Recentemente apresentado em SP, dossiê inédito revela mitos e verdades sobre o comprometimento do brasileiro com o conceito da sustentabilidade
O Portal Unomarketing lançou este mês o primeiro Dossiê de Consumo Sustentável, feito em parceria com a revista Ideia Socioambiental, a MOB Consult e a Market Analisys. Este foi o primeiro de uma série de apresentações trimestrais sobre comunicação consciente que serão disponibilizadas em salas temáticas no Portal Unomarketing. Temas como design sustentável, certificados e rótulos, marcas sustentáveis e estratégias de comunicação sustentáveis serão abordados até o fim do ano.
O documento, uma compilação inédita de 15 páginas já disponível para download no portal, é o mais completo e atual estudo sobre consumo consciente no Brasil e revela falsos mitos sobre o comportamento de consumidores.
A principal base para a elaboração do dossiê são os resultados do Monitor de Responsabilidade Social Corporativa 2010, realizado pela Market Analisys. Um dos méritos da pesquisa é eliminar a confusão causada entre os termos “intenção de compra” e “ação concreta”, focando o questionamento neste último.
Preço ainda é fator decisivo
A pesquisa, coordenada por Fabián Echegaray, mostrou que, diferentemente do que ocorre nos EUA e na Oceania, onde aproximadamente 55% do público preferem produtos de empresas socialmente responsáveis, o fator decisivo de compras para a maioria dos pesquisados brasileiros (35%) é o preço. No País, apenas 9% dos entrevistados mostraram-se preocupados com o comportamento socioambiental do fabricante; antes, outros fatores como características funcionais (19%), confiança na marca (16%) e disponibilidade (13%) são citados.
Outro dado do monitoramento mostra que no ano anterior à pesquisa, 78,8% das pessoas tinham ouvido/lido pouco ou nada sobre os esforços das empresas para melhorar o desempenho socioambiental. Para Ricardo Voltolini, autor do dossiê, isso se deve em parte à “falta de indicadores socioambientais específicos, rótulos explicativos e campanhas de comunicação de empresas baseadas nos atributos sociais e ambientais de seus produtos”.
Sociedade de Consumo
Apoio relevante para a elaboração do dossiê também foi a análise sobre a sociedade de consumo feita pelo consultor Luiz Bouabci, da Mob Consult, empresa especializada em mapeamentos de rede. Com uma ampla análise do comportamento na história do consumo e seus principais marcos históricos, como o feudalismo, o mercantilismo, a Revolução Industrial, o Fordismo e o consumo de massa, Bouabci conclui que a durabilidade, antes característica principal de produtos fabricados, deu lugar à obsolescência.
De acordo com o estudo, a partir da ideia de “modelo do ano” lançada pela GM na década de 20, os consumidores passaram a experimentar “o amor pelo novo” e a ritmar o consumo pela capacidade inovadora da indústria em gerar diferenciação entre os produtos. A partir da década de 60, a moda passou a ser fator determinante para status social incentivando o consumismo conspícuo. “Hoje a obsolescência já faz parte da estratégia de marketing de muitas empresas e fomenta a cultura do descarte”, comenta.
Entretanto, o consultor é otimista quanto aos movimentos de transformação desse comportamento de consumo, ainda que obscurecidos pela falta de informação. Segundo ele, problemas como “as mudanças climáticas, a escassez de recursos, o acúmulo de lixo e desordens sociais têm alertado a população global de que é preciso agir”.
Salas Temáticas
A íntegra do Dossiê de Consumo Consciente, além de ter sido publicada na edição 19 da revista Ideia Socioambiental, está disponível para download no Portal Unomarketing, na sala temática sobre o mesmo assunto. “Vamos lançar um dossiê a cada três meses, abordando temas como design sustentável, certificados e rótulos, marcas sustentáveis, dentre outras; vamos disponibilizar o conteúdo no portal e depois compilaremos todo o material para entregar na segunda edição do Seminário Unomarketing”, conta Paula Faria, idealizadora do Portal Unomarketing.
O documento, uma compilação inédita de 15 páginas já disponível para download no portal, é o mais completo e atual estudo sobre consumo consciente no Brasil e revela falsos mitos sobre o comportamento de consumidores.
A principal base para a elaboração do dossiê são os resultados do Monitor de Responsabilidade Social Corporativa 2010, realizado pela Market Analisys. Um dos méritos da pesquisa é eliminar a confusão causada entre os termos “intenção de compra” e “ação concreta”, focando o questionamento neste último.
Preço ainda é fator decisivo
A pesquisa, coordenada por Fabián Echegaray, mostrou que, diferentemente do que ocorre nos EUA e na Oceania, onde aproximadamente 55% do público preferem produtos de empresas socialmente responsáveis, o fator decisivo de compras para a maioria dos pesquisados brasileiros (35%) é o preço. No País, apenas 9% dos entrevistados mostraram-se preocupados com o comportamento socioambiental do fabricante; antes, outros fatores como características funcionais (19%), confiança na marca (16%) e disponibilidade (13%) são citados.
Outro dado do monitoramento mostra que no ano anterior à pesquisa, 78,8% das pessoas tinham ouvido/lido pouco ou nada sobre os esforços das empresas para melhorar o desempenho socioambiental. Para Ricardo Voltolini, autor do dossiê, isso se deve em parte à “falta de indicadores socioambientais específicos, rótulos explicativos e campanhas de comunicação de empresas baseadas nos atributos sociais e ambientais de seus produtos”.
Sociedade de Consumo
Apoio relevante para a elaboração do dossiê também foi a análise sobre a sociedade de consumo feita pelo consultor Luiz Bouabci, da Mob Consult, empresa especializada em mapeamentos de rede. Com uma ampla análise do comportamento na história do consumo e seus principais marcos históricos, como o feudalismo, o mercantilismo, a Revolução Industrial, o Fordismo e o consumo de massa, Bouabci conclui que a durabilidade, antes característica principal de produtos fabricados, deu lugar à obsolescência.
De acordo com o estudo, a partir da ideia de “modelo do ano” lançada pela GM na década de 20, os consumidores passaram a experimentar “o amor pelo novo” e a ritmar o consumo pela capacidade inovadora da indústria em gerar diferenciação entre os produtos. A partir da década de 60, a moda passou a ser fator determinante para status social incentivando o consumismo conspícuo. “Hoje a obsolescência já faz parte da estratégia de marketing de muitas empresas e fomenta a cultura do descarte”, comenta.
Entretanto, o consultor é otimista quanto aos movimentos de transformação desse comportamento de consumo, ainda que obscurecidos pela falta de informação. Segundo ele, problemas como “as mudanças climáticas, a escassez de recursos, o acúmulo de lixo e desordens sociais têm alertado a população global de que é preciso agir”.
Salas Temáticas
A íntegra do Dossiê de Consumo Consciente, além de ter sido publicada na edição 19 da revista Ideia Socioambiental, está disponível para download no Portal Unomarketing, na sala temática sobre o mesmo assunto. “Vamos lançar um dossiê a cada três meses, abordando temas como design sustentável, certificados e rótulos, marcas sustentáveis, dentre outras; vamos disponibilizar o conteúdo no portal e depois compilaremos todo o material para entregar na segunda edição do Seminário Unomarketing”, conta Paula Faria, idealizadora do Portal Unomarketing.
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