam a atenção através do senso de oportunidade e alto impacto. Os materiais de PDV, um bom treinamento para os vendedores, uma campanha de incentivo e um evento de experiência, também potencializam as vendas e com isso ganha-se mais forças na hora da alocação das verbas. É nesta perspectiva que vai ser destacada a diferença que uma boa idéia faz em qualquer segmento da comunicação, através da mostra de três cases diferentes: uma promoção, uma ativação de PDV e uma ativação de patrocínio, que comprovam toda eficiência do setor e ainda foram premiados em 2008. A agência está há três anos neste mercado, trabalhando para grandes clientes, com parceria com agência de publicidade como a Lew’Lara\TBWA, tendo excelentes resultados para os clientes por ser definitivamente uma comunicação integrada alicerçada em uma grande idéia.


Marco Scabia, da Mix Brand Experience, vem logo em seguida, com a palestra “Gerar visibilidade através de projetos proprietários”. As fronteiras estão cada vez mais tênues no negócio da comunicação de marketing. Toda a cadeia de fornecedores precisa ficar atenta às novas ofertas da era da integração e da convergência de meios para gerar e aproveitar pontos de contato eficazes com os consumidores. Um dos exercícios que o executivo faz é observar como oferecer soluções práticas para gerar sinergia para marcas, produtos e serviços. “Eu e meus sócios debatemos exaustivamente na agência a pertinência do below the line ou beyond the line, como preferirem, da necessidade de se oferecer soluções no-media para os clientes. Minha apresentação será exemplificada com vários cases que produzimos e que geraram resultados surpreendentes, pois eles vão direto ao ponto. Sempre com o propósito de gerar visibilidade e retorno para os investimentos realizados pelos patrocinadores”, explicou. Um dos cases que Scabia vai apresentar é o “Árvore dançante da ponte Estaiada”, elaborado para o cliente Sul América INC. Ele aproveita e valoriza a arquitetura da cidade de São Paulo sem entrar em conflito com as regras do projeto Cidade Limpa. “Um jogo de luzes monumental iluminou a nova ponte paulistana e gerou uma série de benefícios, primeiro porque foi algo que valorizou a obra arquitetônica e possibilitou um espetáculo para quem estava circulando naquele pedaço da Marginal Pinheiros. As pessoas podiam escolher música pela internet que a Rádio Sul América colocava no ar e o som exercia influência no jogo de luzes. Muitos pinheiros também integravam a decoração do espaço. O que sabemos é que muitas verbas estão deixando a mídia convencional para serem aplicadas em eventos e marketing promocional. Temos ações que geraram R$ 12 milhões de mídia espontânea e foram vistas por 40 milhões de pessoas”, complementa. A árvore de natal do Grupo Santander Brasil também está na minha seleção de cases. Formado em Engenharia, o empresário fundou Gilbraltar, segundo site de leilões e-commerce do País. Logo depois, assumiu a presidência do Arremate.com, comandando por quatro anos a operação da empresa de leilões virtuais no Brasil. Em 2003, fundou a Agência do Impossível, voltada para soluções de negócios e comunicação diferenciados para grandes marcas.


No encerramento da segunda noite, Fábio Fronterotta aborda “Experiências full promotion na Front360”. Com ampla experiência nas disciplinas de marketing promocional e eventos, é ex-diretor da FC2 Marketing Promocional e da RF Full Promotion. Adquiriu uma respeitada carteira de clientes para os quais desenvolveu jobs, entre os quais para a Land Rover, Revista Vip, Jack Daniel’s, Ofner, Souza Cruz e Sundown Motos. Ele explica que a Front360 não é apenas mais uma agência do segmento. “Trata-se da consolidação do trabalho feito anteriormente em duas agências com focos diferentes e que ganharam o respeito de seus clientes em serviços oferecidos há 10 anos quando nem se falava em marketing de relacionamento e promocional”, afirmou, acrescentando que a estrutura está preparada para atender um mercado que é dinâmico por natureza e que exige responsabilidade às marca e seus respectivos produtos. Entre os cases de sua trajetória estão o Guarujá Verão Show; Campos Winter Festival, agendado todos os anos no período de inverno em Campos do Jordão; festas para a revista Revista Vip; e o megaevento de lançamento do Freelander 2, da Land Rover, realizado em Porto de Galinhas. Uma expedição em Tocantins feita num percurso de 500 quilômetros contou com a presença de 30 jornalistas para a mesma marca.


