Resultado da Enquete

Na enquete promovida pelo ser.RP, peguntou-se “Quem deve gerenciar a comunicação interna?”. Como respostas alternativas, os leitores puderam escolher entre as profissões: relações pública, marketing, e recursos humanos.

A profissão mais votada foi a de relações públicas, como podemos ver no gráfico (clique na imagem).

As relações públicas têm como objeto de estudo os públicos com os quais as empresas se relacionam. Valem-se de pesquisas de opinião que fornecem dados que após formatação, se tornam preciosas informações que nortearão o profissional a estabelecer um plano de comunicação, de forma a contribuir no alcance dos objetivos traçados pela organização.

Sobre a atividade de relações públicas, Kunsch (2003, p. 125-126) diz que,

"em função das características, das finalidades e dos objetivos das organizações, as relações públicas desenvolverão programas puramente institucionais ou apoioarão o marketing comercial e, ainda, a área de recursos humanos, se não for o caso de lidar com as três subáreas simultaneamente. O leque de possibilidades é muito grande. Depende só de estabelecer prioridades e de sistematizar uma ação programada e eficaz, de acordo com os interesses da organização, dos públicos e da sociedade.

Internamente, essas ações programadas, trabalhadas pela comunicação interna, quando bem geridas, criam na mente do público interno, uma imagem positiva da empresa, e, que, por sua vez, esses públicos acabam se transformando em porta-vozes, difundindo os valores organizacionais.

Para Castro Neves (2003, p. 314-318) a comunicação interna tem os seguintes objetivos:

· Motivação dos recursos humanos: fundamental para o sucesso dos empreendimentos, é seu principal motor. É preciso saber quais os sinais negativos, diagnosticar as causas das insatisfações. Monitorar o clima organizacional;

· Ajudar na construção de um comportamento profissional necessário às características do negócio, contribuindo para a construção da imagem empresarial;

· Conhecer a opinião, os sentimentos, as aspirações dos recursos humanos;

· Informar o público interno (em relação ao business e ao que se passa ao redor dele). O vácuo deixado pela comunicação formal é imediatamente ocupado pela informal;

· Criar um exército de embaixadores, ou melhor, de relações públicas.

Finalizo esse post, com uma resposta de Harold Burson sócio-fundador da Burson-Marsteller, à revista Comunicação Empresarial veiculada pela ABERJE (Ano 17 – N° 64 – 2007) quando questionado sobre qual a melhor formação para um comunicador, disse:

“Relações Públicas como profissão definida só começou em 1900. Por outro lado, comunicação é algo que é praticado pelas pessoas antes do desenvolvimento das línguas. Na Burson, damos emprego a graduados em faculdades de comunicações, ciências humanas e artes. Se o profissional tem aptidão para analisar problemas, desenvolver soluções criativas e tudo o que faz parte de comunicação, acho que, na verdade, não faz diferença a sua formação”.

Este não é um pensamento isolado de Harold Burson. Muitas agências, empresas, contratam baseadas na capacidade do candidato a vaga.
Consulte os livros abaixo:

Kunsch, Margarida Maria Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada - 4° ed. rev., atual. e ampl. - São Paulo: Summus, 2003.

NEVES, Roberto de Castro. Imagem Empresarial: como as organizações (e as pessoas) podem proteger e tirar partido do seu maior patrimônio – 3° ed., Rio de Janeiro: Mauad, 2003.


Postado por Juliano Melo.

This entry was posted on quarta-feira, 31 de outubro de 2007 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.