Um estudo feito nos Estados Unidos concluiu que a teoria dos seis graus de separação - segundo a qual apenas seis pessoas separam você de qualquer indivíduo no mundo - pode estar correta, embora talvez sete graus seja um número mais exato.
Pesquisadores da Microsoft estudaram os endereços de pessoas que enviaram 30 bilhões de mensagens instantâneas usando o programa MSN Messenger durante um único mês em 2006.
Quaisquer duas pessoas estão conectadas por, em média, sete ou menos conhecidos - dizem os especialistas.
A teoria dos seis graus de separação, criada na década de 1960, exerce fascínio sobre muitos, e inspirou um filme homônimo, dirigido por Fred Schepisi e lançado em 1993. Em 2006, no entanto, foi questionada por uma especialista e caiu em descrédito.
Em entrevista ao jornal americano Washington Post, um dos pesquisadores envolvidos no projeto Messenger, Eric Horvitz, disse que ele próprio tinha ficado chocado com os resultados.
"O que nós estamos vendo indica que talvez exista uma constante de conectividade social para a humanidade", disse Horvitz.
"As pessoas já suspeitavam de que nós todos somos realmente muito próximos. Mas estamos mostrando em grande escala que esta idéia vai além do folclore".
Mito
O banco de dados usado por Horvitz e seu colega Jure Leskovec envolveu toda a rede de mensagens instantâneas da Microsoft - cerca de metade de todo o tráfego de mensagens instantâneas do mundo - enviadas em junho de 2006.
Para o estudo, duas pessoas foram consideradas conhecidas se tinham enviado ao menos uma mensagem instantânea uma à outra.
Tentando chegar ao menor número de elos da corrente necessários para conectar todos os usuários incluídos no banco de dados, os pesquisadores concluíram que a média era de 6,6 elos e que 78% dos pares poderiam ser conectados por sete ou menos pessoas.
A teoria dos seis graus de separação foi criada pelo psicólogo americano Stanley Milgram após uma série de experimentos conhecida como Small World (mundo pequeno) onde ele pedia a uma pessoa que passasse uma carta a outra, desde que essa outra pessoa fosse conhecida.
O objetivo era que a carta chegasse a uma determinada pessoa, desconhecida da primeira, que vivia em uma outra cidade.
Segundo Milgram, o número médio de vezes que a carta foi passada foi seis - daí a teoria dos seis graus de separação.
Em julho de 2006, entretanto, a psicóloga Judith Kleinfeld, da Alaska Fairbanks University, analisou as anotações da pesquisa original de Milgram e verificou que 95% das cartas não haviam chegado ao seu destinatário final.
Ela concluiu que a teoria dos seis graus não passava de um mito.
Mas a equipe da Microsoft disse que seu estudo valida pela primeira vez, em escala planetária, a teoria de Milgram.
BBC Brasil
Retirado Portal Terra.
Postado por Juliano Melo.
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