O último dia do Encontro, em 4 de junho, traz Fernanda Flandoli da B/Ferraz com o tema “Planejamento desenha conceito e estrutura de posicionamento”. Ela é diretora de Planejamento Estratégico desta agência que integra holding ABC e materializa o lado B, de below the line. Foi Agência do Ano do Colunistas Promo de 2008 e também foi a mais premiada no Ampro Globe Awards de 2007. Ela explica que as estratégias passam por várias instâncias antes das campanhas chegarem ao consumidor final, o que, na sua avaliação, valoriza o trabalho elaborado para os clientes. O planejamento estratégico é uma das primeiras etapas, estabelecendo a relação exata entre os objetivos do cliente e o planejamento da campanha. “O planejamento não diz como vai ser, mas desenha a estrutura do posicionamento e do conceito do negócio”, disse.


Paulo Leal, da Mondo Entretenimento, fala sobre “Marcas vice-líderes são as que mais criam experiências de marketing” na mesma noite. Um dos principais executivos da atualidade, tem opinião formada sobre o modo de executar experiências com consumidores: marcas vice-líderes têm mais ousadia e determinação para aprovar ações com esse perfil. Vai mostrar que as empresas que dominam market share setoriais tende a ficar acomodadas e observar à distância movimentos dos concorrentes que para elas são até certo ponto inofensivos, porque sua postura agrega valores comoditizados e que podem interferir no conjunto da obra em algum momento. Os players que disputam colocações intermediárias de mercado tendem a fazer apostas mais criativas no âmbito dos eventos, sejam eles corporativos ou para o público final, e nos projetos de experiência e geração de conteúdo para marcas, produtos e serviços. “Venho observando esse comportamento há alguns anos e vejo que os fornecedores desse tipo de serviço agregam mais valor aos cases originados das marcas vices. As liderem tendem à acomodação”, relatou. Vários cases de empresas que estão no topo de faturamento das áreas de telefonia móvel, bebidas, tecnologia, serviços e do segmento automobilístico, são muito conservadoras na hora de aprovar projetos relacionados a experiências e produção de conteúdos. “Embora tenham receitas menores, marcas que estão nas segundas e terceiras posições têm respostas mais rápidas das suas propostas nessa direção devido à sua ousadia”, disse Leal, que já atuou na AlmapBBDO, TVA, ESPN, Disney, Dream Factory e foi sócio da antiga CIE atual Time for Fun.


As atividades são finalizadas com Ricardo Kowarick, da Vogue.



PROGRAMAÇÃO


Dia 02
Gustavo Aguiar - Super Produções
José Cardoso – Banco de Eventos
Simone Veiga – CCM
VJ Alexis – Visual Farm

Dia 03
Augusto Cruz – Agência Mood
Marco Scabia – Mix Brand Experience
Fábio Fronterrota – Front 360

Dia 04
Fernanda Flandoli – B/Ferraz
Ricardo Kowarick - Vogue
Paulo Leal - Mondo


Para fazer a inscrição é necessário efetuar depósito bancário na conta Itaú - Ag. 0660 c/c 91.678.4, em nome de Editora Referência Ltda, e depois passar comprovante de pagamento para o fax 11-3051-2423 ou e-mail pscarneiro@mensagemecia.com.br, com os dados do participante (nome, empresa, telefone e email). Os valores são R$ 400,00 e R$200,00, respectivamente para profissionais e estudantes, onde estão incluso o acesso ao auditório nos três dias e coffee-break.


O 13. Encontro é uma realização do Jornal Propaganda e Marketing da Editora Referência e da PS Carneiro Eventos, com apoio da AMPRO, portal Promoview, BandNews FM e International Festivals & Events Association/IFEA. A organização é feita pela Mensagem&Cia Eventos, sob patrocínio da agência Mood, Doze Comunicação de Impacto e Super. Outras informações podem ser obtidas pelo 11-3051-2423 e 2063-4227, no email pscarneiro@mensagemecia.com.br ou ainda no hotsite www.pscarneiro.com.br/13encontrodemkteventos .

