Eficiência da Gestão Participativa

03 de abril de 2009 às 00:04


Por Edison Cunha - www.administradores.com.br

O processo de liderança, seja no âmbito da empresa ou na vida familiar, para ser efetivo e eficiente, tem que ser participativo, ou seja, não se pode prescindir das idéias e das ações dos colaboradores que nos cercam. Isto pressupõe uma série de vantagens, como a substituição de uma hierarquia de autoridade, por uma de competências; a criação de espaços de negociação sobre os objetivos do trabalho, a qualidade, a organização e as condições de trabalho; o envolvimento como fator de desenvolvimento; a propagação do conhecimento em um ambiente de inovação; e a melhoria da auto-estima dos colaboradores.
A princípio, não existem desvantagens para adoção de uma gestão participativa. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados por parte da liderança. A empresa deve se encontrar em um estágio de maturidade para que este envolvimento seja produtivo, além de existir um sentido de organização refletido nos processos, atividades e funções exercidas pelos colaboradores, para que não haja sobreposições e ingerências no convívio harmônico das equipes.
O papel da liderança é fundamental ao êxito da gestão participativa para criar um ambiente adequado ao florescimento das idéias, eliminando os obstáculos à criação e, principalmente, indicando a direção e os rumos que a empresa está tomando em sua estratégia, para melhor direcionar os esforços de todos.
Há várias formas de se atingir este objetivo de participação. Em geral, as empresas ressentem-se da ausência de um planejamento de médio e longo prazo e uma das formas de desenvolvê-lo é agregar o nível gerencial neste processo de reflexão sobre o futuro. Ao mesmo tempo, estes gestores devem envolver suas equipes de trabalho para agregar outras idéias e mantê-los informados sobre o andamento do planejamento. Assim, cria-se um ambiente participativo onde todos se envolvem com um propósito específico: planejar a empresa. Este exercício pode ser o começo para outras situações em que o coletivo pode participar.
Essencialmente, as empresas que adotam este tipo de gestão são aquelas que, geralmente, estão classificadas como “as melhores empresas para se trabalhar” nos rankings de revistas especializadas em gestão. No Brasil, são inúmeros os cases de sucesso.
Uma boa gestão participativa só é possível quando o principal líder da empresa – presidente ou acionista – estiver convicto de que é possível tê-la e se ele mesmo patrocinar este processo.


Edison Cunha é diretor de operações da Trevisan Consultoria

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