Reciclagem energética do lixo: uma excelente opção para o Brasil


Recebi um texto muito bom sobre a reciclagem energética no Brasil e no Mundo. O tema foi discutido recentemente no 1º Seminário Internacional de Tecnologia e Gestão de Resíduos Sólidos - Rio Ambiente 2010, entre os dias 26 a 28 de maio, no Rio de Janeiro



Reciclagem energética do lixo: uma excelente opção para o Brasil

A reciclagem energética do lixo é uma das melhores soluções econômicas e ambientais que alguns países encontraram para solucionar a questão do lixo urbano



Atualmente, 35 países utilizam essa tecnologia e cerca de 150 milhões de ton/ano de lixo urbano são destinados em mais de 850 instalações de combustão com geração de energia elétrica ou térmica, todas perfeitamente adequadas às mais rígidas normas ambientais.

A Alemanha, por exemplo, aboliu os aterros sanitários em função da reciclagem energética. Os Estados Unidos suprem 2,3 milhões de residências com energia elétrica vinda de 98 usinas. A União Européia conta com 420 usinas; só no Japão são 249; na Suíça, 27.

Empresas e instituições brasileiras estão trabalhando para implementar a reciclagem energética no Brasil como forma de suplementar a reciclagem mecânica (transformação da sucata em outros produtos, com acontece com o plástico). E, como um adicional, pretendem estimular essa tecnologia como uma alternativa energética de larga escala.

Dados sobre a Reciclagem Energética
A destinação do lixo urbano transformou-se num dos mais graves problemas das grandes cidades. As prefeituras tem que enfrentar as questões logísticas sobre o lixo – falta de espaço para aterros, transporte do lixo para outras cidades, tratamento e “hospedagem” desse lixo, etc – o que acarreta grandes encargos às administrações municipais. Já existe solução para uma destinação mais adequada do lixo, com menor ônus para os cofres públicos e menos impacto ambiental – evitando as emissões decorrentes da necessidade do transporte do lixo, contaminação e a sobra de resíduos.

No gerenciamento do lixo, a reciclagem energética é fundamental para garantir a correta destinação de todos os resíduos que não podem ser reciclados mecanicamente e/ou compostados para se biodegradarem.

Os produtos mais nobres encontrados no lixo (garrafas PET, Isopor e vários tipos de plásticos, latas de alumínio, entre outros) já são aproveitados, em parte, com a coleta seletiva. E assim deve ser cada vez mais, reutilizando estes materiais, mantendo e valorizando o trabalho dos responsáveis pela coleta seletiva.

No entanto, o maior volume do lixo, que tem baixo valor de compra para reciclagem, vai mesmo para aterros sanitários e até para lixões nas periferias. Com isso, vários aterros já apresentam sinais de saturação e, com isso, o lixo tem que ser transportado por muitos quilômetros, até encontrar um destino nem sempre seguro.

Enquanto o Brasil desperdiça esta riqueza e ameaça seu subsolo, vários países de vanguarda na área ambiental, como Alemanha, Dinamarca, Japão, entre outros, empregam em larga escala a reciclagem energética, que consiste em queimar o lixo em condições totalmente seguras para gerar energia.

E, de quebra, esses países agregam uma nova matriz energética, com tecnologia avançada, 100% segura e limpa – a tecnologia aplicada hoje é completamente diferente e mais avançada que a dos antigos incineradores de lixo.

O processo:
1. Somente depois de uma triagem, na qual são retirados os elementos que podem ser reciclados mecanicamente para se tornarem novos produtos, o lixo é encaminhado para a reciclagem energética. Nesse ponto, o papel do catador é fundamental para que não haja desperdício de nenhum tipo de produto.

2. O que sobra desta separação (restos de alimento, materiais higiênicos descartáveis, além das próprias sacolinhas plásticas que embalam lixo) segue para a reciclagem energética.

3. Os plásticos são fundamentais no processo da reciclagem energética. Plástico é energia. Um quilo de plástico equivale a um quilo de óleo diesel. São os produtos plásticos presentes no lixo urbano que irão servir de combustível para que o processo de reciclagem energética ocorra.

4. Na etapa seguinte, os resíduos são queimados em um forno industrial, numa temperatura de cerca de 1000º C. A tecnologia aplicada neste procedimento impede a emissão de gases poluentes durante a queima.

5. Na queima, os gases quentes são aspirados para uma caldeira de recuperação, onde é produzido vapor. É este vapor que aciona o gerador de energia térmica ou elétrica, dependendo da tecnologia.

6. A sobra de toda a queima, que gira em torno de 8% do volume queimado, é reutilizada na fabricação de material de construção, como telhas e tijolos.

Os benefícios da reciclagem energética
* Minimiza significativamente o problema dos lixões e aterros;
* É a alternativa recomendada pela ONU (IPCC 2007) para a destinação do lixo urbano;
* Reduz a emissão de gases dos aterros sanitários;
* Possibilita a recuperação energética dos materiais plásticos;
* Pode ser aplicada perto de centros urbanos, reduzindo o custo do transporte do lixo para aterros distantes;
* A área exigida para a implantação de uma usina é inferior à de um aterro.

No mundo:
A recuperação de energia em processos de tratamento térmico do lixo urbano já é uma realidade em vários países do mundo. Atualmente, cerca de 150 milhões de ton/ano de lixo urbano são destinados em mais de 850 instalações de combustão com geração de energia elétrica ou térmica, todas perfeitamente adequadas às mais rígidas normas ambientais.

São 35 países que utilizam essa tecnologia, resolvendo a questão da destinação do lixo urbano e, ainda, como um benefício extra, geram mais de 10.000MW de energia elétrica e térmica. A maior parte destas usinas se localiza em países desenvolvidos, mas existem cerca de 50 instalações operando na Malásia, Singapura, Coréia do Sul, China e outros países em desenvolvimento.

A Alemanha, por exemplo, aboliu os aterros sanitários em função da reciclagem energética. Os Estados Unidos suprem 2,3 milhões de residências com energia elétrica vinda de 98 usinas. A União Européia conta com 420 usinas; só no Japão são 249; na Suíça, 27.

No Brasil:
Hoje o Brasil produz cerca de 170 mil toneladas de resíduos sólidos urbano por dia, acumulando mais de 61 milhões de toneladas por ano, dos quais cerca de 83% são coletados, mas isso em apenas 40% do municípios.

A cidade de São Paulo, por exemplo, já começa a “exportar” o lixo para o município de Caieiras por falta de espaços para aterros. Imagine o custo dessa logística e o impacto ambiental com emissões, por exemplo. Os grandes centros urbanos brasileiros têm praticamente todos os seus aterros saturados.

Com o objetivo de promover e criar condições para a implementação da reciclagem energética dos resíduos no Brasil a Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe) assinaram um Acordo de Cooperação.

As entidades iniciaram estudos sobre a viabilidade econômica, tecnológica e regulatória, objetivando a da instalação de usinas de reciclagem energética no país, principalmente nos municípios que já não têm espaço para a destinação do seu lixo.

This entry was posted on domingo, 30 de maio de 2010 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

One Response to “Reciclagem energética do lixo: uma excelente opção para o Brasil”

residuos disse...

plan nacional de resíduos sólidos Brasil: www.redsolenergy.com / pnrs.pdf
Plantas Tratamento BASURA_CERO "
Uma alternativa para os problemas ambientais dos resíduos sólidos urbanos é a construção de estações de tratamento, os resíduos sólidos para produzir electricidade.
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