Antes intocáveis, petrolíferas vão aos tribunais

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Nova York, 25 de Maio de 2009 - Quatorze anos após a execução do escritor e ativista nigeriano Ken Saro-Wiwa, pela antigo regime militar da Nigéria, a Royal Dutch Shell vai aparecer perante um tribunal federal em Nova York para responder às acusações de crime contra a humanidade em conexão com sua morte.


O julgamento, programado para começar nesta quarta-feira, vai examinar as alegações de que a Shell pediu a ajuda do antigo regime nigeriano para silenciar Saro-Wiwa, um crítico feroz, além de pagar os soldados que executaram os abusos aos direitos humanos no rico em petróleo mas empobrecido delta do rio Niger, onde a empresa mantinha operações.


A Shell nega veementemente as acusações. Mas o julgamento é o mais recente de uma série de casos direcionados para algumas das maiores empresas petrolíferas do mundo, declarando crimes no mundo em desenvolvimento onde eram antes vistos como inatacáveis.


As empresas petrolíferas estão sendo processadas por danos ambientais, conivência com governos repressores e por abusos aos direitos humanos, entre outras acusações.


A Chevron, por exemplo, pode receber multa de US$ 27 bilhões por poluir a floresta. A Exxon Mobil é processada pelos aldeões indonesianos da província de Aceh, que denunciam abusos dos direitos humanos cometidos por soldados contratados para guardar uma usina de gás natural.


Essas impugnações legais são só os mais recentes testes para um setor cada vez mais pressionado para encontrar novas fontes de petróleo no mundo.


O caso mais proeminente de suposta cumplicidade da empresa - a execução de Saro-Wiwa e de oito outros membros da tribo Ogoni - incitou protestos ferozes contra a Shell, que já era alvo de fortes críticas por parte de ambientalistas por seu histórico no delta do rio Niger. O episódio, que deflagrou condenação mundial da Nigéria, induziu mudanças no modo como a Shell se relaciona com as comunidades na Nigéria e em outros países.


Grupos rebeldes


Embora o regime civil tenha retornado para a Nigéria, a violência no delta escalou nos últimos anos, insuflada pela pobreza, corrupção e suborno. Na semana retrasada, houve uma nova rodada de combates entre forças do governo e grupos rebeldes militantes, que declararam "guerra total" na região e ameaçaram as operações de empresas petrolíferas.


Produção no rio Niger


O processo civil foi aberto pelos parentes de Saro-Wiwa e de outras vítimas do antigo regime militar da Nigéria, que estão aproveitando a decisão da Corte Suprema que concede às vitimas de abusos aos direitos humanos uma medida de acesso aos tribunais dos Estados Unidos.


O processo declara que, no início dos anos 90, a Shell passou a se preocupar com a campanha de Saro-Wiwa para protestar contra o impacto da produção de óleo por todo o delta do rio Niger. A ação afirma que a Shell temia que as atividades de Saro-Wiwa interrompessem suas operações e maculassem sua imagem no exterior, e "procurou eliminar essa ameaça, por meio de uma campanha sistemática de violações aos direitos humanos".


A Shell informou que as alegações eram "falsas e desprovidas de mérito". Numa nota, Stan Mays, porta-voz da empresa, disse: "A Shell de forma alguma incentivou ou defendeu qualquer ato de violência", e, de fato "tentou persuadir esse governo a conceder clemência".


O caso pode ter repercussões globais para o setor petrolífero, disse Arvind Ganesan, diretor de práticas de negócios e de direitos humanos da Human Rights Watch.


Na década passada, as empresas petrolíferas foram cada vez mais pressionadas a seguir os padrões estritos de comportamento enquanto operavam em países com históricos de direitos humanos fracos e poucos controles democráticos. "A lição aqui é que esses casos não vão desaparecer", disse Ganesan. "Se um juri decidir que a Shell é culpada, isso mudará o comportamento do setor rapidamente", disse Ganesan.


