Dez passos para construir uma organização inovadora

Seguindo o raciocínio do artigo do nosso amigo Aislan, aqui está mais um campo farto para as Relações Públicas, INOVAÇÃO, ou organizações voltadas para a inovação…encontre os porquês no decorrer do texto….


1. Testar novos modelos organizacionais

Vivem um processo de auto-engano aqueles que se imaginam conhecedores do modelo gerencial mais adequado hoje e no futuro. Mais corretos estão os que admitem que as estruturas organizacionais capazes de vingar na Era do Conhecimento e da Inovação ainda estão sendo desenhados. Diferentemente do modelo industrial capitaneado por pioneiros como Taylor e Ford, a organização inovadora do século XXI é fruto da inteligência coletiva e se baseia em um processo de construção dinâmico. Não há como hesitar diante da possibilidade - e da necessidade - de experimentar novas alternativas e formas diferenciadas de remuneração, relacionamento e estruturação do trabalho.

2. Exceder as possibilidades da era digital

Embora já tenhamos passado por momentos de maior ou menor euforia com a informática, a Internet e as redes sem fio, o fato é que as possibilidades de aplicação dessas tecnologias no mundo dos negócios ainda estão em sua infância. Os recursos digitais e as possibilidades wireless são novidades dos últimos 10 ou 15 anos, um tempo muito curto se comparado ao da história das organizações. Evitando uma atitude de deslumbramento irresponsável, há sim a necessidade de desenvolver um olhar aguçado sobre as oportunidades de negócio e de reinvenção de produtos e processos que as tecnologias propiciam, lembrando sempre que a evolução é rápida, contínua e, em alguns casos, radical.

3. Reconhecer o valor intrínseco dos modelos colaborativos

Para além do relacionamento transacional mais óbvio, que pressupõe a troca de produtos ou serviços por uma determinada remuneração financeira, o contato entre os agentes econômicos pode envolver muitas outras formas de interação. Clientes, fornecedores e demais participantes de uma dada cadeia produtiva estabelecem relacionamentos que geram valor em função da troca de informações e conhecimento, ou pela construção coletiva de ativos intangíveis. Mapear e discutir abertamente essas relações tem o potencial de produzir significativo valor para todos. O mote é "colaborar e compartilhar para vencer juntos" e, neste contexto, o caso Toyota é paradigmático ao demonstrar as oportunidades que surgem quando grupos de fornecedores se dispõem a compartilhar boas práticas de gestão.
4. Considerar que a localização influi no potencial criativo

Alguns centros - e particularmente algumas regiões metropolitanas - concentram grande parte das inovações. Criativos atraem criativos; conhecimento chama conhecimento, ambientes inovadores fomentam o surgimento de inovadores. Pólos e grandes centros funcionam como imãs e são críticos para negócios altamente dependentes de inovação.

5. Observar o desenho dos espaços de trabalho

Há uma estrita relação entre o desenho do espaço de trabalho e a produtividade e capacidade de inovação dos trabalhadores do conhecimento. A necessidade de ser competitivo demanda um grande suporte às novas formas de trabalho para atrair, manter e motivar equipes diferenciadas, com especial atenção às demandas e necessidades de mobilidade e interação dos trabalhadores do conhecimento.

6. Desafiar talentos latentes

A grande maioria das pessoas pode produzir e inovar muito mais do que se dispõe a fazer. Ainda que a capacidade de inovação guarde relação estreita com a carga genética do indivíduo e com suas condições sócio-educacionais, muitas lideranças corporativas já despertaram para o fato de que o desafio funciona como mola propulsora para mobilizar e mover talentos latentes. O maior desperdício nas organizações não está relacionado a estoques, matéria-prima ou energia, mas à subutilização das mentes dos colaboradores.

7. Ampliar os horizontes

Não raro as organizações perdem o "instinto animal" de seus fundadores, que caçavam obstinadamente as oportunidades de negócios e inovação. Com o passar do tempo e o crescimento organizacional, esta orientação cede lugar ao foco nos processos internos. É preciso estimular as pessoas a ampliar seus horizontes e a olhar para fora da companhia, além de seus muros.
8. Ter disciplina na gestão de projetos

A organização que inova é também aquela que sabe conduzir projetos, pois em grande medida t oda inovação consiste em um projeto que tem de levar em consideração aspectos como alinhamento de stakeholders, gestão do orçamento, gerenciamento de riscos, clara definição de escopo etc.
9. Ouvir a organização

Uma revolução silenciosa está em marcha nas empresas mais modernas e inovadoras do mundo: o uso intensivo das ferramentas de colaboração digital, o que propicia a descoberta dos verdadeiros detentores do conhecimento, independentemente de cargo. Comunidades de prática, blogs, portais de idéias e mercados de apostas internas são exemplos em empresas líderes como HSBC, Banco Real, Votorantim, Petrobras, Gerdau, entre outras. Novos valores, normas de comportamento e atitudes têm gerado inovações a partir da voz, da experiência e da intuição dos colaboradores, afetando profundamente os modelos organizacionais e abrindo caminhos promissores para as empresas inovadoras da Era da Informação e do Conhecimento.
10. Atentar a indicadores e métricas específicas para inovação

A cultura de inovação é fortemente influenciada tanto por indicadores definidos e acompanhados pela alta administração como pelos mecanismos de recompensa e reconhecimento que, dependendo da implementação, podem estimular ou bloquear certos tipos de comportamentos, idéias e inovações. É possível relacionar métricas a resultados finais, como, por exemplo, o número de novos produtos lançados por ano, a percentagem de receita que geram etc. A dificuldade está em dispor de uma padronização que estipule quais indicadores são, de fato, os mais relevantes. Ademais, eles devem ser suficientemente claros para avaliar a evolução da empresa em alguns eixos da inovação.

Fonte: TerraForum / José Cláudio Terra (presidente da TerraForum Consultores)

Postado por: Ramon Fernandes





This entry was posted on quarta-feira, 15 de abril de 2009 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.