Publicado em: 23/03/2009 10:26
Colunista » Wilson da Costa Bueno
"Nossos colaboradores são o maior patrimônio da empresa". Com certeza, se você já assistiu a algum vídeo empresarial, costuma ler house-organs empresariais, folhetos institucionais ou mesmo tem prestado atenção nos discursos de gerentes de RH em eventos da área, deve estar cansado desta frase, absolutamente hipócrita na maioria dos casos.
A prática não condiz com a realidade porque, sobretudo nesses momentos de crise, empresas, mesmo as mais prestigiadas, costumam se livrar dos seus "colaboradores" de maneira truculenta, como fez a Embraer semanas atrás, quando chutou sem dó os traseiros (ou foi punhalada nas costas?) de mais de 4.000 funcionários.
É por isso que devemos concordar com pesquisa recente, realizada pela consultoria de Recursos Humanos Gallup, junto a mais de mil pessoas da população economicamente ativa de diversas capitais brasileiras sobre o ato nobre de "vestir a camisa". O que a consultoria descobriu?
A verdade. A maioria dos funcionários não se compromete as organizações e se recusa terminantemente a vestir a camisa, exatamente porque não se identifica com elas (e deveriam?). E isso acontece por inúmeros motivos, desde o clima organizacional que não é nada saudável , ambientes que não privilegiam a comunicação interna e inclusive problemas relativos à falta de reconhecimento por parte da empresa. É aquela toada de sempre: o "colaborador" até que colabora, mas e onde está a contrapartida da empresa?
No fundo, é, como sabemos, uma questão de gestão de pessoas e de comunicação interna. Mas a gestão de pessoas e a comunicação estão vinculadas à cultura organizacional e, infelizmente, para boa parte das organizações, a gestão continua autoritária, com pouco incentivo à participação, assédio moral (será que a Ambev já resolveu o seu problema?) , desestímulo à divergência de idéias e opiniões (você conhece a frase: manda quem pode, obedece quem tem juízo?).
Nossas organizações, com raras exceções, continuam dinossáuricas em termos de gestão de pessoas e de comunicação interna, essa então a prima pobre da comunicação organizacional, mal tratada como uma Gata Borralheira nas mãos da bruxa malvada das chefias intermediárias.
Para ler mais: http://portalimprensa.uol.com.br/colunistas/colunas/2009/03/23/imprensa388.shtml
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