Filho entra na briga


O processo foi aberto pelo Centro pelos Direitos Constitucionais, um escritório de advocacia de Nova York especializado em direitos humanos, em nome do filho de Saro-Wiwa e de outros autores da ação que fugiram do regime militar da Nigéria e não confiavam que poderiam processar a Shell nos tribunais nigerianos mesmo depois que o regime civil retornou em 1999.


O processo atual avançou com base na Alien Tort Claims Act (Atca), um lei misteriosa escrita em 1789 para combater a pirataria, que é cada vez mais usada nos processos que alegam violações dos direitos humanos que ocorreram no exterior. A Corte Suprema decidiu por 6 a 3 em 2004 que os estrangeiros podem usar os tribunais dos Estados Unidos em casos limitados, como crimes contra a humanidade ou tortura.


Embora os Estados soberanos não possam ser processados, os tribunais dos Estados Unidos aceitaram que o uma ampla variedade de atores, como corporações, podem ser responsabilizados. Até agora, nenhuma corporação foi considerada culpada pela Atca, embora os defensores dos direitos humanos tenham observado que diversos casos ainda tramitam pelo sistema judiciário.


Em 2004, a Unocal, uma empresa petrolífera da Califórnia acusada de usar trabalho escravo na construção de um oleoduto em Burna durante os anos 90, fechou acordo para compensar os aldeões lá. Os termos do acordo não foram divulgados. No ano passado, a Chevron foi inocentada de má conduta por um juri depois de ser acusada de cumplicidade nos disparos feitos contra os aldeões nigerianos que ocupavam uma barcaça de petróleo em alto mar em 1998 para protestar contra seus históricos ambientais e práticas de contratação.


Domínio no delta


As atividades da Shell no delta do rio Niger, uma região de mangues e pântanos, quase do tamanho do estado de Maryland, onde a maior parte das reservas de petróleo estão localizadas, há muito são criticadas pelos ambientalistas. A Shell perfurou o primeiro poço bem-sucedido do país em 1956 e, desde então, domina o setor de petróleo da Nigéria, atravessando décadas de guerra civil, regime militar e governos autoritários.


Nos últimos anos, os protestos contra a corrupção do governo tornaram-se mais violentos. As operações da Shell, em particular, têm sido atacadas por grupos militantes que querem ter um participação maior na riqueza de petróleo do país.


Uma esperança do pai


Para Ken Saro-Wiwa Jr., que voltou para a Nigéria do exílio em 1999, o julgamento pode oferecer defesa agridoce da campanha de seu pai. "Meu pai sempre disse que um dia a Shell seria levada a julgamento", disse Saro-Wiwa, que agora trabalha como consultor para o governo em assuntos relacionados às comunidades. "É importante que aqueles que se envolveram em conspiração contra meu pai sejam responsabilizados. É um exorcismo comunitário, se quiser chamar assim, para a Shell prestar contas e assumir responsabilidade pelo que fez".


Ativista influente


O Saro-Wiwa mais velho, que fundou o Movimento para a Sobrevivência dos Povos Ogoni em 1990, foi um dos críticos mais expressivos da Shell pelos danos que causou às comunidades do delta, incluindo a queima de gás natural e a destruição de mangues para abrir caminho para os oleodutos. Segundo os documentos do processo, um alto executivo da Shell identificou Saro-Wiwa como sendo "influente" na organização de protestos e pediu a ajuda do governo nigeriano para silenciar o ativista.


A empresa é também acusada de pagar os soldados que cometeram os abusos aos direitos humanos e forneceu para eles transporte, inclusive helicópteros. Durante um assalto militar, uma autora da ação, Karalolo Kogbara, foi ferida pelos soldados nigerianos enquanto ela discursava contra a destruição de safras esmagadas por motoniveladoras para a construção de um oleoduto. "Não estamos dizendo que a Shell fez negócios num lugar ruim", disse Jennie Greene, advogada do Centro pelo Direitos Constitucionais. "A Shell estava presente aqui. A Shell não estava só ali perto".


Saro-Wiwa foi preso em 1994 e levado a julgamento num tribunal militar especial junto com outros defensores dos Ogoni, sob acusações que segundo os grupos de direitos humanos e os governos ocidentais foram forjadas. Apesar da pressão internacional, a Shell inicialmente recusou-se a intervir, informando na época, "a empresa não se envolve em política".



