A internet acelera a midiatização da vida política


O fortalecimento da pré-canditatura de Barack Obama na campanha eleitoral para a sucessão do presidente George W. Bush está prestes a se tornar um marco na história da política mundial porque o senador democrata usou intensivamente a internet como ferramenta para conquistar adeptos.

Em matérias de eleições primárias nos Estados Unidos, esta é a primeira vez que canais de comunicação online como o YouTube (vídeos), weblogs (textos), podcasts (áudio), telefones celulares e os sistemas interativos (comunidades virtuais, listas de discussão, fóruns e correio eletrônico) conseguem criar um fenômeno político capaz de neutralizar a influência eleitoral da mídia convencional, majoritariamente simpática à senadora Hillary Clinton.

Mas a ascensão da internet como ferramenta eleitoral não representa apenas o surgimento de mais um canal de comunicação política. Trata-se da consolidação do fenômeno chamado de midiatização da política, que a maioria dos eleitores ainda não detectou, mas que já é estudado há tempos pelos cientistas políticos e pelos comunicólogos.

A entrada para valer da internet nos processos eleitorais vai acelerar enormemente a velocidade da migração da política em direção ao palco planetário da mídia porque a rede mundial de computadores está viabilizando a entrada em cena de novos atores anteriormente marginalizados por falta de opções para expressar suas necessidades e demandas.




Postado por Juliano Melo.

This entry was posted on terça-feira, 13 de maio de 2008 and is filed under ,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.