Os resultados do 1o. Estudo de Remuneração da área de Comunicação Organizacional mostram que um profissional no cargo de Gerência recebe mensalmente entre R$ 10.600,00 e R$ 14.800,00, além dos benefícios. Já um Coordenador na área fica num patamar entre R$ 5.800,00 e R$ 8.800,00 por mês. Se for Analista de Comunicação, em nível pleno, o salário situa-se na faixa de R$ 3.800,00. O estudo foi realizado pela ABERJE – reunindo as Associações Brasileiras de Comunicação Empresarial, de Branding e de Comunicação Organizacional – e pela DMR Consulting, junto a um painel de empresas representativas associadas à entidade, no final do primeiro semestre de 2008. Além dos salários mensais, os profissionais da área de comunicação receberam, como bônus ou Participação nos Lucros e Resultados, valores que variaram entre 1,6 e 4,1 salários na média.
A experiência não é nova. As duas organizações já haviam estabelecido uma parceria em 2007 para a realização de um levantamento preliminar. Na ocasião, segundo relata o administrador Carlos Alberto Ramello, diretor da DMR, informações disponíveis no banco de dados da consultoria, compuseram um mapeamento inicial, disponível ainda no site da entidade - www.aberje.com.br/novo/pesquisa_aberje/pesquisa_remuneracao.pdf . Contudo, a versão agora finalizada está mais completa. Em ambos os casos, como afirma um dos coordenadores do trabalho e diretor-geral da ABERJE, Paulo Nassar, a intenção é demonstrar a migração progressiva da comunicação de enfoques mais operacionais para uma dimensão estratégica, e além disto fortalecer o papel do comunicador a partir do reconhecimento de importância também via questões salariais e incentivos complementares.
PERFIL – Foram obtidos dados de empresas de 11 setores distintos, de construção e bebidas, passando por mineração e agro-business, até química, cosméticos e automotivo, entre outros, com uma prevalência de faturamento bruto de R$ 1 bilhão a R$ 5 bilhões. Cerca de 44% das participantes estão posicionadas até a 100a. posição do ranking das “Melhores e Maiores” da Revista Exame, e no mesmo percentual foram classificadas entre as “Melhores Empresas para trabalhar” da Revista Você S.A.
Os salários estão apresentados na forma mensal e refletem a base de 13 salários pagos ao ano, com valores relativos a bônus ou participação nos lucros e resultados convertidos para a base mensal. Ramello observa que, de acordo com diversos estudos realizados, para as funções de suporte estratégico (Comunicação, Recursos Humanos, Financeira) o segmento de negócio e o porte exercem pequeno impacto na definição dos padrões de salários desses cargos.
A comunicação ao longo do tempo vem assumindo, cada vez mais, importância estratégica nas organizações e, como conseqüência, tem ampliado sua abrangência funcional, conforme demonstram os resultados. Entre os processos internos liderados pela área de Comunicação Organizacional das empresas, os tradicionais como Comunicação Interna e Relações Institucionais estão presentes em 92% das empresas, enquanto que os mais novos como Sustentabilidade, Branding e Gestão de Crises já estão presentes em 38%. Em 61% das empresas, a área de Comunicação está definida em estruturas próprias, não havendo subordinação a outras áreas e conta com uma equipe de 14 pessoas, na média.
Os cargos pesquisados abrangem Diretor, Gerente, Coordenador, Analistas Sênior, Pleno e Júnior, Secretárias e Assistente Administrativo. Algumas totalizações de salário estão expostas no quadro abaixo:
Cargo/Comunicação Salário Nominal * Total Dinheiro * (sal. nominal+variáveis)
Diretor R$ 27.512,00 R$ 33.200,00
Gerente R$ 13.292,00 R$ 15.346,00
Coordenador R$ 6.970,00 R$ 7.734,00
Analista Pleno R$ 3.847,00 R$ 4.339,00
* referências mensais, com base na média.
Fonte: Estudo de Remuneração na Comunicação Organizacional – 2008 ABERJE/DMR Consulting
Os executivos em 77% das empresas participantes têm automóvel concedido pela empresa, com troca a cada três anos, enquanto que, independente do cargo, em 83% das empresas há plano de assistência odontológica, em 94% estão cobertos por plano de previdência privada, e em 90% recebem subsídio de 70% para a educação regular (curso superior, MBA e outras opções em pós-graduação) e de 60% para a realização de curso de idiomas. Os valores pagos aos estagiários dependem do ano do universitário, mas varia entre um mínimo de R$ 4,28 e um máximo de R$ 9,35 por hora, com uma carga aproximada de 168 horas/mês de atividades.
Com MBA em Gestão Empresarial e experiência profissional de 30 anos na área de recursos humanos, Ramello não hesita em ressaltar a importância do estudo: para ele, poder conhecer efetivamente a remuneração e as práticas vinculadas permite ao empregador trabalhar internamente seu pacote de ofertas, revendo critérios e políticas. “A busca da organização é atrair e reter talentos, onde a receita é tornar-se um local onde esses talentos queiram estar e um ingrediente importante nessa receita ainda continua sendo a remuneração”, destaca.
O trabalho contempla ainda várias outras políticas, como bolsa-estágio, concessão de reajustes, variável de curto prazo, transferências e ajudas para aluguel ou mudança, assistência médica e participação do profissional no custo mensal, seguro de vida e alimentação. Empresas que não participaram da amostra podem adquirir a versão completa e detalhada. Mais detalhes para a aquisição podem ser obtidos pelo email pesquisa@aberje.com.br .
RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674
Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas (http://www.mundorp.com.br/)
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