O processo acusa que a Shell subornou pelo menos duas testemunhas importantes para mudar seus depoimentos durante o julgamento. Também afirma que o gerente da Shell na época, Brian Anderson, encontrou-se com Owens Saro-Wiwa, irmão de Ken e também autor da ação, e tentou pressionar o ativista preso a abandonar sua luta em troca de ajudar para sua libertação. Owens recusou. Finalmente o presidente da Shell enviou um fax para o general Ani Abacha, governante militar da Nigéria, com pedido de perdão depois que o recurso de Saro-Wiwa foi negado. O fax chegou muito tarde: Saro-Wiwa e outros ativistas foram enforcados em 10 de novembro de 1995.


A Shell negou que tenha procurado silenciar Saro-Wiwa. "A Shell tentou persuadir esse governo a conceder clemência; para nosso profundo arrependimento, esse apelo - e os apelos de muitos outros - não foi ouvido", informou a Shell na nota. "Ficamos chocados e tristes quando ouvimos as notícias", acrescentou.



(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 4)(The New York Times)



Brincando de Facebook

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RUY CASTRO


RIO DE JANEIRO - Há dias venho recebendo mensagens de pessoas convidando a que me registre em algo chamado Facebook para "me tornar amigo" delas. A maioria é de gente que não conheço, nem identifiquei pelo retratinho 3 x 4 que acompanha a mensagem. Como vivo desconfiado quanto às novidades da internet, temo que seja mais uma pegadinha para me plantar um vírus e arruinar o meu, com todo respeito, disco rígido.


Mas outras mensagens vêm de amigos próximos e ocasionais, antigos colegas de faculdade ou de jornal e até uma ex-namorada. Como não sabia que estava rompido com algum deles, não entendo por que, de repente, essa ânsia a que eu "me torne amigo" deles. E, no caso, para que me registrar no Facebook? Não basta pegar o telefone ou mandar um convencional e-mail reafirmando a amizade?


Não. Estudando melhor a proposta, descubro que, registrando-me no Facebook, posso "manter contato com amigos, partilhar fotos ou criar meu próprio perfil". Eba! Como pude viver até hoje sem essas facilidades? Até então, para "manter contato com amigos", eu tinha de descer do prédio, atravessar a rua e encontrar os ditos amigos na praia ou no botequim. O Facebook me livrará dessas práticas toscas.


Em outro parágrafo, o Facebook me convida a "criar uma conta pessoal". Mas adverte que, se eu "estiver aqui para representar uma banda, negócios ou produtos", devo primeiro "criar uma página do Facebook". Aí já não gostei. Não "estou aqui" para representar uma banda, seja o que isso signifique, e evito fazer negócios com amigos que acabei de adquirir no Facebook, mesmo que já sejam íntimos e de outros Carnavais.Se entrar para o Facebook, prometo não representar bandas, nem fazer negócios ou oferecer produtos, e brincar todos os dias de partilhar fotos com meus amiguinhos.


O blogueiro deveria corrigir o português dos leitores?

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Final de 2007, se não me engano. A ESPN Brasil exibia o “Bate-bola - segunda edição”. O apresentador João Carlos Albuquerque informou que Kaká havia acabado de ser premiado com a Bola de Ouro, o tradicional prêmio concedido pela revista “France Football” ao melhor jogador do ano. O programa então mostrou uma entrevista gravada com o jogador, ao longo da qual Kaká falou da alegria de ter sido escolhido e informou: “Esse prêmio vai para a minha sala de TROFÉIS”.


A entrevista prosseguiu por mais alguns instantes até que a transmissão voltou para o estúdio. Albuquerque tomou a palavra e falou (cito de cabeça): “Esse é um programa assistido por muitos jovens. Então, temos também uma função educativa. O plural de palavras terminadas em ‘éu’ é sempre ‘éus’. Chapéus, troféus, réus e assim por diante”.


Sem citar Kaká e o seu atentado gramatical, Albuquerque deu uma lição magnífica, ao vivo – mostrando que um bom jornalista precisa ter cultura e jogo de cintura, além de consciência sobre o seu papel num país com tantas deficiências quanto o Brasil.


Nesta quarta-feira, mais uma vez, me lembrei dessa história. A Rede Globo havia começado a transmissão de Fluminense e Corinthians e o narrador Cleber Machado descrevia o clima festivo no Maracanã – lotado para a partida. A câmera deteve-se então numa menina, vestida com as cores do Fluminense, que exibia um cartaz com uma declaração de amor a Ronaldo. A última frase dizia: “Torço muito por você, MAIS não hoje”.


O que fazer? Situação complicada, reconheço. Devo dizer que também não corrijo os erros de português que, eventualmente, aparecem em comentários aqui no blog. Deveria? Penso muito neste assunto, mas ainda não cheguei a uma conclusão.



Mauricio Stycer
É repórter especial do iG. Jornalista desde 1986, começou no Jornal do Brasil, passou pelo Estadão, ficou dez anos na Folha (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o Lance! e a Época, foi redator-chefe da CartaCapital e diretor editorial da Glamurama Editora. É carioca, mora há 22 anos em São Paulo e nunca deixou de sofrer pelo Botafogo.E-mail: mstycer@ig.com.br





Tecnologias móveis são a grande atração no mundo dos negócios em 2009

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As tecnologias móveis continuam como as principais tendências de investimento e crescimento no mercado para 2009. Atualmente, mais de 3 milhões de pessoas já usam a rede 3G na América Latina, sendo 57% brasileiros. Acompanhando características da vida contemporânea e também altas expectativas dos usuários, recursos avançados nos aparelhos - como câmera, música (MP3 e rádio), bluetooth e vídeo – estão perto de se tornar aparato básico. Daí que as grandes empresas do ramo já exploram a capacidade de transmissão móvel de dados, como navegação pela internet, e-mail, games, GPS, vídeo-chamadas, TV móvel e ainda aplicativos que dão acesso remoto ao ambiente do computador por celular. Estes foram alguns dos temas tratados no II Mobile 2.0, conferência organizada no dia 13 de maio de 2009 pela Corpbusiness no Hotel Grand Meliá Jardim Europa em São Paulo/SP. Cerca de 150 profissionais lotaram o salão de eventos e mostraram que inegavelmente, a despeito da crise, a área tende a atrair todas as atenções.

Um estudo divulgado recentemente disse que, nos próximos 24 meses, 27% dos não-usuários dos serviços móveis nos Estados Unidos planejam contratar algum serviço. Já 58% dos usuários que já têm serviços de dados móveis contratados assumem que, no mesmo período, planejam ampliar o consumo apesar do momento de retração. Na Europa, esse número é, respectivamente, 28% e 55%. Os cinco serviços mais desejados pelos consumidores são: Internet móvel, MMS, download e upload de fotografias e e-mail. No levantamento, 40% dos entrevistados querem esse serviço nos próximos 24 meses, mas mostra também que o custo do serviço é considerado elevado e a qualidade é um ponto a ser levado em consideração pelas operadoras. Os serviços mais comuns de torpedos serão cada vez mais uma forma fundamental de interagir com blogs pessoais e serviços on-line tais como Facebook, Twitter e MySpace. Com isso, o Gartner identificou algumas tecnologias sem fio que vão evoluir significativamente nos próximos anos, impactando no curto prazo as estratégias e políticas do mercado móvel e das organizações em geral. Entre elas, está o Bluetooth 3.0, os sensores de localização, o novo padrão de Wi-Fi 802.11n, que aumenta a taxa de transmissão de dados em três vezes, e as tecnologias de displays, que aumentam a vida útil da bateria e melhoram a qualidade da tela, permitindo o compartilhamento das imagens e informações de forma mais simples e fácil. O estudo também trata do Near Field Communication/NFC, que fornece uma maneira simples e segura de comunicação entre celulares em distâncias curtas, emergindo como um padrão líder para aplicações móveis, tais como pagamento móvel.

Apesar de o Brasil estar em patamar bem acima da média mundial no que tange ao uso das redes sociais (80% dos internautas nacionais freqüentam este tipo de canal), o acesso à internet pelo celular é de apenas 2,5%, e só 5% destes buscam redes sociais nesta plataforma. No país, o que chama atenção pelos dispositivos móveis é música, entretenimento, games e notícias. De toda maneira, entre 2007 e 2009, aumentou em 10 vezes o número de aparelhos 3G em circulação, demonstrando a potencialidade de crescimento. Esses foram alguns dos dados mostrados por Thiago Moreira, da Nielsen, no painel de abertura do evento. Já Guilherme Rios, gerente de Projetos da E.Life, tem uma visão mais otimista, já que foi de 156% o aumento do acesso às redes sociais via móbile de 2008 para 2009, sobremaneira devido ao Twitter, que permite postagens curtas por SMS. Ele mostrou uma migração na movimentação de posts na rede: em 2008, 62% vinham do Orkut, 20% do Blogspot, 5,2% do Wordpress e, alguns postos abaixo, 0,5% do Twitter; já em neste ano os relatórios de monitoramento da consultoria indicam 49% do Orkut, 18% do Twitter, 13% do Blogspot. A tendência é aumentar ainda mais o uso de celulares, afinal 49,5% do uso de redes sociais acontece por pessoas entre 19 e 25 anos, com total familiaridade no manuseio dos aparelhos. Sobre as vantagens do Twitter, Rios explica que é um canal de opiniões curtas e pontuais, tem opt-in (dá transparência à relação), articula vivência física e buzz virtual, faz organização por comunidades de afinidaes, tem alto poder de propagação e funciona na mobilidade. “O cliente cada vez mais está trocando informações preciosas sobre os seus negócios enquanto se move”, alerta.

O executivo deixou como dica fazer a observação contínua das conversações, participar colaborativamente e criar canais nas redes sociais, ter insights e respostas rápidas, usar a mobilidade e o espírito de rede social, conhecer a capacidade de propagação da marca. E detalhou, como bom exemplo, o caso da construtora paulista Tecnisa, que instituiu um blog para interagir com os clientes reais ou potenciais de seus imóveis, num processo de transparência que envolve visões positivas e negativas e lhe faz estar sempre em primeiro lugar nos mecanismos de busca, mesmo se pesquisadas críticas mais duras. Ou seja, o internauta sempre é levado para o ambiente institucional oficial para dialogar, perguntar e ter respostas, sem descaminhos. E isto é muito importante, também na opinião de Wilson Cardoso, diretor na área de vendas da Nokia Siemens, para quem o conceito de “encontro” sai do presencial sem perder a força e o envolvimento, dadas as mudanças comportamentais e perceptivas vigentes, como conveniência, personalização, independência e mobilidade. A previsão é de cinco bilhões de pessoas conectadas em 2015 (atualmente, são 3,6 bilhões), exigindo uma remodelagem dos negócios.

O mercado de dispositivos convergentes móveis continua crescendo, motivado pela disposição das pessoas no compartilhamento de experiências com imediatismo. Há, ao mesmo tempo, uma perspectiva multi-propósito na posse de “computadores móveis”, significando o celular uma base de internet social pessoal, com facilidade de uso. Essa é a análise de Fiore Mangone, diretor de Vendas de Serviços da Nokia. Sobre multi-propósito, ele comenta uma pesquisa sobre tempo alocado por aplicação no celular, que indica que 37% é para SMS, 16% para multimídia (música, vídeo), 14% para manuseio de agenda/tarefas/contatos, 12% para voz, 8% para browsing web e 4% para jogos, de onde aponta haver uma grande janela de oportunidades na parte dos serviços. O mercado, até o final de 2011, vai envolver mais de 40 bilhões de euros em vendas, empurradas por serviços como mapas, notícias, jogos e música.

DEMANDAS – Hamilton Yoshida, diretor de Marketing da área de Telecom da Samsung Electronics Brasil, detecta um interesse por telas sensíveis a toque e teclados Qwerty (disposição de teclas semelhante ao teclado normal) que agilizam a interação. São dispositivos que têm previsão de vendas de 114 milhões de unidades nos próximos anos. Outras tendências seriam a oferta de conteúdos e serviços agregados através de widgets (janelas informativas e de entretenimento), a possibilidade de acesso remoto do computador através do celular e o envio automático de fotos para redes sociais a partir do aparelho, imediatamente após a captura da imagem. “É sair do monólito preto para chegar a algo intuitivo e útil para o usuário”, resume.

E, é claro, a revolução vai chegar na propaganda. Receitas de advertising utilizando textos e alertas migram cada vez mais para meios e experiências de navegação mais ricas na “telinha”, com grande apelo multimídia. Até 2013, o diretor Corporativo da Qualcomm Paulo Breviglieri prevê que, tanto na Europa e América do Norte quanto na América Latina, o crescimento da expressão multimídia nos dispositivos móveis deva ser de 65%. As campanhas de comunicação tornam-se mais atrativas, relevantes, rápidas, de fácil manuseio e abrangentes. Ele atesta que “widgets móveis são ideais para campanhas multimídias ricas e dinâmicas”. Widgets móveis são aplicações de web móvel leves e personalizadas, projetadas para atender demandas individuais de conteúdo e serviços, com uso intuitivo e amigável. Viabilizam um canal bidirecional e ainda uma série de possibilidades de inserção publicitária bastante focadas. “A idéia é consolidar a relação com o usuário, gerando novas receitas e agregando valor”, finaliza.

Sérgio Messiano, diretor da Oi, acredita que existam muitas possibilidades para transformar o celular em canal de mídia. O uso de SMS é uma delas, com broadcast de torpedos, textos com conteúdo patrocinado e o conteúdo publicitário dentro de games, afora banners e inserções na TV móvel. Mas alerta que “o grande cuidado é invadir esse espaço tão pessoal com ofertas”, ainda que o setor seja regulado e nenhum envio aconteça sem prévia autorização do recebedor (processo chamado de “opt-in”). Ele sugere cautela com a base de dados existente em empresas, preenchida genericamente como cadastro de públicos – incluindo o campo de número de celular – que não pode ser usada para campanhas móveis, se não houver a permissão expressa de cada pessoa, com clareza de objetivos e de possibilidade de exclusão da lista a qualquer momento. Uma sugestão para formar bancos opt-in é estruturá-los sob temas específicos previamente determinados, dando maior chance de acerto de relevância no conteúdo postado.

Carlos Domingues, diretor de Marketing da Spring, é um case em si mesmo. Ele esteve na conferência para detalhar o case de Sucrilhos, mas sua própria organização já é um exemplo vivo do porte do setor: é líder mundial na área de móbile business, com escritórios em 15 países, 600 funcionários e 400 clientes. O trabalho para o alimento matinal foi feito pensando no aumento de vendas e no rejuvenescimento da marca entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009. A venda do produto continha um “pin code” para envio posterior por SMS, que retornava um link para baixar um jogo, cuja validade era temporária (para efeito da premiação). A submissão de pontos ao sistema para receber os brindes – cada quatro mil pontos levava à troca por prêmios digitais e físicos – era restrita ao horário de meio-dia, para evitar que as crianças manuseassem o celular em período escolar. Cerca de 65% dos pin-codes geraram efetivamente o download do jogo, numa combinação de compatibilidade do aparelho, interesse e capacidade de manuseio do usuário.

Somente 23% da mídia consumida hoje vêm da televisão. E três em cada 10 adultos assistem a algum tipo de conteúdo por meio de dispositivos móveis. Mais de 80 horas semanais são dedicadas a mídias. Estes foram alguns dados trazidos por Geraldo Araújo, Senior Advisor da consultoria Accenture. Para a área de móbile, ele visualiza duas significativas oportunidades: mídia social e distribuição móvel. Impulsionados por hábitos do consumidor em franco processo de mudança, as empresas de mídia redefinem sua oferta dentro de um novo paradigma. Para 94% dos internautas brasileiros e 81% dos norte-americanos a internet faz economizar tempo, cria oportunidades de negócio (91% e 68%, respectivamente) e deixa a vida mais atrativa e agradável (89% e 70%).

ENCONTROS - A Corpbusiness é uma empresa que atua em duas verticais: Eventos e Comunicação, para o público corporativo do setor de TI e Telecom. Realiza durante o ano 10 encontros de negócios, movimentando informações e diversos networkings com os principais players do setor. Para obter outras informações, ligue 11-3661-2785 ou acesse http://www.corpbusiness.com.br/.


RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674
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